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A New "Dead" Day Has Come - Incrições e Capítulos para Fanfic de Victoria G. Kraft.

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Mensagem por #Lucas' 4th julho 2012, 00:39

Esperando anciosamente para o Segundo capitulo

5 estrelas , Foi um luxo . u.u
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Mensagem por Mayzinha' 4th julho 2012, 07:52

Vicky, migah
ESTÁ D++++++ Sensacional, eu não consegui tirar os olhos de lá
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Mensagem por Stefano_The Walking Dead 4th julho 2012, 08:08

MUITO MAIS MUITO SENSACIONAL CHEGUEI A FAZER UMA PIPOCA AQUI(zua) MAIS TA D+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
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Mensagem por imeigo 4th julho 2012, 08:28

Muito bom @_@ Já faz muito tempo que não leio uma fic assim ^^ Parabens :D
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Mensagem por Tata' 4th julho 2012, 16:51

Amei vic @_@
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Mensagem por Viktor.Thompson 4th julho 2012, 16:57

Mto sinistro Vicky !!!
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Mensagem por Toshiro' 4th julho 2012, 19:17

KDÊ O SEGUNDO A New "Dead" Day Has Come - Incrições e Capítulos para Fanfic de Victoria G. Kraft. - Página 2 1035958843
Como agente pode não querer o segundo, com um primeiro tão divo assim ?
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Mensagem por Victoria G. Kraft 6th julho 2012, 00:09

Capítulo Dois – Perdição.

As palavras do policial custaram a se tornarem fixas na mente de Victoria. O Apocalipse sempre fora uma consepção vaga e religiosa, que custava a convencer sua mente, principalmente depois da faculdade, quando se tornara cética com relação à tudo que a ciência não pode explicar. E o fim do mundo religioso, era uma delas. Notou que tinha os lábios abertos e a boca seca, e uma sede insana se instaurou em sua garganta. Sentia as mãos suarem frio, sem ter certeza do motivo. Só conseguia se concentrar em Mattheus e em Melissa, ansiosa por ouvir deles que estão bem. Trocou olhares com Helena, que parecia ter em seu rosto um pavor gêmeo do seu. O policial de nome Luck esperou atencioso, até que suas interlocutoras houvessem recuperado o dom da fala.

- Sei que não parece fazer sentido, mas venho em nome de meus superiores para auxiliar na evacuação do hospital. O vírus com o qual estamos lidando provoca sintomas instáveis e perigosos, e é até o momento incontrolável. – explicou o oficial. – Sei que as senhoras já chamaram o Corpo de Bombeiros, e que em alguns minutos eles estarão aqui.
- Sim, eles estão vindo. Mas, tem mais alguma coisa que não está nos dizendo. – disse Helena, aflita.

- Sim. As autoridades de todos os estados foram informadas sobre alguns casos… incomuns. Parece… Que este vírus, ou seja lá o que for, provoca infecções consecutivas e uma mudança brusca de comportamento. Hostilidade e dificuldade de raciocínio são os sintomas mais imediatos, e então a vítima vem à óbito. – relatou o homem, seu rosto sombrio. – E então… Algumas horas depois… Foram relatados casos no Japão, na Índia e no Brasil de que pequenas descargas elétricas são liberadas pelos átomos do vírus… Descargas estas capazes de reanimar células mortas…

- Espere. Isso é loucura. Admitir a existência de um vírus mutante de tal porte, seria admitir a existência de criaturas como… zumbis! – cuspiu Victoria, achando aquilo o maior absurdo de sua carreira.

- É exatamente sobre o que estamos falando, Dra. Em New York e em Chicago, a endemia já começou. Em breve, teremos uma onda de assassinatos. Estamos instalando cedes de atendimento e abrigos para sobreviventes em algumas áreas ao redor da cidade. Os bombeiros levarão os pacientes menos graves para esses postos, onde serão atendidos e protegidos. Destacamentos inteiros estão agindo agora para controlar a situação, mas estamos perdendo muito tempo. Precisamos agir depressa. – insistiu Luck.

- Eu não estou completamente convencida desta loucura, mas se são ordens do Governo, não irei discutir. Helena, vamos continuar seguindo a nossa triagem. Qualquer paciente que consiga andar deve ser preparado para deixar o hospital, junto com todos os enfermeiros e clínicos gerais. Quero aqui apenas a nossa equipe, o enfermeiro-chefe, e o nosso infectologista, o Eric. Nenhum paciente com febre, feridas infeccionadas, transtornado ou com dificuldade de raciocínio deve ser autorizado a sair. Leve todos para o ambulatório e os mantenha lá. – ordenou Victoria. Quando Helena saía do escritório, ela sentiu um aperto no coração. – Helena! – chamou. – Tome cuidado.

- Pode deixar. – garantiu a médica, retirando-se em seguida.

- Dra.Kraft, devo insistir para que me acompanhe à um abrigo. Qualquer profissional com o currículum vasto da senhora será muito útil nos tempos que virão. O Governo precisa de seus serviços. – disse o oficial.

- Essas pessoas precisam de mim, agente. Sei que você pode me entender quando digo que protegera vida dos outros é mais importante do que a minha. Nossos ofícios são primos, ao meu ver. Não, só sairei deste hospital junto com o último paciente. – determinou Victoria. Na verdade, ela também sabia que em um abrigo não poderia ter chances de alcançar Mattheus ou Melissa.

- Tudo bem. Admiro sua coragem, Dra. Voltarei para buscar a senhora e sua equipe depois que os pacientes estiverem seguros. – prometeu o oficial.

- Obrigada. – só quando o rapaz já estava saindo, Victoria se lembrou de uma pergunta que monopolizava sua mente. – Agente, o que faremos com os infectados?

- A menos que encontre uma cura, deve deixá-los morrer. E garantir que eles se mantenham assim. – orientou Luck, saindo enfim.

Victoria não se lembrava de ter sentido tanto medo em sua vida, desde que tinha dez anos. Ninguém explicaria as coisas de maneira mais clara e honesta do que Luck fizera, mas ela sentia-se como se mais coisas estivessem ocultas. Não conseguia conceber a ideia de hordas de mortos-vivos vagando por aí, coisa que era irreal até para o menos cético cidadão consciente. Respirando fundo, decidiu que toda essa crise devia ser apenas um novo tripo de gripe, que logo passaria com o surgimento de uma vacina. Então todos teriam suas vidas de volta, e ela passaria como louca caso se descontrolasse naquele momento. Apanhou o estetoscópio que depositara sobre sua mesa, e virou-se na direção da porta do escritório, quando se lembrou de algo que fez o seu sangue gelar. Entres as ocorrências mais comuns, Helena relatara uma que fazia muito mais sentido naquele momento. Mordidas. MORDIDAS! Então, já teria começado? Disparou pela porta, bem a tempo de notar a chegada de cinco ambulâncias do Corpo de Bombeiros. Homens com seus uniformes de detalhes fluorescentes estavam correndo de um lado para o outro, carregando os pacientes com estado de saúde menos grave. Procurou Helena com o olhar, vendo-a ao lado de Bill, um enfermeiro que parecia estar relutante em ir para o Centro de Não-Infectados sem a sua família.

- Entenda, Bill, os pacientes precisam de você. São ordens do governo. Lembra do que os bombeiros disseram? Você vai receber todo o equipamento de EPI(Equipamento de Proteção Individual) necessário para evitar a contaminação, e logo vai poder voltar pra casa. Não se preocupe. – negociava Helena, coberta de nervosismo. Ao lado dela e de Bill, estava um dos bombeiros mais fortes que Victoria já vira. Ele tinha pele muito clara, e cabelos negros como piche, além de olhos castanho-escuros. E parecia muito preocupado com a situação do hospital.

- Veja bem, Bill, eu me chamo Roger Ashford, e fui designado para permanecer no hospital e ajudar a administrar a situação. Eu posso garantir que vou pedir aos meus amigos para buscarem a sua família e levá-la ao abrigo. Mas preciso que você cumpra sua função e ajude os feridos.

- Ok. Eu vou indo, então. Espero que esse abrigo de não-infectados seja seguro. – gemeu o garoto.

- E ele é. Fique tranquilo, querido. – garantiu Helena, fazendo com que Victoria se desse conta de que nem ela sabia se o lugar era seguro. Provavelmente, Helena só estava amenizando as coisas, como sempre fazia.

Enquanto os pacientes eram transportados de um lado para outro, Victoria pediu que Helena lhe levasse até os casos que envolviam mordidas. As ocorrências eram entre dois homens, que haviam se descontrolado completamente e atacado uma mulher enquanto tentavam roubar o carro dela para sair da cidade. A garota havia sido atendida e tido suas feridas tratadas, mas já estava há caminho do centro de não-infectados, por não ter nenhum vírus em sua corrente sanguínea, nem sintomas da doença. Ambos os rapazes estavam drogados, e mantidos sob controle com sedativos controlados de tarja preta. Por isso, ainda não haviam sido transportados para a delegacia.. Um relatório rápido da pequena equipe que permanecera no local confirmara a presença de Victoria, Helena, o infectólogo Eric, uma clínica geral muito idosa chamada Regina, o enfermeiro-chefe chamado Louis, uma enfermeira chamada Courtney, dois zeladores e uma recepcionista, mais o bombeiro Roger e os pacientes mais graves. Tinha mais ou menos vinte e cinco doentes no ambulatório com problemas virais, três pacientes em coma no quarto andar, uma cirurgia em andamento, dois casos de câncer, um caso de tuberculose em estágio terminal, e um infarto. Os demais pacientes já haviam sido levados para outros locais no final daquela tarde, à exceção de alguns que se negaram, ou de outros que haviam sido levados de maneira ilegal pelos seus parentes. Victoria tentou desesperadamente ligar para Mattheus, mas os celulares de toda a cidade estavam sem sinal porque uma das torres de transmissão havia sido danificada seriamente em algum ponto, ou estavam desligadas. Atenta a cada movimento ao seu redor, percebeu com um susto que um adolescente estava sentado ao seu lado, quando ela se deixou cair sobre uma das cadeiras da recepção. Era um jovem de aparência ingênua, a quem ela daria no máximo quinze anos.

- Olá, está tudo bem? – indagou, com medo de que aquele garoto pudesse ter contraído a doença.

-Mais ou menos. Me machuquei na escola e acabei me perdendo da minha mãe. Me escondi dos bombeiros porque não quero ir pra abrigo de não-infectados nenhum.- explicou o menino. – A propósito, me chamo Joseph. Joseph Paulo.

- É um prazer, Joseph. Sou Victoria. – respondeu a médica. – Mas me diga, por que não quer ir para um abrigo?

- Primeiro, porque não sei onde está minha mãe. Ela devia estar aqui há meia hora, mas ainda não chegou e eu perdi contato pelo celular. Segundo, porque todo blogueiro digno sobre o Apocalipse Zumbi sabe que não devemos nos enfiar em nenhum centro de não-infectados logo no começo da infecção. – rebateu o garoto, surpreendendo Victoria. Então, lá estava alguém que sacara toda a história do vírus sem ter acesso à nenhuma informação científica, ou confidencial, como ela. Que sorte encontrar um blogueiro justamente sobre zumbis! E pior, um blogueiro sobre zumbis com espinhas no rosto.

- E porquê os centros seriam má ideia? Não pode ser tão ruim assim. – defendeu-se, um tanto confusa.

- Ah não? Me diga, para onde os zumbis irão quando a bagunça começar? Direto pros buffets grátis dos abrigos! Quem enfiar os pés em um lugar desses, vai estar morto antes das próximas setenta e duas horas! Eu me recuso, e preciso achar minha mãe. Parece que minha situação já está ruim sem que eu esteja num lugar no meio da cidade, sem qualquer proteção contra os montros que em breve surgirão. Posso ter quatorze anos, mas dediquei horas da minha vida à enfrentar essas criaturas pelo video game e pela internet! Não serei morto facilmente! - vibrou o menino, com um brilho insano no olhar. Naquele momento, Victoria temeu pela sanidade mental do garoto. Ciente de que tinha muito o que fazer, levantou-se. – Você devia tratar de se livrar dos doentes no ambulatório do subsolo. Quando eles começarem a morrer, dê um jeito de danificar os cérebros deles e tranque todos. Não vai ser legal se eles vierem brincar com a gente aqui em cima. Também devia fechar as portas e barricar esse lugar inteiro. Com essas paredes de concreto, temos mais chances aqui dentro do que na cidade.

- Até que um morto se levante na minha frente, não posso matar pessoas inocentes. Nenhuma praga zumbi foi confirmada, e eu preciso proteger essas pessoas. – declarou Victoria. – Vá até o consultório oito para trocar as ataduras do seu braço, e tente descansar um pouco. Estou certa de que a sua mãe vai chegar logo. – garantiu, desejando ter algo mais concreto para acalmar o menino. Já seguia na direção do subsolo, quando Roger a parou.

- Dra., temos um problema com uma das pacientes. Parece que ela foi até o ambulatório onde os infectados estão, e foi mordida por um deles. Helena o imobilizou e aplicou um sedativo, mas acho que o homem não tem muito tempo de vida. Isso significa que já começou. – alertou o bombeiro.

- Deuses! Me leve até a garota que foi atacada. – pediu, sendo conduzida até um dos quartos de hospital mais arejados. Ai chegar lá, se deparou com Nanda novamente, a mesma jovem que havia ferido o pé, e estava acompanhada de sua professora e seu amigo.

- Doutora! Por favor, explique pra eles que Nanda está bem. Ela só torceu o pé, já deviam ter nos liberado para ir embora. – pediu Stefano, o jovem rapaz com quem Victoria simpatizara bastante.

- Infelizmente, Nanda precisa ficar em observação. A mordida pode ter passado o vírus para ela. Caso ela fique doente, precisa estar aqui para ser atendida. – enquanto explicava a situação, ela examinava o corpo da garota. Seus reflexos, pupilas, temperatura e racioncínio estavam intactos, pelo menos por enquanto. – Posso ver o ferimento? – Nanda mostrou a mão ferida, e Victoria removeu as ataduras levemente, revelando uma terrível mutilação próxima ao polegar. – Isso foi feio. Vou aplicar alguns medicamentos, e deixar a ferida respira com pouca coisa em cima. Você vai ficar bem, querida. – disse, com uma tranquilidade que não era sua. – Poderia me explicar o que foi fazer lá embaixo? – cobrou, realmente curiosa.

- Nós fomos levadas até lá para que ela colocasse a tala no pé. – explicou Sheva, a professora. – Nanda estava conversando com um dos infectados, e pegou na mão dele para acalmá-lo. Eu devia ter percebido que o homem não estava em seu juízo normal, já que ele ficou olhando pra mão dela como se estivesse com fome. E depois, do nada, ele mordeu. Nanda gritou e Stefano o tirou de cima dela.

- Eu faço aulas no Dojô de Oliver Striker desde novo. – explicou Stefano. – Sou lutador junior, e até representei nosso país em um campeonato menor. O Dojô fica do lado do Centro Esportivo onde Nanda tem aulas com a Srta.Brockstone. – contou Stefano, apontando para Sheva. – Eu tirei o cara de cima dela, e depois a Dra.Helena veio com um sedativo. Ela está te esperando lá embaixo para decidir o que fazer.

- Então eu vou indo. – anuiu Victoria. – Por favor, fiquem aqui dentro e tranquem a porta. Somente eu posso entrar, entenderam? – eles fizeram que sim. – Ótimo. Volto logo.

Quase tropeçando, Victoria alcançou o subsolo mais depressa do que se recordava ser possível. Atravessou o mar de doentes, realmente trsite por eles. E com medo também, se todas aquelas trinta e sete pessoas morressem e despertassem em seguida, teria um problema sério nas mãos. As palavras do jovem Joseph martelaram a sua mente, e ela sentiu um frio no estômago. Aproximou-se da cabine onde Helena mantinha o homem que se descontrolara imobilizado, atado à uma maca com amarras de couro. Roger também estava lá, e tinha uma expressão preocupada, bem como Eric, o infectólogo.

- O que está havendo? – Victoria se aproximou e tocou a testa do homem depois de vestir luvas descartáveis. – Ele está ardendo.

- E está agonizando, também. Não lembra nem do próprio nome, e tem alucinações dolorosas e constantes. Só a morfina o acalma. – morfina. Então a coisa estava feia. – É como se descargas elétricas estivessem fritando o cérebro dele bem devagarzinho. – Helena tinha um tom de voz distante, mas para Victoria, que conhecia a história de sua vida, ela parecia muito fragilizada. – Os batimentos cardíacos também estão decaíndo. É só uma questão de tempo até…

Como se pudesse adivinhar as palavras de Helena, o homem sem nome agarrou o pulso de Victoria, fazendo com que ela derrubasse a injeção de tylenol que aplicaria nele. Convulções terríveis se abateram sobre o corpo do indivíduo, fazendo com que ele tremesse e espumasse pelos lábios de maneira profusa. Um gemido de dor horroroso foi emitido, seguido de um esgar e de um suspiro. E então estava feito. Morte. Com um olhar cheio de lágrimas, Victoria fechou os olhos do morto. Mas não foi esse o pior momento. Porque eles se abriram de novo…

OBS: Esse episódio ficou enorme, eu sei. Mas agora é que as coisas começam a esquentar. Nos próximos capítulos, teremos a apresentação de novos personagens, e veremos alguns pontos que estão longe da visão de Victoria, como por exemplo onde estariam Oliver e Fernanda... Comentem bastante, que eu posto o próximo logo, kkkkk! Biejos amores, e obrigada por lerem!


Última edição por Victoria G. Kraft em 6th julho 2012, 21:48, editado 1 vez(es)
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Mensagem por #Lucas' 6th julho 2012, 00:44

Estou com medo D:
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Mensagem por Stefano_The Walking Dead 6th julho 2012, 12:02

Esta EPICAMENTE EPICO , DEIXEI MEU AMIGO NO PORTÃO ME ESPERANDO POR EU ESTAR LENDO

TA DEMAIS MAIS D+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++== EPICO
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Mensagem por Viktor.Thompson 6th julho 2012, 14:24

Digo o mesmo que o Stefano está EPICAMENTE ÉPICO
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Mensagem por Victoria G. Kraft 6th julho 2012, 20:25

Capítulo Três – Somos nós os Mortos-Vivos.

Poucos segundos se passaram através do tempo e do espaço, mas esse pequeno fragmento temporal foi o suficiente para que Victoria pudesse contemplar a queda de seu mundo. Ela sabia que aquele homem, recentemente morto por um vírus rápido e letal, com um coração parado e um pulmão inativo, não poderia estar vivo. Muito menos esmagando o seu pulso, enquanto tentava de alguma maneira mordê-la, apesar de estar totalmente imobilizado. Ele urrava como um animal ensandecido, e suas pupilas estavam rubras de sangue. Seu corpo emanava um odor fétido, como se ele estivesse há dias em decomposição, e não minutos. Estranhas convulções o sacudiam, e Victoria só conseguiu se soltar quando Roger interviu, decepando a mão do morto com seu machado de bombeiro. Mesmo desligada do corpo, a mão mantinha o aperto devido ao esforço dos nervos, e Victoria chorava enquanto a desgrudava. Os pacientes, nervosos com o tumulto, pareciam preocupados com o que se desenrolava na pequena cabine. Com uma determinação que nunca sentira antes, Helena se retirou do cubículo para acalmar os internos. Roger, por sua vez, aplicou um golpe firme com seu machado, transpassando a testa do morto, que imediatamente parou de se mover. Victoria arfava devido ao medo, e Rogar tinha o braço todo coberto do sangue pútrido do zumbi. Ambos sabiam que em breve teriam de tomar atitudes que nunca haviam imaginado, mas naquele momento, ela só conseguia pensar no quanto sentira medo, e no quanto Roger fora corajoso, sem hesitar em salvá-la. Helena, cuja tristeza e fragilidade eram marcas registradas, havia surpreendido e tomado conta da situação. Com delicadeza, apanhou um vidro de álcool em gel, e com o auxílio de um pequeno lenço de algodão, limpou o sangue do braço do bombeiro, esterilizando-o. Buscava de alguma forma, retribuir o gesto do outro com o seu.

- Obrigado. Foi uma baita sujeira. – reconheceu Roger, sorrindo torto.

- Seria mais sujo se ele tivesse conseguido colocar os dentes em mim. – Victoria não tinha humor algum para sorrir. Ficara abalada. – Agora vamos ter um problemão pra conter todos esses infectados. A cada hora chegam mais deles de toda parte da cidade. Se um zumbi despertou aqui, devem estar acordando em outras partes da cidade.

- Vamos ter que fechar o hospital, e barricar as portas. Não vamos conseguir ajudar ninguém se mantivermos as portas abertas, mesmo. Só vamos causar a morte dos poucos não-infectados que ainda estão aqui. Não vale o risco. Mas precisamos da sua decisão. Enquanto a sociedade ainda estiver funcionando, você é a diretora desse hospital. O que devemos fazer? – Victoria estava surpresa consigo mesma. A resposta já estava pronta em sua língua.

- Vou dizer a verdade. Peça para Helena continuar contendo as pessoas, e chame Gina para a sala de controle. Vou precisar da voz de recepcionista dela, para transmitir meu recado. – pediu, já indo até a sala citada.

- Ok. Boa sorte, Vic. – então Victoria finalmente riu. Não ouvia aquele apelido há anos. Somente duas pessoas a haviam chamado daquele modo por toda a sua vida. Melissa e Matteus. As duas pessoas que mais amava, e que não fazia ideia de onde estavam.

Saiu do conturbado subsolo, agradecendo aos céus pelo homem que morrera não estar acompanhado de parentes. Um indigente morto não fazia tanta falta quanto uma criança ou uma avó. Sentindo o ritmo de um tambor em seu coração, a angústia de um furacão parecia dominar sua mente. O que faria? Nunca havia recebido treinamento para aquele tipo de coisa. Mas não podia mais negar a realidade. Os mortos estavam caminhando, e qualquer um que se mantivesse cético, estava fadado à morrer como um ingênuo. Ela não tinha esta intensão, apesar do péssimo trabalho que tinha consciência de estar realizando. Afinal, não fora se demonstrando frágil e assustada que conseguira seu posto. E não seria assim que iria deixá-lo. Lembrou-se das palavras de Roger, e finalmente entendeu que precisava ser forte. Enquanto existisse sociedade, ela era a diretora. Não iria decepcionar sua equipe, nem seus pacientes. Quase sorriu ao ver o rosto da magricela Gina, que parecia uma cópia do seu. Pálido e contorcido pelo horror. E ela nem fazia ideia do que estava acontecendo ainda…

- Gina, que bom que está aqui. Preciso da sua ajuda para transmitir um recado. Vamos para a sala de controle. - sendo seguida de perto pela jovem recém-formada, Victoria formulava em sua mente as frases que determinariam o curso das coisas dali para frente. – O que vamos dizer é mais sério do que qualquer coisa que poderíamos fazer. Talvez o governo nos puna de alguma forma por dizer a verdade e espalhar o pânico. Mas as pessoas precisam ter uma chance de sobreviver. – Gina arregalou os olhos, ao ouvir a palavra “sobreviver”. A jovem gótica de cabelos azuis não imaginava que a situação estivesse tão ruim. – Vamos fazer o seguinte: Eu falo, e você repete no mesmo tom de voz. Consegue se acalmar e fazer isso? – respirando fundo, a jovem fez que sim. – Ok.

- “Atenção, funcionários, pacientes e acompanhantes. Atenção. A Diretora Kraft gostaria de transmitir um comunicado. Diante das recentes ocorrências virais, o Governo dos Estados Unidos instaurou estado de Quarentena. Todos aqueles que não estão infectados, devem voltar para suas casas o mais depressa possível, e se proteger. Mantenham suas portas trancadas, e não falem ou parem por ninguém. Um vizinho, um parente, um amigo. Todos podem estar infectados. Aqueles que foram mordidos ou apresentam alguns dos sintomas, devem ser mantidos no hospital. Agressividade e descontrole é o último estágio da infecção, portanto nenhum parente deve ficar próximo. Assim, a partir deste instante, todos os acompanhantes devem seguir nossos funcionários e os policiais de plantão para fora do subsolo. Todos serão revistados, e os que foram mordidos ou estão doentes, serão mantidos lá. Todos os funcionários estão liberados de suas obrigações, a menos que queriam ficar como voluntários do governo. Obrigada pela atenção, e lembrem-se: Isto não é um treinamento. O vírus é fatal, e ainda não há cura. Protejam-se, e às suas vidas.” – com o fim do texto, Gina tinha os olhos marejados. Ela estava apavorada, e Victoria precisou abraçá-la para mantê-la calma. Um pandemônio ensurdecedor se estabeleceu no local, quando os quatro policiais que estavam disfarçados de pacientes se revelaram com armas de fogo, para obrigar os não-infectados a deixarem o subsolo.

- Isso se aplica a você, querida. Se quiser ir, o momento é agora, enquanto a infecção ainda está controlada. Não siga para os centros de não-infectados. Aquilo vai ser um banho de sangue. Vá para seu apartamento, e monte barricadas na porta. Fique à salvo. – pediu Victoria.

- Eu vou ficar aqui, doutora. Não tenho para quem voltar. Se eu ficar sozinha, vou beber até entrar em coma e me matar. Preciso me concentrar em algo. – decidiu-se Gina.- Vou ficar.

- Certo. Eu preciso ver uma pessoa, mas você pode ficar aqui sozinha até se acalmar. Nos vemos logo. – enquanto se retirava da sala, Victoria pôde ver o que uma tragédia era capaz de fazer com as pessoas.

Familiares desesperados gritavam e choravam, inconsoláveis com a morte certa de seus parentes. Infectados, inconformados com a sentença de morte, tentavam sobrepujar os policiais, que reagiram com um disparo contra o teto. Um homem gritara que não tinha nada a perder, e tentara agredir uma agente, que quebrou-lhe o pescoço com um único golpe de chute. No movimento repentino, seu quepe caiu revelando os repicados cabelos negros, que emolduravam um rosto de porcelana, com olhos de esmeralda. Uma mulher linda, de fato. Os outros doentes gritaram, revoltados com reação da agente, e iniciaram um tipo de revolta, auxiliados pelos parentes horrorizados. Com a desvantagem numérica, os agentes foram obrigados a recuar, e Victoria foi praticamente carregada para o segundo andar, junto com Helena, Gina e Eric, o seu colega. A enfermeira chamada Courtney e a doutora Regina foram brutalmente assassinadas pela multidão, que as pisoteavam tentando fugir do hospital. Louis também foi morto, quando um paciente roubou um bisturi e o esfaqueou. Roger usou seu machado duas vezes na escada para o segundo andar, para impedir que cidadãos revoltados alcançassem a equipe do hospital. Disparos ainda podiam ser ouvidos no térreo, por mais ou menos duas horas, até que tudo ficou em silêncio. Victoria chorava descontroladamente, se culpando por tudo o que acontecera. Roger parecia ter saído de uma guerra, e tinha um corte no braço, feito por um caco de vidro. Helena foi a primeira a se levantar e ir até o mar de mortos. Victoria a seguiu logo depois, amparada por Gina, e com um Eric pasmo atrás de si. Os quatro policias estavam em frangalhos, mas não pareciam ter ferimentos profundos. A maioria das pessoas fugira das armas de fogo, apenas abrindo caminho entre eles. Agora, dois homens carregavam os corpos enquanto a bela agente se aproximava de Victoria, com um olhar frio. Um policial negro, com expressão neutra, a seguia.

- Dra.Kraft, pelo que parece, seu plano deu certo. Esvaziamos o local, e agora podemos barricar as portas e proteger o perímetro. Apesar de algumas baixas de não-infectados, a maioria dos mortos estava doente, e já estava morto mesmo. Atiramos na cabeça, para que o cérebro não pudesse se reativar. Devo admitir que a senhora me surpreendeu. Poucos possuem o sangue frio para tomar atitudes difíceis. – admitiu a agente. – Ah, deculpe minha falta de cortesia. Sou a Tenente Walker. Tahis Walker.

- Olá, agente. – a voz de Victoria era um fio de névoa. – Temo que não tenha entendido minha intenção. Nunca quis matar ninguém. Eu realmente tentei avisar essas pessoas. Queria que tivessem uma chance. Nunca quis que elas fossem embora pra que o hospital ficasse vazio e mais fácil de controlar. Nem acredito que fui tão burra de dar um recado daqueles. – em seus três anos de medicina, Victoria nunca estivera tão perto de entrar em choque.

- Bom… se não foi essa sua intenção, então a Dra. É mesmo burra. É claro que estaríamos todos mortos se aquela gente toda estivesse aqui. O que importa é que a sua intenção foi boa, creio. Não deve se culpar pela morte deles. Estamos em guerra, e antes do fim do dia, a doutora vai perceber que sempre ocorrem baixas. – rebateu Tahis, seca. – Clark, me ajude a levar essas corpos para o subsolo. Vamos trancar aquelas portas e matar quem estiver lá dentro.

- Não! – desta vez, fora Helena quem reagira. – Aquelas pessoas estão doentes, por Deus! Nem mesmo vocês, militares, podem ser tão cruéis. – a ojeriza de Helena era quase palpável. – Eu nunca tive medo de morrer, e já perdi demais nesta vida. Mas mesmo assim, consigo distinguir a linha entre a tristeza, o medo e a loucura. Lembrem-se disso, agentes. Não deixem o pânio controlarem suas mentes.

- Ou então, nós seremos os mortos-vivos. Sobreviventes, mas mortos como seres humanos.- sussurrou Victoria. – Eu ainda sou a diretora deste hospital, embora vocês tenham as armas. Se alguém conhece o funcionamento deste lugar, sou eu. Portanto, vocês vão fazer exatamente o que eu disser. – com um susto, Victoria percebeu que Roger pegara em sua mão, que estava fria e tremendo. Ela não esperava aquele gesto, e apesar do absurdo da situação, suas bochechas coraram. – Peçam para todos os pacientes saírem de seus quartos, exceto os que não podem andar. Vamos nos reunir na Área de Serviço. Levem os corpos para o subsolo, mas transfiram os pacientes infectados que decidiram ficar para os quartos do segundo andar. Eric, Helena, coloquem três em cada quarto. Se eles decidirem assim, apliquem uma dose mortal de qualquer medicamento que preferirem. Depois, Tenente, você pode enfiar uma bala na cabeça deles e mantê-los mortos.

- Pra quê todo esse trabalho? Se eles ficaram aqui, é porque já desistiram de viver, e não querem fazer mal à ninguém. – era Eric quem estava se opondo. A traição fez com que Victoria ficasse sem ação. – Eu concordo com a Tenente. Acho que todos que ficaram querem uma morte rápida, sem dor. Eles merecem morrer como escolheram.

- Ponto pro doutor. – completou Tahis. – Olha, Victoria, eu te admiro pelo que está tentando fazer, que é dar uma morte humanitária para essas pessoas. Mas o moralismo não vai nos manter vivos. Balas bem empregadas e atitudes rápidas, sim. Concordo com seu plano até a página dois, onde fazemos uma reunião e organizamos nosso abrigo. Da página três até os quartos para infectados, fico com minha arma.

- Desculpe Vic, mas eu também concordo com a Tenente. – disse Gina, tímida.

- Suponho que os outros agentes também prefiram este plano. – o aceno de Clark falou pelos três. – Tudo bem. Mas não participarei disso. – Tenente, agentes, Eric e Gina. Seis votos contra três. Vocês decidiram. – como se houvessem ensaiado, Victoria, Roger e Helena seguiram na direção dos quartos dos pacientes mais graves, enquanto Eric e Gina seguiam os policiais até o subsolo, ajudando a mover os mortos. Eric começou a fechar o hospital, e Gina ativou o sistema de segurança, ligando as cercas elétricas.

Victoria chegou ao quarto onde Nanda, Sheva e Stefano se mantinham abrigados, assustados com os tiros. Com um aperto no coração, ela verificou o ferimento de Nanda mais uma vez, notando que a cicatrização estava completamente normal. Ela não contraíra nenhum dos sintomas dos infectados. Ou era um milagre, ou aquela garota tinha anticorpos capazes de combater o vírus. A cobiça e curiosidade científica se agitou em Victoria, mas ela não podia fazer nada por hora. Ainda não tinha certeza se a garota sobreviveria. Explicou a incomum situação para Sheva e Stefano, e ambos concordaram em esconder a mordida da jovem. Ela, por sua vez, se preocupava com os pais, e Stefano fazia o possível para mantê-la calma, embora ele também estivesse preocupado com seu pai. Sheva era sozinha no mundo, e cuidar de sua aluna se tornara a única coisa que a impedia de surtar. Mesmo sua beleza parecia abalada pelos acontecimentos recentes. Pela centésima vez, Victoria tentou falar com o rádio de Mattheus, e quando estava quase desistindo, o sinal da operadora prevaleceu, e ele atendeu, com voz angustiada.

- Victoria! Meu amor, como você está?! Estou tão preocupado! Você nesse hospital, cheio de doentes e infectados! Tentei chegar aí, mas fiquei preso no… - a ligação estava cortando, e Victoria parecia prestes a ter um infarto.

- Preso aonde, Mattheus! Complete a frase! – gritou, assustada.

- Estou preso no Shopping, amor. Oliver também está aqui, com um aluno. Não vai acreditar, tem até artista de TV com a gente. Estávamos na praça de alimentação quando a polícia chegou. Nos mantiveram aqui e vedaram o Shopping inteiro. Ninguém pode sair, nem entrar. Quarentena, como no seu hospital. Todos fomos examinados, e eles sumiram com quem estava infectado. Parece que um teste com o sangue identifica as pessoas. Fiquei muito assustado. Mais por você, e por mim também.

- Nem me fale, querido! Fiquei tão preocupada contigo! Não sabia o que fazer, e tinha tanta gente no hospital precisando de ajuda, até que os bombeiros levaram todos para os abrigos, e ainda assim estávamos lotados. Amor, um morto acordou na minha frente! Sabe do que estou falando? O coração estava parado, e mesmo assim ele tentou me matar. Você nem imagina o que eu tive que fazer pra avisar as pessoas… - Victoria estava chorando de novo, e apesar da interferência da ligação, ela podia sentir o quanto Mattheus desejava estar com ela para protegê-la. Mas ela só esperava que ele pudesse proteger a si mesmo.

- Eu sei o que rolou aí. Todo mundo sabe. Um helicóptero do canal 7 exibiu todo o tiroteio ao vivo. A polícia foi chamada, mas a Delegacia também está em Quarentena. Oliver falou com Fernanda pelo celular, e parece que ela foi parar lá depois de sofrer um acidente de carro envolvendo uma viatura. Ela encontrou com Melissa, também. Sua irmã estava cobrindo as chamadas emergenciais quando ficou detida na delegacia. Ela está bem, querida, e sua amiga também. – o alívio de Victoria foi emitido num suspiro. – Todos acham que a diretora do hospital está morta, junto com os outros membros da equipe que haviam ficado para trás. Não sabe o quanto sofri nessas últimas horas.

- Eu imagino. – e imaginava mesmo. Bem até demais. – Escute, eu estou com a Helena e alguns pacientes. Tem mais quatro policiais aqui, e estamos começando a barricar o hospital. Foi a polícia quem fechou o lugar, não criminosos como a imprensa disse. Estamso bem, por enquanto. Nós vamos dar um jeito de nos encontrarmos, afinal não estamos tão distantes assim. A Delegacia também fica pertinho. Pede pro Oliver ter esperanças.

- Ok, vou falar com ele. Escute Vic, preciso que você seja forte, e fique viva por mim, tudo bem? – implorou Mattheus, desesperado.

- Tudo bem. Eu vou ficar viva. Eu promet… tto… - e então a ligação foi cortada.

Aliviada e exausta ao mesmo tempo, Victoria verificou os outros pacientes. O idoso que estava no estágio terminal de tuberculose, foi à óbito no momento em que ela checava seus sinais vitais. Nervosa, ela chamou Roger, que a mandou sair do quarto, enquanto ele usava o machado. O professor de Ed. Física que havia infartado, e não poderia recuperar os movimentos do lado esquerdo do corpo, foi morto por Tahis como um ato de clemência. Ele não teria chances se precisassem fugir às pressas. A cada paciente que não podia salvar, Victoria sentia uma parte de si morrer. Era comum perder alguém, mas não daquele jeito, quando algo ainda poderia ser feito, não fossem as circunstâncias. A cada morte, mais recentimento surgia entre ela e a Tenente fria e mortal. Não conseguia entender como alguém tão bela podia ser tão gélida, e aquilo a assustava. E também a deixava muito irritada...

Quando chegaram ao quarto e último andar, onde as crianças ficavam, encontraram-no vazio, exceto por Joseph, que fugira para lá quando o aviso de Victoria fora dado. Todas as suposições do menino haviam se confirmado, e quando ela contou tudo o que ele dissera para os agentes e para Roger, todos concordaram que ele seria bastante útil, apesar de novo. Victoria ficou responsável pelo menino, e tentava fazer com que ele esquecesse que a mãe estava sumida. Ele a seguia para cima e para baixo, dando conselhos sobre zumbis que ele aprendera em seus anos de blogs e video games. E um deles, foi para que ela vigiasse Nanda. Ele percebera que ela havia sido mordida, e disse que quanto mais tempo a pessoa levava para sucumbir ao vírus, pior era quando se tornava um dos mortos-vivos. Aquilo a deixou arrepiada, e preferiu não dar ouvidos. Terminaram a contagem e reuniram todos os refugiados na Área de Serviço, onde ficava a comida do hospital. Gina prepaara uma lista de chamada com o nome de todos em um caderno, para controlar todo mundo. Afora ela, Victoria, Helena, Eric, Roger, e os quatro policiais, que eram os líderes do grupo, haviam também Nanda com Stefano e Sheva, Joseph, uma senhora de cinquenta e sete anos com artrose chamada Violet, uma drag queen que operara apendicite chamada Lilandra, um mecânico sadio chamado Antônio, que acompanhava a esposa cozinheira chamada Maggie que quebrara o pulso, uma brasileira chamada Esmeralda que contraíra dengue no Rio de Janeiro e estava em tratamento depois de voltar para casa e um garoto que só podia ser modelo ou ator, chamado Andrew, que fora atendido com um estado de desnutrição, dpeois de passar uma semana à base de água e alfafa para o grande papel de sua carreira, cujas filmagens irônicamente começariam dentro de dois dias. Ele se queixava de que o Apocalipse arruinara sua chance de brilhar.

- Eu estou lhe dizendo, doutora! Eu seria o maior galã que Hollywood já sonhou em assistir, não fosse essa doença maluca que acabou ferrando minha vida! – queixou-se o rapaz, com uma expressão de cãozinho abandonado. Ele era tão belo, que até Helena se sentiu constrangida quando ele apertou sua mão.

- Do jeito que você estava, ia ter sorte se mantivesse algum músculo nesse corpo. Sabia que se você não comer, morre? Quer se tornar um zumbi desnutrido? – repreendeu Victoria, com um toque de humor, saindo do quarto em seguida.

O primeiro dia fora o pior de sua vida. Nem por um instante conseguira dormir, com medo do que pudesse sair do escuro. Sabia que todos os mortos do subsolo permaneceriam daquele modo por um bom tempo, mas não tinha certeza de que os portões de ferro do lado de fora se manteriam firmes caso uma multidão inteira o forçasse. Roger e Tahis haviam usado os carros abandonados no estacinamento como reforço para os portões, e haviam ativado as cercas elétricas, fechando também a parte de dentro do hospital, com placas de ferro retráteis por detrás das portas de vidro, como nas lojas comuns. Objetos enormes estavam bloqueando a porta dos fundos, a de entrada e a do subsolo. O estacienamento também estava reforçado, com entulhos e carros por trás da porta elevadiça. Victoria não tivera coragem de acompanhar o processo de proteção, então ficara conversando com Joseph antes de dormir, em um quarto de hospital que dividia com ele, Helena e Gina.

- É só questão de tempo até a energia elétrica acabar. Dou mais ou menos uma semana até que voltemos à Idade das Cavernas. A menos que a gente possua placas de energia solar. – disse Joseph, um tanto tranquilo demais para o nível da situação.

- E a internet? Vamos poder acessar o Facebook? – mesmo no escuro, Gina podia sentir os olhares de todos nela.

- Leigos… - cuspiu Joseph, abismado. – Se você descobrir um modo de administrar sozinha os servidores e ainda produzir eletricidade com esse seu fogo interior, quem sabe? – zombou Joseph, fazendo Victoria rir e Gina se calar, aborrecida consigo mesma. – Desculpe. Sei que deve estar sendo difícil encarar a ideia de mortos andando… Eu mesmo estou apavorado. – essa era uma novidade. Para Victoria, Joseph pareci completamente normal.

- Pois pra mim, esse é o castigo final de Deus, contra a humanidade. – disse Helena. – Que o Senhor da Vida e da Morte tinha piedade das nossa almas. Uma vez ouvi algo em um daqueles programas de TV religiosos… Quando não houver mais espaço no inferno, os mortos andarão pela Terra… - com um suspiro, Helena virou-se e aparentou estar dormindo.

Fitando o teto, Victoria meditou sobre aquelas palavras, reavaliando toda a sua concepção sobre Deus, e sobre o propósito da vida humana. Mesmo com o nascer do sol, ela não conseguira encontrar uma explicação racional para nenhuma das duas questões. Com dor de cabeça e a adrenalina voltando ao organismo, Victoria sentia-se mais morta-viva do que os infectados. Foi só quando o som da primeira explosão fez-se ouvir, que ela percebeu que o mundo como o conhecia, nunca mais seria o mesmo…



Última edição por Victoria G. Kraft em 6th julho 2012, 21:43, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Super Mateus 6th julho 2012, 21:02

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História antes do Apocalipse Zumbi: Uma vez, Dante foi para a escola, e quando voltou, viu sua vila destruída e seus habitantes mortos. Nesse momento, Dante olha chorando para um zumbi e promete vingança. A partir daí, aproveita os tempos vagos depois de suas aulas para treinar.
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Mensagem por #Lucas' 6th julho 2012, 22:50

Agora estou com mais medo ainda D:
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Mensagem por Drew Jackson 6th julho 2012, 22:58

ADOREI O EPISÓDIO!!! *3* EU APARECI!!!!!!ALELÚIA!!!!!!!! #EsperandoOPróximoEpisódio
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Mensagem por Viktor.Thompson 7th julho 2012, 10:30

Muito legal mas nao apareci ! Zoa
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Mensagem por Stefano_The Walking Dead 7th julho 2012, 11:20

TA DEMAIS A CADA DIA ME SURPRIENDO TA MUITO LEGAL , TA MUITO BOM SE OS PRODUTORES DO THE WALKING DEAD VESSEM VC ESSA FIC SERIA O PROXIMA TEMPORADA DELE TA DE+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
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Mensagem por Mayzinha' 7th julho 2012, 22:54

VICKYYYYYYYYY,, MIGAH
TÁH D++++++++++++++++++++++ ESSA FIC, E A CADA EP VC SE SUPERA AINDA MAIS
VC É MIL LINDA ^^
ESTOU AGUARDANDO O PRÓXIMO EP
Mayzinha'
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Mensagem por Victoria G. Kraft 9th julho 2012, 16:17

Obrigada a todos que estão lendo e comentando. Vocês são uns amores,e o único motivo para que eu continue escrevendo, rsrs.
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Mensagem por Nathyzinha 13th julho 2012, 12:11

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Mensagem por Titanic 14th julho 2012, 08:05

Posta logo o proximo epi pf
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Mensagem por Mat Neba 15th julho 2012, 16:07

Amor, como eu disse eu leria sua fic ^^ Então ta feito, amei sua fic... Ela é perfeita! Eu imagino que nem precisei criar fichar, pelo que imagino o Mattheus seria eu ^^ Mas, se eu estiver errado o que me importa é que sua fic é perfeita, amei ela continue assim

Beijos
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Mensagem por Victoria G. Kraft 15th julho 2012, 19:07

Capítulo Quatro – Cidade dos Mortos.

As explosões se fizeram ouvir de maneira intermitente durante o dia inteiro, de uma maneira totalmente devastadora. A cada estrondo, era como se a civilização agonizasse sobre si mesma, sufocada pelos gritos mudos das centenas de abrigados e sobreviventes que ainda não sabiam ao certo o quê o futuro reservava. Um futuro que parecia completamente sem esperança, morto. Para Fernanda Fleuret, sobreviver à mais um dia seria o suficiente para deixá-la feliz. Já se passavam das setententa e duas horas desde que aquilo tudo começara, e para ela, estar na Delegacia de Polícia de Cynthiana no momento em que os mortos se levantaram, fora a diferença entre a vida e a morte, literalmente. No início daquele pandemônio todo, tentava voltar para casa em seu carro após ouvir as notícias da epidemia que se abatera sobre a cidade, minando as vidas daqueles que podia. Iria arrumar as malas e esperar Oliver, para que pudessem sair da cidade, mas um engavetamento no viaduto que ligava o Centro com as áreas residenciais mais nobres fez com que ela se ferisse, e ficasse desacordada por várias horas. Pouco depois, com um machucado na testa e o corpo todo dolorido, foi socorrida por um policial loiro, que vinha do Hospital de Cynthiana, depois de informar a diretora(que por acaso era sua amiga), da verdadeira dimensão da crise. Ainda podia sentir a fuligem e poeira em seus lábios, e o cheiro de fogo e morte que aquela ponte emanava. Se não fosse por Luke Woodland, com certeza estaria morta…

Flashback: on.

“ – Com licença, senhora. Está tudo bem? – indagara o oficial em sua farda, com ar de preocupação.

- Sim policial, estou bem. Apenas bati a cabeça quando meu carro bateu com essa caminhonete aí na frente, e acabei desmaiando. Onde estão todos? – no pequeno período em que Fernanda dormira, a ponte esvaziara por completo. Ninguém se atrevera a ajudá-la, com medo de que a psicóloga estivesse doente, e contagiosa.

- A maioria fugiu correndo para os abrigos, alguns voltarão para casa e outros estão mortos. As coisas estão muito feias, senhora. É melhor que me siga até a Delegacia. – sugeriu o policial, atencioso.

- Estou sendo presa? – a pancada deixara Fernanda lenta de raciocínio, e ela custava a entender que o homem estava ajudando-a.

- Não. É para a sua segurança. A epidemia saiu de controle, e agora os mortos andam. Literalmente. Preciso levá-la para um local seguro, e o único local que sei que está intacto, é a Delegacia. Lá, lhe explicarei melhor a situação. Essa foi minha última ronda com meus parceiros, por esta parte da cidade. Queríamos encontrar sobreviventes perdidos, mas só achamos você. Matamos alguns zumbis três quadras atrás, e eles estavam vindo para a ponte. Se considere uma garota de sorte. – riu o oficial, sem o menor sinal de humor em seus olhos.

- Deus, acho que bati mesmo com a cabeça. Tudo bem, eu vou com vocês. Mas preciso de notícias do meu marido… - com uma mão trêmula, ela pegara sua bolsa abarrotada de objetos inúteis, excluindo seu celular. – Pronto. Vamos lá.

Então ela subira na viatura de polícia, e conhecera as duas policiais que acompanhavam o rapaz bonito. Uma era Ella Braganza Parker, uma agente que tinha uma mãe brasileira, e que fora transferida para Cynthiana depois da morte do pai que vivia no Brooklin, dois anos antes. Pelo que pôde analisar, ela parecia ter uma personalidade compassiva, e muito honesta. Já a outra agente, que se chamava Nath Covalier(mas tinha o apelido de Nathyzinha,que recebera de Luke, e que odiava), parecia um tantos distante e muito fria, diante do fato de que uma espécie de praga Apocalíptica fora lançada sobre a Terra. A garota loira falava pouco, apenas respondia quando perguntavam-lhe algo, e parecia distante da realidade. Um perfil mortífero, considerando-se que ela tinha uma metralhadora nas mãos. Chegaram na Delegacia pouco depois, sem nenhum incidente com corpos em putrefação ambulantes. Apenas sirigiram pelas ruas abandonadas, encontrando no caminho alguns focos de incêndio, alguns veículos como ônibus e caminhões abandonados à esmo, e até mesmo ruas inteiras desertas, que pareciam ter saído de um dos seus pesadelos de infãncia. Foram recebidos com cautela pelos sobreviventes da Delegacia, que haviam fechado todos os portões em torno do local, barricado as entradas e reforçado as portas e janelas com tábuas e entulhos. Parecia algum tipo de fortaleza improvisada, o que não a tornava menos impresisonante. Uma van e três carros foram retirados do caminho para que pudessem entrar, e eles logo trataram de fechar a passagem novamente. Luke conseguira comida em algumas lojas que ele, Ella e Nath haviam visitado, e a presença de Fernanda fora um espanto para os abrigados, que incluíam o Delegado Kimura, um empresário chamado Paulo, um estudante chamado Dante, uma striper chamada Patricia, a famosa jornalista Melissa Olsen e e mais criminoso, cujo nome não lhe contaram.

- Fernanda! – reconheceu-a Melissa, que era uma das madrinhas do seu casamento. Fernanda escancarou os lábios diante de coincidência, e correu para abraçar a amiga. – Tem notícias de Oliver, Mattheus, ou Victoria? – apenas respondeu com um sinal negativo. – Que pena. Mas tenho certeza de que estão bem.

- Assim eu espero, Melissa. – confessou. - Quem está no comando?

- O Delegado, claro. Foi ele quem nos manteve á salvo quando o negócio começou a ficar doido na cidade. Meu câmeraman desapareceu, junto com o resto da minha equipe. Devem achar que estou morta. Foi encontrada por Ella próxima ao Prédio da Justiça, mais por centro. Ela me trouxe pra cá. – contou com espanto. – Só tem três policiais aqui, agora. O resto deles se espalhou pela cidade, e não conseguiu voltar pra cá. As comunicações por rádio falharam, porque uma das torres de transmissão caiu nos campos, e outras duas incendiaram com essa baderna.

- Então, estamos por nossa conta, por enquanto. – concluiu Fernanda. – E o Governo? Ninguém se pronunciou sobre isso?

- Eles tiveram que divulgar a verdade. Que o vírus mutante que estamos enfrentando, reanima células mortas e faz os mortos caminharem novamente, movidos pelo único desejo latente à um ser vivo. Se alimentar. Temo que eles tenham esperado tempo demais. Talvez o mundo nunca mais seja o mesmo depois dessa tragédia. – lamentou-se Melissa.

- Pois eu estou me preocupando com algo menos abrangente. Como por exemplo, a nossa sobrevivência. O mundo pode esperar. – enérgica, Fernanda sabia que o mais correto a fazer seria se antecipar à tragédia. – Temos que prever o modo como iremos nos comportar, e o que teremos de fazer para nos manter vivos. Também temos de nos organizar rapidamente.

- E devo supor que você sabe exatamente como fazer isso, não é? – indagou o Delegado, que se aproximara sem qua as outras o vissem.

- Sou psicóloga. Posso falar com nosso grupo. Se houver alguém abalado, vou descobrir. – garantiu. E logo começou seu trabalho…

Durante um dia inteiro intrevistou os abrigados. Descobriu que Paulo era um tanto bipolar no que dizia respeito às suas emoções, e o empresário parecia o tipo de pessoa amargurada e egoísta. Um possível problema. Apertou mais um pouco, e compreendeu que parte de sua dor e hostilidade se deviam ao fato de que ele havia perdido sua única filha e sua esposa, chamada Helena, o havia deixado à três anos, em busca de um recomeço. Ela era médica do Hospital de Cynthiana, e provavelmente Victoria a conhecia. Descobriu também que ele chegara à Delegacia depois que seu helicóptero caíra na Rua Clemming, à caminho do Heliporto do Shopping Center. O piloto contraíra o vírus, e havia morrido no ar. Paulo fora resgatado por Luke e Ella pouco depois, e não chegou a ver muito do caos que o vírus causara na cidade. Também conversou com os policiais, e suas impressões iniciais se reafirmaram. Se surpreendeu apenas com Rafa, que parecia abalado pelo estado das coisas. Sua mulher, uma Tenente, estava desaparecida desde que haviam perdido a comunicação, mas pelo que sabiam, Tahis estava no Hospital, disfarçada. O Delegado parecia determinado em proteger seu grupo, mas havia muito mais em seu espírito, além do dever. Haviam também Dante e Patricia, uma dupla interessante. Ela era uma striper que fora detida por dirigir embriagada, e ele um estudante de Enfermagem de dezoito anos, que vendera maconha para menores de idade em sua escola, e fora detido por tráfico. Ambos foram soltos para ajudar o grupo, e o Delegado prometera apagar os crimes de suas fichas como recompensa.

Apenas um prisioneiro fora mantido preso, e Melissa lhe confidenciara que se tratava de Lucas Lobster, um jovem empresário acusado de estar associado à uma Máfia Italiana que agia em todo o Kentuck. Fora preso em Cynthiana acusado de armar um assalto à banco, e de hackear o sistema de segurança do local. Seus comparsas haviam sido à muito transportados para um Presídio em Atlanta, mas ele ficara esperando uma escolta mais segura, que nunca veio. Agora estavam todos juntos, e Kimura achava melhor mantê-lo detido, e não autorizou Fernanda a vê-lo. O tempo passou, e nada se modificava consideravelmente. Chateada e amedrontada, ela foi conversar com Melissa mais um pouco. De longe, podiam ver Patricia e Dante conversando, mais íntimos do que duas pessoas que acabaram de se conhecer deveriam ser. Suspiravam de tédio quando o celular de Fernanda tocou. Era Oliver, e ele parecia muito preocupado. De alguma forma, conseguira sinal do Shopping Center, e pelo visto estava com Matteus e com um grupo de abrigados também. Haviam policiais no local, e até famosos. Tranquilizando-se, contou para ele tudo o que lhe acontecera, e com horror recebeu a notícia do arrastão no Hospital de Cynthiana, no qual as autoridades declararam que todos os profissionais da saúde que ali estavam, haviam sido mortos pela turba insandecida. Se saber como dar a notícia para Melissa, desligou o telefone e começou a chorar.

- O que houve? Eles estão bem? – perguntou Melissa, ofegante.

- Sim, mas houve um tumulto no Hospital. Victoria estava lá quando a confusão começou e os pacientes começaram a quebrar tudo. A imprensa está dizendo que estão todos mortos. Inclusive a diretora. – decidiu ser direta, com medo de que uma enrolação só causasse mais dor em Melissa, pela perda da irmã. Imaginou como Mattheus devia estar se sentindo, e acabou por imaginar como ela se sentiria se perdesse Oliver. Não seria nada agradável. Diferente do que imaginou, Melissa apenas respirou fundo, e sorriu, calma.

- Ela não está morta. Eu saberia. – concluiu. – Desde pequenas, temos um laço de sangue e espírito, maior do que o de gêmeas. Eu sempre soube quando ela estava em apuros, e vice-versa. Nada me escapa no que diz respeito à minha irmã. Estou esperançosa. Ela está bem.

- Deus te ouça. – mas ele não parecia estar ouvindo muitas preces ultimamente. Tocar no nome divino a fez sentir-se pequena, ínfima diante da grandiosidade e monstruosidade do poder que Deus ou o acaso possuíam, seja lá qual deles fosse o responsável por tudo aquilo. – Acho melhor irmos dormir, Melissa. Amanhã o dia será cheio. Nada me tira da cabeça que tenho que conversar com esse Lucas.

Encontraram o caminho para o corredor das celas femininas, onde Rafa mandara que fizassem seus dormitórios. Deitou-se sobre a parte de baixo de um dos beliches embolorados da prisão, não conseguindo resistir à ironia de estar sendo presa por vontade própria. Nunca pensou que um dia dormiria numa Delegacia, nem que fosse para salvar a sua vida. Bem, ao menos não poderia reclamar da comida, já que a maior parte dela fora roubada de uma Blockbuster da esquina. Permitiu-se pensar em Oliver, e nas dezenas de pacientes que possuía. A Sr.Dawson com seu TOC, o menininho Anthony com sua fobia de aranhas, Martha Schuster com sua cleptomania, o velho Sr. Potter com seus terrores noturnos. Nunca mais veria nenhum deles. Nunca teria a chance de vê-los curados, nem de saber o quê lhes aconteceu. Tomar consciência daquilo pela primeira vez, fez com que a psicóloga arfasse de susto. A ficha caíra. Assim como a sociedade em que fora criada. Nenhuma lei podia ser aplicada agora. Não existia barreiras de moralidade para o certo ou errado quando sua vida está em jogo a cada segundo em que se mantém respirando. Aquilo a assustou demais, principalmente por estar em um lugar apavorante, com criminosos e policiais todos juntos. Melissa era sua única referência de familiaridade, e a falta de Oliver ardia como um buraco em seu peito, que roía sua alma. Sempre se considerara dependente dele, de várias formas. Primeiro, financeiramente, depois emocional e psicológicamente, bem podia admitir. Mas o calor do seu abraço, e acima de tudo a superproteção de seu namorado, sempre foram motivo de orgulho para ela, e não de insegurança. Até agora. Será que seria capaz de sobreviver sem ele? Se manteria viva sem a força do seu lutador? Era terrível, mas sabia que descobriria isso em breve. Dormiu muito pouco naquela noite.”

Flashback: off.

Acordara com o som das explosões. Sons repetitivos, que pareciam seguir uma ordem calculada e organizada, atravessando a cidade como um desenho de tremores, que faziam seu peito bater mais rápido. Então compreendeu o horror. Aqueles sons estarrecedores se tratavam de um bombardeio. Um bombardeio! Com certeza estavam jogando bombas sobre a cidade. Admirou-se por ninguém estar gritando para que fugissem, e desandou a correr na direção da recepção da Delegacia, onde todos se encontravam para as refeições. Encontrou Nath limpando uma pistola de calibre 38, enquanto Ella comia uma laranja delciadamente. Patricia e Dante dividiam uma caixinha de suco de tuti-fruti, enquanto Rafael Kimura e Luke Woodland conversavam aos sussurros. Melissa estava sozinha à um canto, depois de ter levado comida para o prisioneiro Lucas. Paulo fitava um mapa da cidade, com olhar morto em devaneios. Ela não sabia no quê aquele homem seco poderia ser útil no que tocava à mapas, portanto o ignorou. Se dirigiu aos dois homens que evidentemente eram os líderes de seu bando, numa análise psicológica. Nenhum dos outros conseguiria manter um grupo tão grande unido. Com certo cuidado, pousou a mão sobre o ombro de Luke, interrompendo a conversa.

- Hei, gente. É impressão minha, ou todos estão ignorando esses estrondos? Temos de ver o que está acontecendo. Pode ser algo importante para nós, considerando que uma dessas bombas pode cair na nossa cabeça. – ela costumava irritar-se fácil, principalmente quando as pessoas agiam de maneira psicológicamente estúpida.

- Eles estão com medo do que podem ver. – respondeu Luke, com voz baixa e gentil. – Eu mesmo estou. – Fernanda sabia que o rapaz só queria ajudar, e até o achava bastante fofo, mas não ia tolerar aquela bobagem por nenhum segundo mais.

- Bem, eu não estou. Delegado, me mostre onde fica a escada para o terraço. Quero ver do alto o que está acontecendo nessa cidade. – pediu, com voz firme.

- Ótimo. Eu mesmo iria, mas devo admitir que prefiro ter companhia. – reconheceu o policial.

- Eu vou com vocês. – incluiu-se Luke, num tão que não permitia negativas.

Chegaram ao terraço a tempo de se espantarem com a força do sol, que ofuscavam-lhes os olhos. Por algum motivo instintivo, os três estavam na defensiva, esquivando-se pelo local e se escondendo dos aviões militares que cruzavam os céus, assim como Fernanda previra. Se aproximaram do parapeito, agradecendo pelo prédio da Delegacia ser um dos mai altos da cidade. Mas mesmo assim, não estavam preparados para o que viram. Uma nuvem de poeira se abatera sobre toda a cidade, e focos de incêndio espalhados em toda a parte deixavam claro que qualquer chance daquilo tudo ser um engano, era lenda. De longe, podiam ver três tanques de guerra disparando contra um Abrigo de Não-Infectados, que agora era uma sede de mortos-vivos enlouquecidos. Policiais se misturavam com soldados pelas ruas da cidade, atirando em civis mortos, e protegendo um ou outro desgarrado que ainda estava vivo. Os feridos também eram imediatamente mortos, uma vez que a infecção se espalhava rápido. Os gritos das pessoas se jogando do prédios para fugir do zumbis era insuportável, e o estilhaçar de janelas e carros era um pesadelo. Fernanda levou um susto ao ouvir Luke vomitando, e amparou o rapaz, levando-o consigo para baixo. Apenas Rafa ficou para trás, provavelmente pensando que devia estar lá fora com seus agentes, combatendo aquelas criaturas e salvando vidas. Mas nem mesmo o senso de dever o obrigaria a deixar o abrigo, como mais tarde Fernanda percebeu.

Na cozinha da prisão, obrigou Luke a beber um pouco de água, e o deixou sozinho quando ele foi ao vestiário tomar banho e escovar os dentes. Ela podia facilmente entender como ele estava se sentindo. Se aproximou de Melissa, que lhe confessou ter ido para o terraço ver a cidade antes mesmo que qualquer um dos outros estivessem acordados. Era esse o motivo para sua quietude. Registrara com sua câmera de mão grande parte das ações militares, e focalizara vários mortos-vivos de maneira muito mais nítida do que os olhos humanos poderiam ver. Estava impressionada, completamente em choque. Fernanda tentou falar de coisas banais como os sabores de biscoitos que tinham, ou a cor das plantas no outono, mas nada chegava até Melissa. Resolveu então dar um tempo para a jornalista, e foi até a recepção comer um pouco. Notou com desconfiança que Patricia e Dante tinham sumido furtivamente de novo, e pensou que uma gravidez no Apocalipse poderia ser um problema e tanto. Sentou-se ao lado de Ella, e comeu um pouco de arroz e frango, preparados pela policial. Estava faminta, e a Delegacia ainda tinha bastante comida de verdade, apesar dos saques que haviam feito.

- Rafael me disse que a coisa tá feia lá fora. – observou a policial ruiva, de ar alegre. – Tenho mais medo do que poderia admitir. Nenhum de nós quer aceitar que o mundo já era, mas também não pretendo negar a realidade a mim mesma, até que estejam roendo o meu pescoço. Mas temos que sair daqui, Fernanda. Ir para algum lugar vazio, cercado apenas por mato. Ou quem sabe pegar um avião, e ir por Alasca, ou pro Marrocos. Um lugar onde essas coisas sequem ou congelem antes de nos pegar. Não seria ótimo?

- É. Soa como uma luz de esperança nesse mar de escuridão. Só me pergunto quantos de nós chegarão tão longe. – volveu, desanimada.

- Não muitos, certamente. Mas os mais capazes e espertos, conseguirão. – declarou Paulo, que viera do nada para postar-se ao lado de Fernanda. Próximo demais, para o gosto dela.

- E certamente, o Sr. seria um desses, não é, Sr.Von Dennys? – desafiou Fernanda, com asco.

- Claro. Eu e quem for bom o bastante pra estar comigo. Entende o que digo? – disse o descarado, se insinuando claramente. Fernanda tiraria de letra com um sorriso e um fora, se não estivesse tão abalada. Ao invés disso, ficou ali, olhando para aquele homem que um dia fora bonito, mas que agora parecia meio esfarrapado em seu terno caro e com suas olheiras colossais.

- Vai com calma, Paulo. – avisou Ella. – Não devia beber escondido. Rafa mandou você jogar aquela garrafa de whisky fora.

- Dane-se o Rafa. Quer que eu diga onde vou enfiar a garrafa nele? – gritou o homem. Pelo visto, ele também reagira ao bombardeio do seu modo. A catatonia de Melissa não parecia mais tão ruim.

- Eu adoraria ouvir. – interrompeu o próprio Rafael, que como sempre, adorava surpreender aqueles que falavam de sua pessoa. – Acho melhor me dar a garrafa e ir esfriar a cabeça, Paulo.

- Pro inferno com a garrafa. Eu vou dormir. – sem mais, o bêbado se retirou, indo para sua cela. Ele escondera a garrafa de bebida alcóolica em um lugar totalmente inexpugnável. Ninguém conseguia achar a bendita. Nem mesmo o Delegado.

- Desculpe por isso. Prometo que ele não vai mais incomodar. Vou ficar de olho. – garantiu o policial.

- Eu sei me cuidar. – brincou Fernanda, daixando o olhar vaguear até o revólver de Kimura. – Mas gostaria de aprender a atirar, em tempos como este. Poderia me ensinar, e aos outros?

- Acho que não tenho muito o que fazer mesmo. Começamos hoje à noite, depois que eu e Luke acabarmos de pintar nosso pedido de socorro no telhado. – então ele pensara em pedir socorro. De uma maneira estranha(ou nem tanto), Fernanda sabia que ninguém viria ajudar. Mas nunca gostara de tirar as esperanças de alguém, então ficou quieta.

O dia seguinte passou de maneira calma, e os bombardeios foram diminuíndo bastante. Mas, ao contrário do que a maioria podeira pensar, não era porque o conflito terminara. Mas, depois de perder muitos homens para a multidão de mortos caminhantes, as forças militares se retiraram com o máximo de sobreviventes que encontraram nas ruas, abandonando a região. Agora, zumbis se agrupavam em algumas partes da cidade, como em torno dos condomínios, prédios residenciais, hotéis e escritórios, nos quais ainda haviam vítimas vivas, que resistiam sem a proteção de que eles desfrutavam. Ouviram dizer que a Igreja havia sido tomada durante a madrugada, porque o padre enlouquecera e abrira as portas do recinto, acreditando que o solo consagrado “curaria” os doentes. Fora um massacre, segundo Melissa dissera, após ir com a televisão de seu celular para o terraço. A Emissora local anunciara o fim das transmissões, quando a última equipe fora levada para Atlanta, e agora apenas as horas eram exibidas, de dentro do prédio vazio da emissora, que não ficava longe dali. Fernanda teve sua primeira aula de tiro com Luke e Nath, e percebeu que atirar era muito mais complicado do que imaginara. Seu braço parecia que ia ser arrancado com o disparo, e se enrolava toda com as travas, além de tremer muito na hora de puxar o gatilho. Em um dos seus disparos, acabou por acertar uma parede do terraço, porvocando um som ensurdecedor. Mais tarde, perceberam com pavor que o som dos tiros atraíra alguns dos zumbis para os arredores da Delegacia. Aquilo bastou para espalhar o pânico, mas a noite, quando todas as luzes se apagaram e a energia elétrica foi cortada, é que o horror finalmente começou…

Victoria G. Kraft
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Mensagem por imeigo 15th julho 2012, 23:02

Vick-nee @_@ Sua fic ta perfeita, sério ler sua fic me alegra as vezes <.<
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Mensagem por #Lucas' 15th julho 2012, 23:54

ótimo Como sempre Vicky ;]
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