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Salem's Orphanage

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Mensagem por Convidado 23rd dezembro 2014, 11:46




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Take these broken wings and learn to fly.

You were only waiting for this moment to


------------------ arise. ----------------



treinamento de froakie


Conforme rodavam na estrada de carro, Frida se tornava cada vez mais cônscia de que estava se afastando de tudo que um dia conhecera e amara para entrar de uma vez no desconhecido.

As bonitas fazendas e rios caudalosos agora haviam cedido lugar à secura do gramado esturro e à escassez de árvores; as poucas que via eram retorcidas, desfolhadas e mortas. A neblina adensara e o sol, que antes brilhara tímido sobre toda a viagem, parara abrupto num trecho da estrada e escondera-se detrás das nuvens gordas que se erguiam inchadas a muitos e muitos metros do chão.

De quando em quando Frida punha o rosto colado à janela, olhava lá para fora e tentava ignorar todos os maus agouros que pululavam diante de seus olhos. Tentava dizer a si mesma que podia ser mais forte que isso: mais forte que a estrada que a guiava como cordeiro ao matadouro, mais forte que aqueles que dirigiam o carro levando-a Deus sabe para onde. E, definitivamente, Frida podia ser mais forte que seus pais.

Fechou os olhos mesmo sabendo que não iria dormir. Ficou lá, de olhos fechados, abraçada a Sombriço, lembrando de como fora em uma manhã de natal, fria como o dia de hoje, que acordara para a notícia de que havia sido deixada para trás.

“Como puderam?”, foi o primeiro pensamento que rastejou para dentro de sua mente de criança, causticante e ácido “Deixaram todos os presentes.” Os presentes eram um par de meias grossas, de lã, uma caixa de bombons baratos e um vinho e champagne ruins que deveriam ter sido a ideia deles de uma piada. Estavam tão ansiosos para partirem que deixaram tudo. Os presentes, a mobília, as fotos nos porta-retratos. Mas as roupas nos armários haviam sumido. O dinheiro da lata e o carro também. Foi olhando para aquele vinho magro (ela mesma o abrira, lutando contra um saca-rolhas e experimentando uma primeira vez o gosto amargo do álcool) que Frida deu-se conta de que não haveria volta: a viagem que seus pais fizeram era apenas de ida; eles já não a queriam e ela fora deixada para trás.

Curiosamente, ruminou muito tempo o porquê. Mesmo sendo uma pessoa de fatos que lidaria com o que tinha, passou muito tempo com a garrafa, junto a Sombriço, seu Froakie, pensando e pensando e pensando tanto que a cabeça doía e latejava nas têmporas. O que faria? Era só uma criança. Podia tentar viver sozinha? Não, claro que não. Precisava de cuidados; precisava de proteção. Reconhecia e aceitava isso. Não poderia, mesmo que quisesse, sair pelo mundo sem uma moeda no bolso, apenas com um pokémon bobo ao seu lado, roubando sobras para viver, revirando lixos e dormindo sob pontes. Talvez essa vida fosse a vida de muitas outras crianças, mas conhecendo a si mesma como sabia que conhecia, entendia que deveria haver outras opções.

Então esperou. Esperou por muito tempo naquela casa, ansiosa para que os pais se arrependessem e voltassem para buscá-la, voltassem para a meia de lã e a caixa de bombons sortidos e o vinho e a champagne. Esperou, olhando pela janela, sem derramar nem uma lágrima. Esperou até que a comida acabasse, esperou até que a casa fosse grande demais para que cuidasse sozinha; até a luz ser cortada e a água parar de vir pela torneira. Então resolveu que era tempo de agir; era hora de sair dali e encontrar quem a quisesse, andando de um canto a outro como um gato abandonado que ninguém quer e todos chutam.

Foi assim que encontrou o casal Keen, um par tão desgostoso e inidôneo quanto seus pais haviam sido. Pensou que se apiedariam de uma pobre criança abandonada, sem teto e sem comida, com nenhum tostão no bolso, mas não poderia estar mais errada. Na primeira oportunidade, meteram-na dentro do carro, discutindo o tempo todo, e planejaram levá-la a algum lugar onde pudessem dispôr dela. Não, eles não eram maníacos ou coisa que o valesse; eram só um casal desesperado na monotonia da vida moderna, estressados até o último fio de cabelo e que não planejavam nem queriam ter filhos. A Sra. Keen, ela entreouvira entre os gritos, operara-se por dada razão. Não teria nem uma praga de uma criança, palavras dela. O marido, o Sr. Keen, era da mesma opinião. Assim, dirigia para o fim do mundo onde pudesse terminar o que os Fletcher haviam começado: abandonar essa criança como deveria ser feito.

— Não se preocupe, vai dar tudo certo. — A Sra. Keen lhe sorriu, mas era um esgar pustulento em seu rosto que pulsava como uma ferida.

Rodaram por aquelas estradas horríveis, banhadas de neblina e esburacadas enquanto o Sr. Keen procurava por algo que deveria brotar do nada. Num determinado trecho as árvores adensaram, bem como o nevoeiro. A luz fraca de um lampião retiniu na estrada e os Keen ergueram seus olhos miúdos, lançando as luzes do carro sobre o poste, dando de cara com um letreiro carcomido de cupins. Dizia “Salem’s Orphanage” e sorriram, porque estavam no caminho certo.

Frida pensou um momento no que queria dizer aquilo. Pensou que deveria sentir-se ofendida: ela tinha família, mesmo uma que já não a quisesse mais. Não era um saco de batatas que quando já não é mais útil ou desejado pode ser jogado a um canto e estraçalhado pelos ratos. Ela era uma criança e iria ser abandonada em um orfanato. “Mas será tão ruim?”, contrapôs sua mente racional, aquela que não estava inundada de fúria. “Haverá teto e comida; um pouso, uma parada. E você nunca mais terá de se preocupar com nada disso. Não pode ser tão ruim”. Só que talvez, talvez Frida estivesse errada.

Talvez fosse sim tão ruim.

A casa era um monstro que se erguia do chão, severo, olhando-a com olhos cegos que a mediam e reprovavam. Era toda enrugada e os buracos nas paredes de madeira estavam lá para qualquer um que tivesse olhos que os visse. Ela toda era escura, densa e parecia tão, tão sólida, mesmo com todos aqueles buracos e rugas e olhos cegos que Frida sentiu a sombra de um medo percorrer-lhe a espinha. A casa era sombria. Sombria como nada que ela houvesse visto em toda a vida: escura com o breu do infinito universo e dos buracos-negros que engolem planetas. Aquela casa a engoliria.

— É aqui, chegamos. — O Sr. Keen bateu as mãos assim que desceram do carro, muito satisfeito consigo mesmo.

“Vai deixar uma criança aqui, seu monstro!”, Frida quis gritar, mas não gritou. “Vai deixar uma criança aqui e tudo que consegue fazer é bater as mãos como se isso fosse algum tipo de festa?”. Sombriço, em seus braços, tremia.

— Vá brincar ou seja lá o que vocês crianças fazem. Nós vamos cuidar dos papéis.

E Frida obedeceu porque a ideia de entrar naquela casa e ser engolida não a atraía nem um pouco.

Afastou-se de lá, sendo abraçada pela neblina. A umidade grudava em seus cabelos e os tornava pegajosos, mas ela continuou marchando pelo breu como a menina valente que era. A névoa era tão densa que não podia ver coisa alguma nem adiante, nem detrás dela. Estaria perdida? Haveria se afastado demais da casa? Mas continuou em frente ainda assim, em frente, sempre em frente, como se marchando com suas pernas de menina pudesse se afastar o bastante para fazer todo o caminho de volta para casa. Só parou quando esbarrou em alguma coisa. Ou alguém, porque a coisa gritou.

— Olhe por onde anda! — E era um garotinho ruivo, muito franzino e pequeno, mas que tinha chamas de loucura brilhando em seus grandes olhos azuis. — Mas quem é você, menina? — Agarrou-a pelos cotovelos e chacoalhou-a de um lado a outro, como se fosse uma boneca de trapos. — Eu nunca a vi aqui. Nunca. Nunca. E eu sei mais do que qualquer um. — Deu uma risada que era tão louca quanto ele próprio. — Se é nova aqui, então é hora de uma pequena... festa de boas-vindas! — Pôs dois dedos entre os lábios e assobiou, tão alto e comprido que poderia ter levantado os mortos de seus túmulos. Mas não foram os mortos que vieram ter com ele e sim um Houndour — Vamos mostrar pra ela.

b a t a l h a

O Houndour arranhava o chão com suas longas patas, dando compridos Howl para uma lua que espreitava em algum lugar do universo, distante agora que era dia e distante desta maldita neblina. Sombriço saltou ao chão, muito ciente de que esse garoto queria machucar sua treinadora. Ela era só uma menina abandonada e sozinha. Poderia ser mais injusto? Mas Frida entendia que nesse mundo não havia algo como justiça e tolos eram aqueles que acreditavam nela. Ela não era tola. Também não era do tipo de fugir de uma briga. Estava com medo, certo, mas quando isso a impedira? Postou-se também para batalha, com seus punhos magros erguidos e as pernas um tanto separadas. Ia lutar, se preciso fosse. Ia ajudar Sombriço.

— Houndour, se esconda. Aproveite que estão cegos como toupeiras no escuro, mas nós, nós não! A névoa não nos incomoda! — E o pior foi ouvir aquele risinho louco perder-se em algum lugar daquele nevoeiro.

Mordeu os lábios. O que faria? Os ataques poderiam vir de qualquer lugar e ela não estaria pronta para eles. Então, num estalo, gritou:

— Sombriço, use Double Team!

Mais que depressa, Sombriço multiplicou-se não uma, mas duas e então três vezes, formando cópias de si mesmo que, com alguma sorte, manteria aquele Hondour confuso.

— Hah! Isso não vai funcionar! Odor Sleuth!

Deu um estalido de língua. Como pudera ser tão ingênua? É claro que Double Team não funcionaria contra o olfato infalível do Houndour. Ela teria de pensar em alguma outra coisa... e rápido.

— Houndour, use Bite!

Diante dessa ordem, Frida forçou-se a pensar. Era hora de usar alguma estratégia ou estaria frita. O Houndour a atacaria ou atacaria Sombriço?

— Sombriço, o afaste com Water Pulse! Quando estiver longe, use Bubble! Nós podemos com eles!

O Houndour que aproximou-se com os dentes à mostra foi banido pela pulsação de água. A esfera azul estourara bem em seu rosto e o mandara ganindo para longe, numa onda.Uma segundo e terceiro vez ele teve destinos bem parecidos: toda vez que se aproximava querente de cravar suas presas afiadas no pescoço de Sombriço, ele o mandava de volta com seu Water Pulse. Quando o Houndour desistiu de fazer sua abordagem, foi a vez do Froakie saltar e disparar um jato de bolhas que, com a força e a velocidade, serviram para ferir o Houndour mesmo à distância.

O ruivo não ficou nada satisfeito com isso. De trás da névoa, Frida ouviu-lhe a voz:

— Levanta, seu cachorro sarnento! Use Flamethrower!

Flamethrower? Esse garoto não está mais de brincadeira.”, foi o pensamento exasperado de Frida enquanto tentava pensar numa estratégia de defesa. “Combata fogo com... água!”.

— Sombriço, Hydro Pump!

Seu Froakie tomou fôlego, inflando os pulmões até o limite e, em algum lugar daquela névoa toda, Frida sabia que o Houndour fazia o mesmo. A diferença é que a névoa esquentava e esquentava à medida que as chamas se aproximavam. Então, num estouro, Sombriço deixou que as águas que o preenchiam se soltassem numa vazante torrencial que varreu as chamas e também o Hondour. A névoa, dado o calor produzido pelo ataque de fogo, começara a dissipar-se lentamente. Já não era tão densa quanto antes; Frida quase podia divisar onde o garotos e seu pokémon estavam.

— Levanta, seu monte de lixo. Levanta! Use Crunch!

“Ele não é um bom treinador”, Frida pensou. “Está usando ataques da mesma natureza dos que já usou antes... e não vão funcionar.”

Ou assim pensou até ver o Houndor atacar... ou fingir que atacava para desarmar seu Froakie. Era um Foul Play bem ensaiado, que o pegou desprevenido. Sem saber como reagir, Sombriço foi atacado pelo cão que o mordeu sob os grunhidos suprimidos de Frida e o deixou trêmulo e machucado no chão. Agora a menina tinha dúvidas sobre sua vitória que antes lhe parecera tão certa. Conseguiriam safar-se dessa?

— Sombriço, Sombriço, meu querido Sombriço... Levante-se, por favor! — O Froakie fez seu melhor, mas tornou a cair.

— Hahah, parece que essa sua coisa não aguenta mais lutar. E sabe do que mais? A próxima vai ser você! Vá Houndour! Crunch!

“É isso”, Frida pensou, em rendição. “Meu primeiro dia aqui e meu destino já está decidido”. Mas qual não foi sua surpresa quando Sombriço saltou à sua frente e defendeu-a com outro Water Pulse. A esfera de água que formara-se entre seus dedos era maior e mais forte do que qualquer uma que até então o pokémon já fizera. Ela estourara no Houndour e o mandara guinchando aos pés de seu treinador. O garoto rosnou, pronto para dar alguma nova ordem, mas Frida retomara sua convicção e a força em si mesma e ordenara antes de qualquer coisa:

— Sombriço, agora! Smack Down!

E com um chute bem ensaiado de suas longas, fortes e resistentes pernas, Sombriço ergueu pedras do chão e arremessou-as sobre o Houndour. As pedras ou o acertava, ou ricocheteavam para as pernas magras e desnudas do garoto que saltava e amaldiçoava a própria sorte e a de Fletcher, correndo para longe dela e também de seu pokémon ferido. O Houndour estava fora de combate, Frida vencera, mas não lhe escapara nem por um instante na névoa que dissolvia o brilho admirado dos olhos do ruivo que derrotara.

— Vai ter volta. — Sussurrara ele baixinho, tão baixinho que ela quase não ouvira. Mas ouvira.

— Pode vir. Da próxima vez, venha com tudo o que tiver. — E seus dentes batiam de frio. Ela mal podia esperar por sua estada no Orphanage.



// thanks flarnius @ ops //
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Mensagem por Dtwist 23rd dezembro 2014, 12:29

Bom sua história está boa.

sua batalha também esta boa.

porém tente aumentar um pouco o tamanho da fonte e colocar cores para diversificar.

Nota: 5 Stars
Dtwist
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