Pokémon Rpg Online
Bem vindo ao Pokemon Rpg online!
Se você ja é um jogador faça login.
Se é visitante e quer começar a jogar, registre-se!
Mas se quer ver o forúm primeiro para decidir se entra ou não aperte
"Não exibir mais".
Ah,vote em nós no top Brasil,é de graça!!!

Ass:Rafa Kimura'

Participe do fórum, é rápido e fácil

Pokémon Rpg Online
Bem vindo ao Pokemon Rpg online!
Se você ja é um jogador faça login.
Se é visitante e quer começar a jogar, registre-se!
Mas se quer ver o forúm primeiro para decidir se entra ou não aperte
"Não exibir mais".
Ah,vote em nós no top Brasil,é de graça!!!

Ass:Rafa Kimura'
Pokémon Rpg Online
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

[14+] Trovadores

Ir para baixo

 [14+] Trovadores Empty [14+] Trovadores

Mensagem por KidoWara 1st setembro 2011, 14:32

Citação:
Trovador, na lírica medieval, era o artista de origem nobre do sul da França que, geralmente acompanhado de instrumentos musicais, como o alaúde ou a cistre, compunha e entoava cantigas. Normalmente, os trovadores eram homens, mas houve trovadoras (em provençal ou occitano trobairitz), também nobres. Suas correspondentes nas classes inferiores eram as jogralesas (joglaresses em provençal).


Citação:
Antes de mais nada, devo avisar que meus capítulos serão grandes, como os capítulos de um livro. Portanto não assustem com o tamanho deles. Obrigado.


:Prólogo:
:Capítulo 01:
:Capítulo 02:
:Capítulo 03:
:Capítulo 04:
:Capítulo 05:
:Capítulo 06:





::Prólogo::

"Tudo começou 30 anos atrás. Um grupo terrorista chamado Team Plasma tentou atacar nosso continente. Mas um grupo de quatro garotos, após superar todos os desafios legais e emocionantes, conseguiram derrotar o time do mal.
O castelo o qual usavam como base foi novamente selado, para que não houvesse mais nenhum problema naquela região. Mas eles se enganaram."

"22 de Agosto de 2022. Dez anos após a queda do Team Plasma, um grupo de exploradores que faziam algumas escavações próximas à Abundant Shrine, desapareceram misteriosamente. Motivo? Desconhecido até hoje. As pessoas começaram a temer aquele local, dizendo que era assombrado. Então fecharam a área, de qualquer civil."

"Mas como se isso não bastasse, 14 de Junho de 2027. Um turista de 19 anos também desaparece misteriosamente próximo ao santuário. A mídia global começou a investir na cobertura daquele local, começaram até a estudar os Elygem, como se fosse uma ameaça alienígena.
Depois de sete anos de busca, finalmente desistiram, e desistiram abrir o local novamente."

"E então, o caso mais recente. 31 de Julho de 2032. Desta vez, a vítma foi um garoto de onze anos. O pobrezinho morava nesta cidade. Ele estava brincando com seu Oshawott, quando a bola foi parar próxima ao Abundant Shrine. Nunca mais o viram."

"Desde então, as pessoas começaram a espalhar boatos sobre o local. Juntamente com a Miltank Afogada e os Cubos de Kazam, foi eleita a história mais assustadora do ano. E você? Será que você corre este risco também?"

Uma chuva de aplausos cobriu a sala. A garota de cabelos alaranjados entregou seu trabalho para a professora, a qual escreveu um B+ com seu hidrocor verde no canto da página.

-- Bem alunos. - começou a professora, para acalmar o barulho da sala. - Com este trabalho encerramos o último dia de aula. Favor esperar pacientemente em suas carteiras até que...

O sinal toca. Os garotos se jogam das cadeiras, agarram suas coisas e literalmente fogem da escola. Podia-se ver um grupo de calouros assustados, mas nada que impedisse Layla de ser a primeira a sair da construção.

Liderando os garotos das outras salas, a menina de cabelos alaranjados corria pelo corredor, e ao avistá-la se jogou pela porta principal, aterrissando na grama fofa que a esperava do outro lado.

-- ALELUIA!
-- ATÉ QUE ENFIM!
-- Ai! Acho que quebrei uma unha!

Os alunos comemoravam o fim do ano escolar de Isshu. Alguns já estavam de malas prontas para viagens, os formandos faziam peças nos calouros, e podia-se ver um Yanmega soltando vários pós coloridos pelo ar, deixando a escola ainda mais bonita do que era.
Layla encarava a grande construção amarela da qual havia acabado de sair. Então pegou em sua mochila duas Pokébolas, e lançou-as para o ar, liberando assim dois vultos arroxeados, que logo se revelaram Nidoran? e Nidoran?.

-- Até que enfim, não é Doki?

O macho concordou com a cabeça. A fêmea parecia insatisfeita com a ideia de que ela não seria instruída por um período de três meses.

-- Ah, não fique assim Dina. Ainda vamos ter muitas coisas pela frente! A vida é curta, então vamos aproveitar minha filha!

Ela afagou os dois animaizinhos, e com um sobresalto, Layla se levantou, esticou-se e cumprimentou um grupo de garotos que passava por lá. Então ela se virou, e começou a caminhar de volta para casa.

-- É ela, não é? - comentou um dos garotos. - A que se dá de difícil...
-- Não fale assim! - disse o outro - Ela perdeu um grande amigo quando era pequena. Deve ser difícil aceitar isso.
-- Mas não explica por que ainda não se interessou por ninguém...

Já longe, ela não ouvia os assuntos alheios. Mas não parava de pensar no seu ex-amigo de infância.

•••


-- Manhê, cheguei...

A menina abria lentamente a porta da casa. De longe, era possível sentir o cheiro da comida de sua mãe, que era uma das três grandes maravilhas de Umbrella Town. Seguida pelo odor, atravessou a sala, e se dirigiu para a cozinha.

-- Deixe-me adivinhar... Magikarpamol'pard?
-- Quase isso... - respondeu alegremente a mãe. - Hoje o jantar será especial.

Era uma bela dona de casa, de longos cabelos castanhos e um avental rosa, da mesma cor do pano que sempre usava na cabeça. Ela nos é familiar, de alguma maneira. Ao seu lado, um Simipour a auxiliava, lavando os talheres e a louça.

-- Oi, irmã...

Duas vozes masculinas a cumprimentaram ao mesmo tempo. Seus irmãos gêmeos, pouco mais novos que ela, fizeram um breve aceno de mão, e voltaram a assistir TV. Seus cabelos eram alaranjados, mas numa tonalidade mais vermelha que a dela.

-- Papai chegou?
-- Ainda não... por quê?
-- Quero conversar seriamente com ele sobre uma coisa...

Os irmãos se entreolharam, assustados. "Discutir algo sério? E com ele? Deve ser grave mesmo..."
Layla os ouviu, mas deu de ombros, experimentou a sopa que a mãe cozinhava e foi para seu quarto. Seus dois ratinhos a seguiram, fechando a porta ao entrarem.

•••


Com a toalha no cabelo, e vestindo um pijama listrado, ela saiu do banho, e foi jantar. Mal deu dois passos, tropeçou em algo no chão, e caiu no tatame amarelado que cobria o assoalho. Ela se levantou com dificuldades, e viu um Kecleon reaparecendo entre suas pernas.

-- Oi Kelly. - cumrpimentou.

A Keckleon deu um salto em seu colo, e com sua enorme língua, lambeu sua face, como um cachorro de estimação. Ela se sentou à mesa, onde estava a família toda reunida. Exceto o pai.

-- Ainda não chegou? - perguntou Layla.
-- Ele disse que achou algo importante nas ruínas que estão escavando e por isso só voltará na semana que vem.

Frustrada, ela soltou um suspiro. "Terei que esperar mais ainda para ele chegar...". Após agradecer pela comida, ela devorou o jantar, que por sinal estava ótimo, e deu um aceno de mão para que a mãe a acompanhasse. Esta, que já esperava a reação da filha, pediu licensa da mesa e se dirigiu ao quarto da adolescente.
Layla a aguardava sentada em sua cama. A mãe sentou na outra extremidade. As duas ficaram se olhando por um tempo, até que a garota decidiu começar.

-- Mãe, como você sabe, eu tenho quatorze anos...
-- Sim.
-- E eu acabei de concluir o ensino fundamental...
-- Sim. - a mãe já sabia o que iria acontecer, então deu um suspiro, e completou - Continue.
-- Eu acho que já posso sair em uma jornada.
-- Não.

A garota olhou para baixo, triste. "Sabia que ela ia falar isso." pensou. Doki e Dina apareceram na porta, e atravessaram o quarto, pulando no colo de sua treinadora.

-- Por quê não?
-- Por que isso é muito irresponsável! Você ainda nem concluiu os estudos!
-- Eu volto em dois meses! Isshu nem é tão grande assim. Assim dá tempo de voltar para a escola, normalmente.
-- Mas o mundo é perigoso, minha filha.
-- Então por quê você e o papai saíram numa jornada dessas quando eram pequenos?

A pergunta da filha calou a mãe. Ela sentiu uma leve nostalgia, e ficou calada, pensativa. Os ratos olhavam para os rostos fixos das duas humanas, de modo apreensivo. O macho encarava a mãe, mostrando-se a favor desta jornada. Já a fêmea, responsável, repreendia a treinadora pelo ato infantil.
Layla pegou um jornal em sua mochila, aparentemente velho, e leu em voz alta.

-- "A Treinadora Hilda, principal combatente do Team Plasma." Não te soa familiar?
-- Eu era irresponsável naquela época. Mas eu aprendi a lição, e decidi criar uma família.
E é por isso que você não vai.

Com essas palavras, a mãe saiu do quarto.

•••


As ruas estavam desertas. E escuras. A única iluminação que havia era a dos precários postes, que ficavam nas esquinas. De vez em quando, passava-se um ou outro bêbado conversando com o amigo invisível, mas o que nos surpreende é um vulto, de vestes caras e mochila nas costas, correndo pelas sombras da cidade.
Onze, doze, treze quarteirões se passam desde que o acompanhamos. Ele se ajoelha, exausto, e se apóia com os braços em um poste. Ofegante, ele retira o capuz, revelando um belo cabelo alaranjado.
Era Layla.
Atrás dela apareciam seus dois companheiros de fuga, Doki e Dina, que ao contrário da treinadora, não estavam nem um pouco exaustos. Ao contrário, pareciam estar gostando de correr livremente por aí.

-- Hehe... -- começou ela, ofegante -- Agora que eu percebi como nossa vida era preguiçosa...

Ela se sentou, encostada no poste, e pegou uma barrinha de cereais em sua mochila. Já se faziam anos desde que houve uma grande batalha Pokémon, as pessoas começaram a aproveitar mais a tecnologia e os Pokémon se transformaram em nada mais que bichos de estimação. Houve um grande défcit na taxa de evoluções, fazendo com que mais de 50% dos Pokémon do mundo ainda permanecessem no primeiro estágio. E os Nidoran's não eram exceção.
Doki se aproximou de Layla, e tentou-lhe roubar uma mordida. Acabou machucando a mão da garota, que soltou um AI! alto e abafado. Ela então tampou a boca, e olhou para os lados, esperando que ninguém tivesse a escutado.
Então algo mais alto que seu grito soou pelo local. Um BEEP de mensagem recebida saiu de seu celular, que conseguiu ser mais barulhento que a dona. Ela apertou o botão principal, e viu uma mensagem de sua mãe. "Deus, agora phodeu." pensou.

"Mana, aqui somos nós usando o celular da mamãe, então não assuste..."

-- Ufa. - soltou um suspiro, e voltou a ler.

"...sabíamos que ia fugir, mas não sabíamos que seria hoje. Você é muito estabanada, deixou a porta da frente aberta, nem isso você sabe fazer direito?"

-- Malditos...

"Mas de qualquer jeito, 'nós não sabemos de nada'. Mande uma resposta o mais rápido possível, ok?
Te quase-amamos, Louis e Loan"

Ela terminou de ler a mensagem, e só então se deu conta da proporção do ato que tinha tomado. Fugir de casa não era algo simples, mas ela estava destinada a fazer isso. Portanto, fechou o celular colocando-o no modo silencioso, para que outros "imprevistos" como esses não acontecessem novamente. Levantou a cabeça, e continuou a sua caminhada, em plenas 03:56 da manhã.
E Doki e Dina iam atrás.

•••


Os primeiros raios do sol começavam a aparecer.

Layla saiu da cidade pelo sul, e continuou seu caminho pela RI-014, uma das dezoito principais estradas de Isshu. Ela então abriu sua mochila, e dela tirou uma Pokébola. Ou algo que se parecia com uma. Apertou o botão do centro, e ela começou a se "abrir", igual àqueles Bakugans que toda criança tem. Com alguns Clack! e Flip! ela se transformou numa bicicleta, com direito à farol, buzina e cesta, na qual Doki e Dina se acomodaram e começaram a dormir.
Após pedalar por um bom tempo, parou em um restaurante à beira da estrada. Haviam dois carros estacionados, possivelmente eram cidadãos aproveitando o início das férias para evitar trânsito. Ela "comprimiu" sua bicicleta de volta à forma de Pokébola, o que demorou um bocado, e então entrou. Sentou-se ao balcão de carvalho e pediu um chocolate quente.

-- Você está sozinha? - perguntou a balconista, que abria a tampa de seu Rotom (na forma de forno, claro) e retirava a xícara fervente.
-- Sim. - respondeu, enquanto aceitava a chícara. - Por quê da pergunta?
-- Nada em particular... é que hoje em dia não se vê tantos jovens em jornadas... ei, olhe, começou o jornal das seis.

Ela se virou para onde a balconista apontava, e quase deixou o chocolate cair. No canto de uma das paredes havia uma televisão, que mostrava para ela um rosto muito familiar. Na legenda, estava escrito: Pesquisador descobre segredo de vinte anos atrás.

-- Então, Dr. Mogul, explique-nos que grande segredo é este, que nos amaldiçoou por tantos anos... - a entrevistadora era morena, com uma bela chapinha, digo cabeleira negra lisa. Ela quase fazia o pai de Layla engolir o microfone, de tanta ansiedade em sua pergunta.
-- Bem... - a voz era grave - estávamos quase desistindo de escavar as ruínas, quando encontramos algo que se parecia com uma câmera fotográfica digital.

O doutor Mogul, Yanx Mogul, era um homem alto, de corpo definido, cabelos ruivos e uma aparência mais viva do que a dos outros pesquisadores, geralmente idosos ou gordos. A mistura de genes ruivos e castanhos desenvolveu uma tonalidade alaranjada, que pertencia aos seus decendentes.
Ele levantou um pacote, com uma câmera incrivelmente velha e desgastada pelo tempo. Sua cor acinzentada estava bege, e parecia que seria pulverizada pelo vento a qualquer momento.

-- E... - a entrevistadora aproximou mais ainda o microfone.
-- Após vários testes em laboratórios, descobrimos que esta câmera é de um período de aproximadamente 600 anos atrás.

Silêncio. Geralmente é esse o momento que as pessoas ficam dizendo OOOOHHHHH! e ruídos parecidos. Layla ficou boquiaberta, e realmente derramou o chocolate em cima da bancada.

-- C-c-omo assim? E o que isso tem a ver com o grupo de pesquisadores?
-- Algumas fotos salvas pela câmera mostram os desaparecidos em frente à locais do nosso continente, antes da destruição. Como por exemplo, esta, que deve aparecer na tela a qualquer momento.

A televisão mostrou uma foto da câmera, com três jovens fazendo pose em frente ao Ancient Castle. O lugar era enorme, comparado aos estudantes era o mesmo que comparar uma formiga à um Jipe 4x4.
Depois começaram a passar imagens menos interessantes do local onde encontraram a câmera: um ninho de Volcarona, na região mais funda das ruínas.

-- Nossa, o doutor Mogul é um homem e tanto. - começou a balconista, enquanto limpava a mancha de chocolate da garota.
-- Epa epa, pode parar por aí. Ele é um homem casado, pai de três filhos... - respondeu rapidamente Layla. Ela então pegou uma quantia de dinheiro e colocou sobre o balcão - Estamos indo.

Doki e Dina se levantaram, desceram do balcão e se juntaram à sua treinadora. Esta, por sua vez, montou em sua bicicleta (dois minutos para que atingisse o tamanho ideal) e partiu rumo à sua jornada.

•••


Após uma árdua e difícil subida, ela atingiu seu primeiro destino. Já era meio dia, então estava faminta, e parou para reabastecer a barriga. Ela desceu da bicicleta, desmontou-a, e atravessou calmamente uma plantação de Oran Berries, até atingir uma simples casa de fazendeiros. Lá, ela bateu na porta três vezes, recuou um bocado, e esperou atenderem.
Ouvia-se passos atrás da velha porta de madeira, a qual foi aberta, revelando em seu interior uma bondosa senhora, com leves rugas pelo rosto e um belo cabelo acinzentado preso por um coque.

-- Senhora Lílian?
-- Você... é você Layla? - perguntou a velha, assustada.
-- Sim.
-- Querido! Venha aqui! A netinha do Doutor Mogul veio nos visitar! - a idosa soltou um berro fino, e convidou a menina para entrar.

Dona Lílian era uma fazendeira nata, que aprendeu com os melhores ranchers de Almia a cultivar frutos e verduras. Era também a "Guardiã" do Fertility Shrine, visto que sua casa se localizava a menos de vinte metros do local.
Layla sentou-se à mesa, e almoçou, juntamente dos dois idosos. Eles trocaram assuntos, novidades e muita conversa nesse meio tempo. Doki e Dina estavam no curral junto dos Sawsbuck, Ursarings e Miltanks, que ajudavam com o trabalho do rancho.

-- Faz quanto tempo, hein minha filha? - O senhor tinha um leve sotaque caipira, mas nada que impedisse o diálogo.
-- Acho que cinco anos... desde que...

Ela engoliu em seco, e olhou deprimente para baixo. Os avós entenderam a reação da menina. Afinal, fora naquele local que os senhores perderam um neto, e a menina perdera o melhor amigo. Pobre rapaz, tão jovem, desapareceu da mesma maneira que os pesquisadores e o turista. Por isso aquele era sua primeira parada: visitar os velhos conhecidos e visitar o santuário da fertilidade.
O resto do almoço continuou da mesma maneira, silencioso. Depois dele, Layla mandou uma mensagem para os irmãos, sobre sua localização atual, e desejando sorte para eles. Então foi banhar-se, para retirar o suor de doze horas de fuga.

Após sair do banheiro, vestiu-se e digiriu-se ao andar de baixo, onde se despediria dos senhores e voltaria à sua jornada. Mas ao terminar de descer da escada, a porta bateu. Dona Lílian abriu-a, e do outro lado revelou sua mãe, em prantos, procurando pela filha.
Layla rapidamente se jogou na cozinha. Pegou o celular e viu, uma mensagem recebida enquanto estava tomando banho:

"Mamãe tomou nossos celulares e leu a sua mensagem, estamos indo aí. Fuja enquanto puder."

"Merda, tarde demais." pensou. "Por que fui colocar este maldito telefone no silencioso?". Rapidamente abriu a porta dos fundos, que ficava na cozinha, e saiu correndo, em direção ao santuário que ficava próximo aos estábulos. Chegando próximo do curral, rapidamente chamou pelos seus Pokémon, os quais saíram correndo com ela.
Ela então olhou para trás, e viu sua mãe, abrindo a porta dos fundos, e gritando pelo seu nome. A mulher então lançou uma Pokébola ao ar, mostrando um Unfezant, que a segurando pelos ombros, começaram a perseguir Layla.

A garota quase chegou a tocar o santuário, quando a mãe a empurrou por trás. As duas se colidiram, se empurraram e caíram na grama, com uma distância de três metros uma da outra.

-- Sua desobediente! Irresponsável! O que foi que eu disse para você?
-- Eu sei muito bem o que você disse! - rugiu a garota. A mãe se silenciou, afinal foi a primeira vez que a adolescente encarou-a de frente - Mas eu não quero ser normal! Não quero ser uma advogada chata, ou seja lá o que me oferecerem por causa da escola!

Nesse meio tempo, os gêmeos e o casal de idosos alcançaram as duas. Com a ajuda de Doki e Dina, Layla se levantou, e bradou.

-- Se quiser acabar com minha vida, ótimo. Mas ao menos me deixe realizar meu sonho, me deixe encontrar ele mais uma vez. Encontrar ele...

Ela então caiu em choro.

•••


Layla Mogul...

-- Hã?

Ó grande sonhadora, que perturbaste meu sono profundo...

Uma voz ecoava em sua cabeça. Seus olhos ainda estavam fechados, por causa da birra, mas ela logo os abriu. Ela então percebeu o que havia acontecido.
Num raio de 10m do santuário, tudo estava normal. A partir dalí, tudo estava congelado. Digo, congelado no tempo. A grama, os seres, tudo estava em preto e branco. Inclusive os parentes. Então, com excessão dela e dos Nidoran, ninguém conseguia ouvir a voz.

-- Q-quem é você?
Sou Landolos, Deus da fertilidade, dono deste santuário, que abençoa as terras de toda a Isshu.

"AI MEU DEUS DO CÉU, UMA LENDA ESTÁ FALANDO COMIGO" pensou, esbaforida. Doki e Dina se jogaram em seu colo, amedrontados, e ela os abraçou juntamente.
Então o ar começou a ficar coberto por uma neblina. Ela começou a ficar cada vez mais densa, até que se concentrou em uma "nuvem" na frente dela. Dela apareceu uma figura humanóide, masculina e alaranjada, que cruzou os braços e esperou uma reação da garota. Ela simplesmente se curvou, amedrontada.

Eu ouvi o desejo do seu coração.
-- Hã?
Você realmente quer ver o garoto novamente?

Ela ficou apreensiva. Estava realmente "recebendo o desejo de um gênio". Após pensar um bocado, fez que sim com a cabeça.

Entendo... então, de acordo com a profecia, que seu desejo se cumpra.

Um vulto cobriu os céus. A figura de um dinossauro, azul-escuro, com detalhes prateados, encarou a treinadora. Ele abriu a boca, e soltou um tremendo ROOOAAARRR!!!. Era possível "ver" as ondas sonoras, que atingiam a garota, e desintegraram sua essência. E a de seus Pokémon também. Dialga terminou o seu Roar of Time, e voltou a descansar pelos próximos cinco anos. O tempo voltou a correr em volta do Abundant Shrine, e todos ficaram perplexos ao ver que a garota não estava mais lá.

15 de Dezembro de 2037. Layla Mogul, quatorze anos, foi adicionada à lista de pessoas desaparecidas na Abundant Shrine.





Citação:
Descrevi o máximo possível, lembrem-se que este não é um oneshot, só um prólogo.
Para outro capítulo sair assim, vai demorar um bocado, portanto não me apressem ok?



KidoWara
KidoWara

Poke Regras :  [14+] Trovadores 11101010
Masculino Número de Mensagens : 138
Idade : 25
Localização : brasil
Humor : mal
Data de inscrição : 14/08/2011

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos