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Grageon Fletcher

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Grageon Fletcher  Empty Grageon Fletcher

Mensagem por Lockjaw 19th março 2014, 15:46

• O Início •
O conto se passa em uma realidade alternativa, com foco para a vida de um garoto ainda na flor da idade, beirando os dezesseis anos. O jovem habita uma vila no auge do seu tempo devido a expansão em todos os termos desde a descoberta de ricas fontes de minério ao seu envolto. Os ricos depósitos de minério precisam de mineradores e os mineradores de um lugar para viver. A verdade é que além dos mineradores existe uma enorme variedade de culturas e da mesma forma que os magnatas foram atraídos pelo ouro, vários larápios também o foram. Grageon Fletcher  - o rapaz do qual tratamos - está ciente da chegada de malfeitores e pronto para enfrentá-los, guardando a patrimônio de homens poderosos em troca de dinheiro.
As criaturas moviam-se alegremente ao meu redor, sem um elo de proximidade propriamente dito, mas suficientemente ligadas para proporcionarem a nós uma calmaria acolhedora. Estava anoitecendo e a escuridão nos envolvia, restando-me observar as estrelas pelas frestas dos galhos longos ligados a árvore onde estava recostado, com as protuberâncias do tronco marcando profundamente as minhas costas. Apesar das dores musculares eu estava realmente satisfeito pelo resultado do meu trabalho nas últimas horas e esperava que se repetisse por dias.

A brisa noturna confortava a todos aconchegados em seu frescor, reanimando os exaustos como se ela fosse a personificação da vivacidade trazendo a proposta de dias melhores conforme serpenteava entre os cachos do meu cabelo castanho. A sensação pegajosa do suor empregando a minha roupa era acentuada a cada breve bafejo, fruto de um trabalho duro, assim como os sacos de moeda que tiniam presos ao meu cinto. Em contrapartida o embornal que eu carregava despretensiosamente pendendo em meu ombro carregava o que eu tinha de mais precioso, uma pequena esfera dotada da capacidade de expelir e abduzir a pequena besta que abrigava. Bem, pô-lo à mostra não faria nenhum sentido naquela ocasião pois não existia qualquer ameaça próxima, se não o cansaço que me prometia horas de sono e quanto a isso, nem mesmo a salamandra de fogo poderia combater; o ser havia sido um presente de um dos homens que eu guardava os terrenos.


Eu sei o que você deve estar pensando.
“Esse maluco aí, que vila é essa?”.
"..."


...Eu só estava meio entediado, sabe?


Pokémon: Charmander
Phanpy




Última edição por Lockjaw em 19th março 2014, 22:35, editado 5 vez(es)
Lockjaw
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Grageon Fletcher  Empty Capítulo Um - Phanpy

Mensagem por Lockjaw 19th março 2014, 19:02

• Capítulo Um •
Phanpy, A Primeira Captura
O conto se passa em uma realidade alternativa, com foco para a vida de um garoto ainda na flor da idade, beirando os dezesseis anos. O jovem habita uma vila no auge do seu tempo devido a expansão em todos os termos desde a descoberta de ricas fontes de minério ao seu envolto. Os ricos depósitos de minério precisam de mineradores e os mineradores de um lugar para viver. A verdade é que além dos mineradores existe uma enorme variedade de culturas e da mesma forma que os magnatas foram atraídos pelo ouro, vários larápios também o foram. Grageon Fletcher  - o rapaz do qual tratamos - está ciente da chegada de malfeitores e pronto para enfrentá-los, guardando a patrimônio de homens poderosos em troca de dinheiro.
Eu havia despertado sobre a relva verdejante, coberto por um emaranhado de grama e folhas que caíram das árvores enquanto eu repousava. O dia mal havia começado e eu já estava absorto em meus pensamentos, com a mente pesarosa cogitando um possível atraso. Os meus olhos perscrutavam em um curto espaço, limitado pela névoa matinal que rodeava a vila de Coffurt todas as manhãs, traçando a baliza conhecida circunscrever até onde os transeuntes deviam percorrer. Os mais supersticiosos – em sua maioria, senhores de idade – diziam que a penumbra comportava as mais perigosas criaturas, bestas de aspecto felino com garras e presas tão afiadas quanto uma adaga forjada nos vulcões Clinkerfurt, com os pelos suficientemente espessos para interceptar as flechadas mais precisas disparadas pelos arcos mais mortais. Pus-me de cócoras e posteriormente em pé, estapeando o meu gibão em uma tentativa inútil de remover a poeira que se acumulava por sua extensão, impregnando o couro.

O local era seria um enorme descampado se não pelo pequeno conjunto de árvores altas em que descansei – e do seu topo a minha vista alcançava a silhueta da vila esboça no paredão rígido de rochas. Virei-me e sacolejei as pernas, disposto a escalar as árvores. As minhas mãos calejadas envolviam com firmeza os galhos enquanto os meus pés buscavam brechas, latejando dentro de minhas botas de couro; conforme traçava os poucos metros, as ramificações mais finas dos galhos ricocheteavam contra o meu rosto, avermelhando-o e fazendo com que as feridas se destacassem do suave amarelar do qual a minha pele derivava. As moedas nas sacolas presas ao meu cinto chocalhavam e pendiam, talvez eu devesse tê-las deixado em baixo da árvore e não trazê-las comigo. Não demorou muito para que o meu rosto se sobrepusesse em relação ao topo da árvore, podendo enxergar finalmente a vila.

A trilha até os portões era de cascalho sobre uma vala modelada pelos construtores, serpenteando por planícies e montanhas e em alguns casos contornando lagos. Era outono e as árvores tratavam de manter a sua folhagem escarlate, derrubando-as em certas ocasiões e criando tapetes carmesins nas elevações em que se encontravam. Os animais silvestres despertavam e encantavam à todos os andarilhos da região com a pluralidade de espécies, a rica diversidade existente nos arredores do povoado. ─ Algumas horas a mais de descanso não fariam mal algum ─ propus, com profundas cavidades ao redor dos meus olhos castanhos e os ombros pesados mal pude apreciar a paisagem que dispunha. Tardou até que as muralhas se erguessem no horizonte, negras como um breu e com o desgaste exposto em depressões e rachaduras, mas ainda assim respeitável. Assenti para dois guardas; os homens haviam trocado as suas lanças de ferro e cotas de malha por esferas misteriosas que carregavam eu seus cintos; também dominavam as estranhas criaturas. Uma dupla de criaturas de pele cinzenta e rígida se aprumava logo atrás dos seus supostos mestres, ostentavam um cinturão e protuberâncias amareladas em suas cabeças lisas; com o esforço que seria cobrado de quatro homens empurraram os longos portões de carvalho para que eu pudesse entrar, exigindo de seus músculos a potência que não poderia ser encontrada em nenhum humano.

O chão dentro da aldeia era de terra batida, desprovido do verde que condecorava os olhos de quem caminhasse pelos arredores. Uma estátua de concreto içava-se em seu posto, honrada pelas viagens dos pássaros a demarca-lo em uma disputa constante. Cresci ouvindo todos chamarem-no de “O Homem de Lança”, pois carregava uma lança que teria pelo menos duas vezes o seu tamanho; o seu autor era desconhecido para um leigo como eu que acreditava fielmente que seu nome teria sido apagado da história com o decorrer dos anos. A terra que levava pelas era enegrecida e destacava a repartição clara que levava até os estabelecimentos; galguei a zona residencial e comercial para chegar onde finalmente deveria estar.

“A Montanha”, diziam eles. Era a maior benção de Coffurt, e a guarnição de suas rochas era complementada pela muralha. A Montanha pompeava vinte e seis cavernas que davam acesso ao seu interior rico em minérios e cada abertura era grande o suficiente para que dez homens passassem lado a lado sem dificuldades e com o passar do tempo eram alargadas. A minha função era defender os mineradores de monstros como o que eu carregava até que o expediente deles terminassem; no final do serviço deles, devia conduzir o que fosse extraído até o armazém e resguardá-lo até a troca de turnos.  Não havia separação nenhuma entre a área de mineração e a cidade se não o fluxo constante de homens carregando pedras em carrinhos de mão. O terceiro arco de rochas da esquerda para a direita era o meu setor e o maior deles, vendido pela cidade para um homem muito rico e generoso. A esfera em minha sacola latejava; tomei o surrado em mãos e desfiz o seu nó puxando uma das extremidades. O instigante botão branco em seu centro fez com que o objeto inflasse ao toque, e ao arremesso conjurou uma aura cintilante que de dissipava e ascendia a uma salamandra bípede com a cauda em brasas; os seus curiosos olhos azuis miraram-me com alegria e ânimo e sem perceber envolvia-me cada vez mais com a criaturinha.

A cauda de Lockjaw (como eu havia o apelidado) servia como uma tocha natural, eu então dispensei o utensílio quando me o apontaram, não seria de grande utilidade. Agradecia por minha ferramenta de trabalho ser um animal e não uma picareta. Aos poucos ia aceitando conviver com o alarde estridente do ferro contra as pedras, a cada golpe o som penetrava os meus ouvidos de certa forma conformados com a situação. Existiam várias bifurcações ligadas ao caminho principal e guarda-las era um desafio; a escuridão era engolida pelas chamas em um raio de seis metros ao redor da salamandra. Caminhei por algum tempo apenas observando o trabalho dos rapazes, até que uma voz se destacou em meio aos estrondos de pedra sendo esculpida e minérios sendo extraídos; um grito agudo cuja intensidade só era proporcionada em momentos aterrorizantes, os escavadores rapidamente cessaram o que estavam fazendo e desobstruíram o caminho que outrora se via lotado de corpos em movimento; corri acompanhado de Lockjaw que reprimia “char, char” incessantemente.

BATALHA


Corremos tão rápido quanto podíamos e chegamos em menos de um minuto até a abertura específica onde uma criatura azul e pequena destruía pedras e involuntariamente feria os trabalhadores com os destroços; ela parecia estar zangada e um homem ao meu lado insistia em dizer que ela havia se perdido do seu grupo. Retesei o meu braço cansado e senti pesá-lo como nunca, apesar disto não fraquejaria, não na frente dos homens que jurei prometer. ─ Flamethrower! ─ Repeli, seguindo a lista de comandos que a tela colorida apontava ao mirar Lockjaw que vulgarmente chamavam de Charmander. A salamandra tomou a dianteira e inspirou pesadamente com os seus braços desproporcionais movendo-se ansiosamente sem sentido horário, conforme pisoteava sem qualquer coordenação pelo solo desnivelado até que finalmente expeliu labaredas incandescentes, arremessando a pequena criatura. O local onde estávamos era estreito e ataques amplos seriam mais aconselháveis. O animal se recompôs e agitou a sua cabeça, tentando se recuperar da tontura proporcionada pelo impacto. De imediato em que as chamas surgiram todos os outros homens se afastaram, Lockjaw, eu e Phanpy – nome pelo qual a criatura correspondia segundo o banco de dados da pokedex – éramos os únicos no nosso campo de batalha. Impressionei-me ao vê-lo assumir um formato esférico e marcar profundamente o caminho conforme girava, estilhaçando as pedras no caminho. O conhecimento geográfico não seria suficiente para contê-lo sempre, mas por estarmos próximos a entrada, Lockjaw recuou e contornou o ângulo, indo para a esquerda e deixando o corredor apenas com Phanpy que seguiu reto até notar o ocorrido. ─ Que ótimo Lockjaw, foi um bom movimento ─ elogiei embora soubesse que o recurso não poderia ser usado novamente, pois agora estávamos em um longo caminho sem bifurcações ─ scratch! arrisquei. As garras de Charmander brilhavam com fulgor, ele se aproximou com a sua cauda balançando com um pêndulo e descreveu um movimento circular, faiscando na pele de Phanpy em um estado em que ele parecia ter conquistado endurecendo-a. Ele investiu com o seu corpo resistente e acertou a minha criatura no estômago forçando-o a recuar em alguns passos. Sem qualquer ordem Charmander utilizou flamethrower nas rochas, deixando-as quentes e forçando Phanpy a se afastar, onde ele atacou novamente; ─ já sei, façamos isto até que Phanpy esteja incapacitado, boa ideia Lockjaw! ─ Não havia qualquer rota que proporcionasse uma escapatória ao Phanpy, apenas um paredão de rochas onde ele foi encurralado e potencialmente desmaiando. Tomei em mãos uma das esferas vazias, sem qualquer outra criatura aprisionada e arremessei-a sobre a besta. Da mesma forma que ocorria com Lockjaw ao ser expelido, uma aura rutilava e tremeluzia ao redor de Phanpy e finalmente tomou-a para dentro da esfera que balançou por algum tempo até que se estabelecesse e perdesse o brilho, voltando a normalidade.

Havia sido um dia de trabalho diferente de qualquer outro, mas obrigatoriamente retornei ao expediente.

[/i]

Eu sei o que você deve estar pensando.
Eu só queria parar e descansar, quem sabe acompanhado de uma bela garota...
Mas eu preciso sustentar à mim mesmo e a pequena criatura apegada em minha perna
Por isso eu levanto a cada dia e venho proteger estes homens, para sustentar a minha pequena existência.


Pokémon: Charmander



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Grageon Fletcher  Empty Re: Grageon Fletcher

Mensagem por Convidado 19th março 2014, 19:07



Avaliação feita

por Kiory Y.

• Nota: Ótimo •


Você escreve muito bem, parabéns!

Gostei bastante da sua história, ainda mais com uma narração impecável. Detalhou tudo, assim como diversificou seu vocabulário em meio ao texto, só gostaria de pedir para separar a batalha em parágrafos (é opcional, porém facilita a leitura).

EDIT:
Esqueci do Held item, desculpe. yaoming
Phanpy virá com Soft Sand, devido a sua avaliação ter sido posta como ótima.

@ Pan'

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