Jornada de Mei'

Post I

Sai de casa bem cedo. Pude observar os primeiros raios de sol cobrirem as montanhas cobertas por um vasto manto verde, gramado, e as árvores que me cercavam preparadas para a fotossíntese. Caminhando com o piar dos pássaros e o som do vento a fustigar as folhas das árvores, Bulbasaur tomou por decisão própria caminhar ao meu lado. Ele pode ser teimoso, mas gosto da sua companhia. Somos bons amigos. Sempre está atento ao menor som misterioso da Viridian Forest. A abóbada celeste sobre nós estava azul-turquesa, sem nenhuma nuvem. Um bom presságio, pensei. Nada atrapalharia nossa jornada.

Paramos subitamente quando uma moita se moveu ao lado de uma das centenas de árvores da floresta (pausa). O fustigar do vento sobre as folhagens, os pios dos pássaros se distanciando, peguei a pokedéx que havia ganhado no laboratório. Não sabia o que Bulbasaur estava pensando no momento, mas estava tentando identificar minha emoção, surpresa. Sim, eu estava surpresa com o primeiro Pokémon, a primeira chance.

A pokedéx ligou e disparou uma definição: “Rattata, bites anything when it attacks. Small and very quick, it is a common sight in many places” (Morde qualquer coisa quando ele ataca. Pequeno e muito rápido, é uma visão comum em muitos lugares).

Com as informações extraídas da pokedéx, guardei-a e peguei uma das cinco pokebolas que eu tinha comigo (também ganhas no laboratório) e preparei para lançá-la no selvagem rattata. Bulbasaur se deslocou na minha frente e então me lembrei: “Preciso batalhar primeiro, deixar o Pokémon selvagem fraco!”. Bulbasaur estava preparado, olhando para mim, esperando ordens. Vamos lá!

Bulbasaur, depois de receber o comando, avançou contra o Pokémon. Este, porém, esquivou e investiu. Bulbasaur foi atacado, me deixando bastante preocupada. Não poderia perder.

Bulbasaur se ergueu e avançou em direção ao adversário, parando abruptamente e soltando uma semente em direção a rattata. Este conseguiu esquivar e grunhiu. bulbasaur deu alguns passos para trás, demonstrando ora medo ora coragem. Isso me preocupou. O que está havendo? Meu status de treinadora é tão péssimo assim?

Bulbasaur pareceu confiar em mim, pois ele emanou uma emoção diferente, uma coragem determinada, vindo a calhar, pois ele investiu com força sobre rattata, mas este ainda não havia sido derrotado. O ataque surtiu efeito, mas o Pokémon persistente ousou atacar com Quick Attack.

- Leech Seed! – Ordenei

Sem tempo. Um ataque tão rápido que bulbasaur não teve tempo de realizar o próprio movimento. Isso não o deixou indeterminado, pois estava com tanta vontade quanto eu de derrotar o primeiro Pokémon que encontramos. Rattata tremia, mas tinha condições de levar a batalha à diante.

Bulbasaur se ergueu e grunhiu. Rattata, por um momento, pareceu fraco. Chicotes de vinha oriundos de bulbasaur se direcionaram ao Pokémon selvagem, fazendo-o se esquivar diversas vezes para não ser pego pelos chicotes hábeis. Ele se esquivava de todas as formas, mas estava se exaustando. Os chicotes tentavam enrolar seus pés, mas ele pulava, tentava pegá-lo pelo dorso, mas ele rolava de um lado para o outro.

Os chicotes desapareceram e bulbasaur avançou grunhindo. Com esforço, rattata tentou uma evasiva, mas o ataque foi certeiro, sucumbindo-o. Minha pokebola já estava preparada em minhas mãos suadas. Lancei-a em direção ao Pokémon selvagem derrotado. Ele seria meu. Não demorou muito tempo para a pokebola capturar rattata com êxito.

Cansado, bulbasaur veio em minha direção grunhindo de felicidade. Emocionante, eu sei. Peguei meu herói no colo e recebi algumas lambidas no rosto. Ele se esforçou muito e merece um bom descanso. Foi difícil a nossa primeira batalha, mas quem disse que seria fácil?
Com rattata capturado e guardado, segui minha jornada adentrando pela Viridian Forest com alguns relampejos da batalha passando pela minha retina como um filme.

A pokedéx ligou e disparou uma definição: “Rattata, bites anything when it attacks. Small and very quick, it is a common sight in many places” (Morde qualquer coisa quando ele ataca. Pequeno e muito rápido, é uma visão comum em muitos lugares).

Com as informações extraídas da pokedéx, guardei-a e peguei uma das cinco pokebolas que eu tinha comigo (também ganhas no laboratório) e preparei para lançá-la no selvagem rattata. Bulbasaur se deslocou na minha frente e então me lembrei: “Preciso batalhar primeiro, deixar o Pokémon selvagem fraco!”. Bulbasaur estava preparado, olhando para mim, esperando ordens. Vamos lá!

Sem tempo. Um ataque tão rápido que bulbasaur não teve tempo de realizar o próprio movimento. Isso não o deixou indeterminado, pois estava com tanta vontade quanto eu de derrotar o primeiro Pokémon que encontramos. Rattata tremia, mas tinha condições de levar a batalha à diante.

- Bulbasaur, Vine Whip! - Bulbasaur se ergueu e grunhiu. Rattata, por um momento, pareceu fraco. Chicotes de vinha oriundos de bulbasaur se direcionaram ao Pokémon selvagem, fazendo-o se esquivar diversas vezes para não ser pego pelos chicotes hábeis. Ele se esquivava de todas as formas, mas estava se exaustando. Os chicotes tentavam enrolar seus pés, mas ele pulava, tentava pegá-lo pelo dorso, mas ele rolava de um lado para o outro.

- Bulbasaur, Tackle, agora! - Os chicotes desapareceram e bulbasaur avançou grunhindo. Com esforço, rattata tentou uma evasiva, mas o ataque foi certeiro, sucumbindo-o. Minha pokebola já estava preparada em minhas mãos suadas. Lancei-a em direção ao Pokémon selvagem derrotado. Ele seria meu. Não demorou muito tempo para a pokebola capturar rattata com êxito.

Cansado, bulbasaur veio em minha direção grunhindo de felicidade. Emocionante, eu sei. Peguei meu herói no colo e recebi algumas lambidas no rosto. Ele se esforçou muito e merece um bom descanso. Foi difícil a nossa primeira batalha, mas quem disse que seria fácil?

Com rattata capturado e guardado, segui minha jornada adentrando pela Viridian Forest com alguns relampejos da batalha passando pela minha retina como um filme.

 

Instantes depois de capturar meu primeiro Pokémon, eu voltei a minha caminhada rumo à cidade de Pewter. Olhei para o alto observando os raios de sol atravessar as folhagens das altas árvores da floresta. O céu preenchido de nuvens, o ambiente mais calmo e o tempo fresco. Fiquei imaginando quantos treinadores, que agora experientes, já atravessaram por essa floresta como eu.

Tudo transcorria bem, até um rápido movimento em uma moita chamar a minha atenção. Seria um Pokémon? Fiquei atenta para ouvir o próximo movimento, mas nenhum. Eu já estava com a pokebola em mãos caso um Pokémon selvagem aparecesse. Continuei caminhando de maneira mais atenta, e novamente o farfalhar da grama deu mais um sinal. Lentamente, aproximei-me até ver um Pokémon pequeno com folhas no topo da cabeça, de corpo redondo e azulado. Estava assustado com a minha súbita presença. Peguei a pokedex e apontei para o ele: “Oddish, During the day, it keeps its face buried in the ground. At night, it wanders around sowing its seeds” (Durante o dia, ele mantém o seu rosto enterrado no chão. À noite, ele vagueia semear suas sementes). Quando Oddish correu assustado, apertei o botão esférico no centro da pokebola aumentando o seu tamanho. Lancei-a pro alto.

- Bulbasaur, vai! – A pokebola abriu e bulbasaur saiu dela através de um feixe de luz vermelho, pousando no solo gramado, preparado para a batalha. Oddish continuou a fugir, porém bulbasaur era mais rápido, e assim, investiu contra o Pokémon selvagem para freiá-lo. Vendo que não havia outra saída, oddish decidiu investir, mas bulbasaur procedeu a uma evasiva.

- Agora, Vine Whip! – Os chicotes de vinha de bulbasaur realizaram vários golpes contra Oddish rapidamente. Atacado e com raiva, ele usa Absorb, prejudicando meu Pokémon e, com isso, ficando mais disposto para prosseguir a luta. Mesmo sendo pequeno, mostrava determinado a ganhar de um Pokémon mais ágil.

- Enrole-o com Vine Whip, Bulbasaur! – Bulbasaur, atacado no movimento anterior, consegue usar seus chicotes de vinha para enrolar Oddish, apertando-o e fazendo com que ele dê grunhidos de dor. Ele dá várias sacudidelas tentando se livrar dos chicotes, mas sem sucesso - Razor Leaf! – Folhas cortantes rapidamente disparam de bulbasaur. Os chicotes liberam Oddish no momento em que ele é atacado e arremessado longe. Ferido, Oddish se ergue e usa Petal Dance. Uma reverberação em pétalas de rosa preenche o ambiente cortando os ares – Contra ataque com Razor Leaf! – As folhas cortantes disparam novamente em direção ao adversário e se chocam com o ataque Petal Dance formando efeitos explosivos.

Ambos eram competitivos e tinham certa vulnerabilidade devido ás suas características semelhantes. Uma delas são seus habitats, tão quanto seus nichos.

Depois desse contra ataque entre Razor Leaf e Petal Dance, os pokemons, ofegantes, encararam-se furiosamente. Bulbasaur intimidava-o com seus grunhidos. Tentei pensar em uma estratégia, mas nenhuma me ocorreu. Seria mais fácil ter usado rattata – Bulbasaur, Synthesis! – Exigi. Enquanto meu Pokémon usufruía de uma rápida recuperação, Oddish usou Absorb atacando bulbasaur.

- Use Growth! – Através do movimento, bulbasaur aumenta seu Sp. Attack – Agora Vine Whip! – Mais disposto e confiante, bulbasaur usa seus chicotes de vinha tentando agarrar oddish, mas ele consegue esquivar vezes seguidas das tentativas. Cansado de prosseguir com as evasivas, oddish tenta realizar um ataque, mas não consegue - Agora use Tackle! – Rapidamente, bulbasaur avança e realiza uma investida, tomando impulso sobre o corpo do Pokémon selvagem – Finalize com Leech Seed! – Ordenei. No ar, bulbasaur libera com um estampido uma única semente que, quando plantada, prende Oddish através de uma espécie de cipó, roubando a saúde do Pokémon e finalizando a batalha.

- Pokebola, vai! – Lanço a pokebola em direção ao Pokémon derrotado. Depois de vibrar e piscar por um curto período de tempo, a captura é realizada. Obtenho mais um Pokémon para complementar o meu time.

Seguindo a trilha, olho para a esfera vermelha que eu segurava. Oddish estava dentro dela, eu havia feito minha segunda captura.

Eu havia me hospedado em um hotel da cidade de Pewter depois de levar meus pokemons a um Centro Pokemon que fica não muito longe da entrada da cidade. Os serviços de quarto eram excelentes, mas não fiquei por muito tempo. Logo no dia seguinte, eu já estava de partida, andando pelas ruas da cidade. Conheci muitos treinadores que sonhavam em se tornar mestres Pokémon. Mas para chegar lá, precisávamos conquistar inúmeras insígnias passando por árduas batalhas em várias cidades espalhadas pela região de Kanto. E então, capturamos e treinamos pokemons para prepará-los para qualquer batalha.

Pewter City era tranqüila, situada entre montanhas e rochas. As ruas tinham pouco movimento, pois era bem cedo quando deixei o hotel. O sol estava começando a exibir tímidos raios de sol por de trás das altas montanhas, dissipando a névoa que impregnava as ruas. Eu já estava começando a sentir saudade dos serviços que o hotel oferecia: A banheira de espumas, as maravilhosas refeições, a cama quente e confortável... Eu teria de voltar lá qualquer dia.

Meu destino era ir até o ginásio da cidade para dar uma espiada. Óbvio que eu não estava preparada, pois meu rigoroso treino não havia começado. Não posso chegar lá na cara de pau, perder por dois rounds e sair morrendo de vergonha. Tive a sensação de estar sendo perseguida. Olhei para trás, mas não havia ninguém. Meu calçado fazia um leve barulho ao sofrer atrito com os paralelepípedos da rua, e segundo minha conta, são dois barulhos para cada passo e não quatro!

Novamente olhei para trás, pois tive a certeza que não era só uma sensação. Havia alguém me seguindo. Um homem vestindo um uniforme composto por uma calça e um casaco preto, com um grande “R” vermelho no peito, estava parado a poucos metros atrás de mim. À medida que eu prosseguia, ele continuava a caminhar. Ele tinha um sorriso malicioso estampado no rosto parecendo um maníaco, mas isso não me intimidou.

- O que você quer comigo? – Perguntei. Comecei a tremer, pois só agora pude notar o quanto estava frio. Parte da névoa que preenchia o ambiente ainda não havia se dissipado. Cruzei os braços para me esquentar, mas meu cardigan azul era muito fino. Pensei em pegar um casaco maior na bolsa, mas eu não estava tão preocupada com isso.

- Me entregue seus pokemons, ou terei de pegá-los a força – Disse o ladrão. Sua voz grossa fez com que meu coração ribombasse forte dentro do meu peito. Não fiquei nervosa, mas com muita raiva. Ninguém roubaria meus pokemons.

- Venha pegá-los então, idiota! – Descruzei os braços e peguei minha pokebola, me preparando para batalhar. Apertei o botão esférico no centro da pokebola, fazendo com que ela aumentasse de tamanho. Arremessei-a e bulbasaur saiu dela pronto para lutar.

- Vejo que terei de pegá-los a força – O ladrão pegou a pokebola e se preparou para lançá-la. Ainda com aquele sorriso malicioso, parecia ter muita certeza de que me venceria, mas eu não iria dar mole para um ladrão – Não se preocupe. Vai ser tão fácil quanto roubar doce de criança – Disse enquanto lançava a pokebola dizendo – Raticate, vai! – Um grande rato marrom claro saiu de sua pokebola depois que bateu no chão. Rapidamente, retirei minha pokedéx do bolso e apontei para o Pokémon adversário. “Raticate, It uses its whiskers to maintain its balance. It apparently slows down if they are cut off” (Ele usa seus bigodes para manter o seu equilíbrio. Ele, aparentemente, retarda se forem cortadas).

VS

- Bulbasaur, Tackle! – Bulbasaur correu rapidamente para dar uma investida, porém raticate facilmente desviou do ataque. Ele era muito mais veloz, tendo facilidade com evasivas. Seu movimento não me surpreendeu, mas eu não desconfiava que fosse tão rápido. O ladrão apontou para bulbasaur e ordenou a seu Pokémon:

- Quick Attack, agora! – Sem sombra de dúvidas, não haveria como bulbasaur esquivar de um movimento tão rápido e realizado com tanta precisão. O golpe foi forte, arremessando bulbasaur a certa distância. Teria de tomar cuidado com raticate, pois outro ataque desses, eu estaria em desvantagem.

- Tudo bem, bulbasaur? – Perguntei vendo-o com um pouco de dificuldade para se erguer e prosseguir a batalha. Com um sinal afirmativo, bulbasaur se prepara para o comando – Use Vine Whip para prendê-lo! – Os chicotes de vinha rapidamente dispararam em direção a raticate para prendê-lo, mas como esperado, raticate desviou.

- Raticate, Tackle! – O Pokémon adversário rapidamente corre para realizar a investida. O ataque não era tão rápido quanto o anterior, facilitando meus movimentos seguintes.

- Continue a tentar pegá-lo com o Vine-Whip, Bulbasaur! – Se esquivando freneticamente e perdendo velocidade devido às interferências dos chicotes de vinha para atacar, raticate consegue se aproximar para usar Tackle, mas sua velocidade não é tão rápida, possibilitando Bulbasaur de desviar da investida.

- Agora, Poisonpowder! – Ainda na evasiva, bulbasaur lança um pó venenoso sobre raticate fazendo com que ele fique envenenado e perca uma boa quantidade de saúde periodicamente. Assim, ele não tardaria a ser nocauteado. O ladrão, vendo que seu Pokémon estava em desvantagem, decidiu atacar mesmo com o Pokémon sobre efeito do veneno.

- Raticate, Hyper Fang! – Ele ainda estava rápido, mas os efeitos do veneno eram visíveis. Ele não agüentaria lutar por muito tempo. Raticate, veloz, correu em direção a bulbasaur com as presas preparadas para morder.

- Prepare-se, bulbasaur. Razor Leaf! – Com o Pokémon adversário avançando, bulbasaur disparou folhas de navalha por todos os lados atacando raticate e impedindo-o de se aproximar. Sem agüentar a batalha, raticate finalmente é derrotado.

- Ainda não terminamos – O ladrão pegou outra pokebola e preparou para lançá-la. Fiquei preocupada com qual Pokémon ele poderia escolher. Seja qual for eu estarei pronta para derrotá-lo - Escolho você, Pidgeotto! – O ladrão tinha escolhido um Pokémon voador para me derrotar, mas eu não deixaria barato.

- Bulbasaur, ataque com Vine Whip! – Os chicotes de vinha dispararam contra Pidgeotto, mas este se esquivou em pleno vôo com facilidade. Eu não teria muita chance, pois bulbasaur estava menos disposto que o Pokémon adversário.

- Wing Attack! – Ordenou o ladrão. Seu Pokémon avançou com as asas abertas para realizar o ataque. Bulbasaur, prevendo que seria atacado, tentou recuar, mas o movimento foi certeiro, derrotando-o. Pidgeotto era realmente muito forte.

- Volte, Bulbasaur. – Retornei bulbasaur para a pokebola e mentalmente agradeci-o por ter sido tão determinado – Rattata, vai! – Quando minha pokebola sofreu atrito com o chão de pedra, ela se abriu liberando um lampejo vermelho. Rattata, rosnando, estava pronto para lutar. O ladrão riu.

VS

- Você não vai conseguir me deter com um rattata, lindinha – Analisei a situação e realmente ele tinha razão. Meu Pokémon tinha poucas chances, mas isso não iria impedir minha vitória. Se for para perder, tenho que perder fazendo o meu melhor.

- Vai-te catar! Você ainda não viu nada! – Respondi-o -  Rattata, Tackle! – Meu Pokémon era rápido. Tão quanto o dia em que eu o capturei com o auxílio de bulbasaur. Sua agilidade me impressionava, mas a do Pidgeotto era preocupante.

- Sand-Attack agora! – Pidgeotto bateu as asas provocando uma cortina de areia e abaixando a precisão de rattata, fazendo com que ele errasse o Tackle.

- Focus Energy! – Ordenei. Rattata teria de proceder a um ataque forte para conseguir derrotar Pidgeotto, pois ele, além de voar, conseguia ser mais esperto inibindo todos os movimentos do meu Pokémon. Não era cabível persistir em atacar sabendo que eles serão inúteis, mas que outra opção eu tinha?

- Pidgeotto, Tackle! – O Pokémon adversário tentou atacar com uma investida, mas rattata, na hora em que o ataque acertaria, conseguiu desviar no último segundo. Aproveitei a oportunidade para realizar um movimento, pois rattata causaria um dano muito alto.

- Super Fang, agora! – Pidgeotto não esperava uma evasiva, e muito menos um ataque seguido de uma. Então, sem atinar em nada, foi atacado pelo rattata, ficando instantaneamente fraco, mas persistentemente capaz de lutar.

- Gust, já! – Pidgeotto se ergueu e tentou realizar uma rajada de vento com as asas. O ataque não saiu como esperado, pois era uma rajada de vento um tanto fraca para deter a velocidade do meu Pokémon. Pidgeotto estava esfrangalhado.

- Rattata, Termine agora com Quick-Attack! – Rattata grunhiu e correu disparado em direção a Pidgeotto. Pegando impulso sobre uma pedra, o ataque acertou em cheio o peitoral do Pokémon adversário, derrotando-o. Não havia chances de uma evasiva para um ataque tão veloz.

- Você teve sorte, mas ainda te pego, pirralha! – O ladrão correu rumo a um extenso gramado que levava para alguma floresta. Quando ele se foi, uma aglomeração de pessoas se formou na rua. Algumas delas me cumprimentaram pela vitória, outros se ocuparam ao reerguer seus comércios e a abrir as janelas e portas de suas casas. Um treinador que acabara de sair do ginásio da cidade dissera que o ladrão fazia parte da Equipe Rocket, vilões que praticam a maldade afetando a vida de todos, e estava escondido naquela rua vigiando os treinadores que passavam por ali, surpreendendo-as, para roubar seus pokemons.

- Meu nome é Bill. E o seu? – Perguntou o garoto. Parecia ser um treinador bem forte. Estava com uma calça marrom, casaco preto e uma camisa azul por baixo. Seu cabelo era escuro e curto, quase cobrindo os olhos. Tinha uma expressão séria, mas demonstrava senso de humor.

- Me chamo Mei. Prazer em conhecê-lo – Cumprimentei-o apertando sua mão quente.

- Parabéns, por derrotá-lo. Mais cedo eu também o derrotei, e achei que ele tinha desistido das tentativas de roubo. Está indo derrotar o líder do ginásio? – Perguntou. Soltei minha mão da dele e fitei seus olhos escuros. Parecia muito mais velho que eu, pois em seu rosto começava a surgir uma barba bem rala nas linhas do maxilar.

- Ah, não! – Sorri, surpreendida com a súbita pergunta. Posso apostar que estou um pouco vermelha agora – Eu só vou dar uma olhada. Não estou preparada ainda – Realmente eu não estava pronta para competir por uma insígnia. Achei que Bill já havia conquistado uma, mas me enganei.

E assim, caminhamos até o ginásio. Ele estava voltando até lá novamente, pois queria me acompanhar. Sua mochila parecia bem pesada. “O que será que ele estaria carregando que causaria uma aparência tão pesada assim?” Pensei. Ele parecia ser um bom treinador, pois só conversava sobre batalhas que já assistira na televisão. A manhã estava tão tranquila com o doce pio dos pássaros... Ás vezes eu queria dar um soco da cabeça dele para fazê-lo ficar quieto.

Bill era um treinador de Pallet Town, como eu. Apesar de morarmos na mesma vila, isso não nos faziam amigos, mas apenas conhecidos. Eu não sabia seu nome até encontrá-lo pelas ruas de Pewter City, quando me parabenizou ao derrotar um membro da Equipe Rocket, um grupo de vilões. Estávamos bem íntimos por um curto tempo de convivência. Ele não demonstrara timidez, era bem ousado.

Tínhamos visitado o ginásio de Pewter City, e preferimos treinar bem antes de tentar conquistar nossa primeira insígnia. Depois de passarmos no Centro Pokemon, tomamos a decisão de comer alguma coisa por ali perto. Enquanto olhava para ele dando garfadas no prato, fiquei imaginando quais pokemons formavam o seu time. Quando terminamos nossa refeição, ele pressionou meus ombros e começou a me sacudir:

- Preciso voltar a Pallet Town! Tenho que buscar o mapa que está com minha irmã! – Ele estava desesperado, pois teria que voltar até em casa para buscar o objeto, tendo que voltar pela Viridian Forest – Volte comigo, Mei, por favor!

E lá estávamos nós voltando para Pallet Town. Ele ficou muito feliz pela minha companhia, pois não percorreria o caminho sozinho. Seria até bom contarmos com o auxílio de um mapa, pois fazia falta. O sol estava bem forte, e ter que voltar o caminho era estranho, pois tive a impressão de que nunca iria sair do noroeste de Kanto.

Quando chegamos a Pallet Town, Bill foi até em casa. Era uma casa simples cercada por um jardim bem cuidado dotado de flores. Era aparentemente semelhante a minha, com poucas diferenças. Também passei em casa para ver minha mãe. Encontrei-a na cozinha de avental, enquanto a TV estava ligada na programação vespertina. Ela ficou surpresa com a minha chegada, mas depois de explicar que eu tinha Bill como companhia e que ele precisara voltar para buscar certo mapa, ela compreendeu. Decidi pegar minha vara de pesca e ir até a margem aonde o oceano chegava. Bill estava sentado ao meu lado lendo o mapa enquanto eu pescava. Minha bolsa e sua mochila estavam amontoadas em um canto no gramado perto de nós.

- Temos que passar pelo Mt. Moon para chegarmos a Cerulean City – Disse ele me mostrando o mapa. Olhei-o e vi como Kanto era grande. Faltava muito para explorarmos toda a região.

Enquanto eu estava atenta na pesca, Bill cochilava espichado na grama ainda ao meu lado. Desviei meus olhos para ele, mas um Staryu pulou da água resmungando, pronto para atacar. Usei minha pokedex: "Staryu, As long as the center section is unharmed, it can grow back fully even if it is chopped to bits" (Enquanto a seção central está ileso, ele pode voltar a crescer totalmente, mesmo que seja picado em pedaços).

VS

- Bulbasaur, vai! – Lancei minha pokebola, e dela, bulbasaur saiu grunhindo. Staryu se preparou e avançou com Tackle. Ele era muito rápido, até mais que meu Pokémon. Sem tempo para esquivar, a investida acertou bulbasaur arremessando-o longe.

- Cuidado, bulbasaur. Ataque com Vine Whip! – Os chicotes de vinha dispararam atacando Staryu com vários golpes. O Pokémon selvagem ainda não estava derrotado, usando o Water Gun para contra atacar. Bulbasaur conseguiu dar várias evasivas – Tackle, agora! – Bulbasaur depois de se esquivar, avançou com uma investida, mas staryu estava preparado para desviar. Novamente, o Pokémon aquático usou Water Gun com um único jato de água saindo na ponta superior às demais.

- Razor Leaf! – Ordenei. Nesse momento, Bill já havia acordado. Sentou-se e guardou o mapa, observando minha captura. Folhas navalha dispersaram-se para atacar staryu, mas o jato de água atacou bulbasaur diretamente, mas não prejudicou-o. Bulbasaur se sacudiu para afugentar a água.

- Como você é burra! Por que não usou Tackle? – Questionou Bill.

- Cala a boca. Eu sei o que estou fazendo! Ataques de água não funcionam num pokemon de grama! – Retruquei, mas eu não sabia se estava realmente fazendo o certo. Eu admito que tenha problemas para conduzir uma batalha, mas eu sei que posso capturar esse staryu – Bulbasar, Tackle agora! – Staryu, resmungando, continuou com o jato de água freqüentemente, mas bulbasaur desviava de todas as tentativas de staryu acertá-lo. Determinado, bulbasaur avançou diretamente contra o Pokémon aquático dando uma investida, mas este conseguiu esquivar e movimentar-se com Swift. Umas séries de estrelas dispararam a uma velocidade incrível contra bulbasaur atacando-o.

Bulbasaur se contorceu, grunhindo de dor – Ainda consegue lutar, bulbasaur? – Com uma resposta positiva, meu Pokémon se ergueu preparado para o próximo comando. Staryu estava contando com a vitória – Razor Leaf! – As folhas cortantes direcionaram a staryu, mas esta girava freneticamente atacando com Rapid Spin. Por um determinado momento, ela conseguiu contra atacar o Razor Leaf com esse movimento, mas segundos depois as folhas cortantes haviam causado um sério dano.

- Agora, Poisonpowder – Bill estava analisando meu modo de lutar. Por um lado, discordava de meus movimentos, mas via que eu tinha cacife para vencer qualquer batalha. Não sou tão fraca, pois derrotei um bandido da Equipe Rocket com sucesso. Staryu, fraca depois do Razor Leaf, não era capaz de se esquivar do poisonpowder que bulbasaur estava emanando. Os efeitos do veneno eram visíveis quando staryu se contorcia periodicamente. Mas isso não fez com que ela desistisse de atacar.

O Pokémon aquático se ergueu usando Bubblebeam. Um poderoso jato de bolhas que, por pouco acerta bulbasaur se este não se movimentasse: - Contra ataque com Razor Leaf! – As folhas cortantes atingiram a rajada de bolhas que iam a sua direção. Depois de interromper o movimento de Staryu, esta mergulhou usando Recover. Com metade da saúde recuperada, inesperadamente usou Rapid Spin, atacando bulbasaur em cheio.

- Não se acanhe, bulbasaur. Tackle! – Logo depois de ser atacado, o Tackle foi realizado. A investida não foi tão poderosa, mas suficiente para deixar staryu próxima da derrota. Esta tentou usar o Water Gun, mas falhou devido o efeito do veneno causado pelo poisonpowder. Sem condições de continuar a luta, lancei minha pokebola para capturá-la.

Bill se levantou para averiguar se staryu seria pega com êxito. A pokebola vibrou alguns instantes, e no segundo seguinte o Pokémon foi capturado. Não pude deixar de ficar feliz com o resultado. Depois de finalizarmos nossas tarefas na vila (minha mãe fez questão de cuidar dos meus pokemons antes de irmos embora), tomamos rumo à saída de Pallet Town para dar continuidade a nossa jornada. Bill envolvera o braço na minha cintura enquanto sussurrava no meu ouvido fragmentos da batalha.

Pousei as pokebolas de bulbasaur e staryu em cima do balcão. As esferas vermelhas bambearam até se firmarem inertes, prontas para serem pegas pela enfermeira Joy que aparecera. Bill não precisava recuperar seus pokemons, pois ainda não realizara nenhuma batalha até então. Com passadas leves, ele caminhava pelo local com a cabeça inclinada ligeiramente para o alto observando os pôsteres acoplados nas paredes. Parando abruptamente, ele mirou um cartaz no qual lhe chamara muita atenção. Seus olhos percorriam o anúncio atentamente. Dirigi-me até ele e pousei uma das minhas mãos em seu ombro. Parecia hipnotizado com o que estava lendo, então decidi ler por mim mesma ao invés de extrair alguma novidade de Bill.

As ilustrações detalhadas mostravam uma luta Pokémon entre treinadores. As cores fortes eram chamativas, como uma estratégia de chamar a atenção do público. E o alvo eram os treinadores. Quando meus olhos perpassaram todas as palavras contidas nas linhas do cartaz, fiquei imaginando Bill em um torneio Pokémon. Será que ele era capaz de vencer os treinadores que nos desafiavam através do cartaz colorido? Enquanto minha imaginação fértil me levava a uma arena de batalha, Bill me olhou com seus olhos escuros e profundos. Não sei o que aquele olhar queria dizer. Poderia significar mil coisas, ou absolutamente nada. Por que esse garoto tem de ser tão misterioso? Quando percebi minha mão pousada em seu ombro, retirei-a rapidamente. Estávamos em um patamar de intimidade em nível quase estratosférico. Ele não reparara isso?

- Vamos participar? – Perguntou. Outros treinadores da cidade estavam aglomerados em frente ao cartaz lendo-o. Obviamente eu iria participar, pois era uma chance de preparar meus pokemons para lutas futuras. Sem respondê-lo, me dirigi ao balcão ao ver a enfermeira Joy com uma bandeja no qual estavam minhas duas pokebolas. Por um momento eu achei que ele não participaria, mas não sei o que me fez ter esse pensamento. Bill sentou-se ao meu lado na poltrona e, com toda a certeza, estávamos pensando na mesma coisa. A Competição Pokemon da escola de Viridian City. – Eu vou participar – Falei. Olhei para as minhas pokebolas com a esperança de vencer essa competição. Se eu quisesse sair vitoriosa da competição, teria de vencer Bill também.

- Relaxa! Se formos finalistas, eu divido meu prêmio com você – Disse ele sorrindo. E ele não estava brincando. Bom, vou tentar descrever o que senti quando ele disse isso. Ele quis dizer que se batalharmos, eu não serei capaz de vencê-lo. Pense em um fogo alastrando pelo seu corpo. Queimando cada órgão, cada membro, até explodir. Meu rosto começou a ruborizar, e olhando-o com meus olhos semicerrados, lhe dei um soco no meio do rosto. Ele ficou estatelado no chão enquanto eu saia furiosa de cena.

Então eu não sou capaz de vencê-lo?! Se formos finalistas, eu vencerei! Quem ele acha que é? Quando voltei, ele estava sentado conversando na poltrona com outros treinadores. Pelo que ouvi, um deles chamava-se Braddy, mas não fiquei prestando atenção na conversa. Sem perceberem, retirei-me do Centro Pokemon e fui em direção ao local da competição. A raiva tinha passado. Eu estava muito zen agora, e muito preparada para derrotar qualquer sujeito que aparecesse no meu caminho. Até mesmo Bill (Explosão).

“Bem-vindos á Competição da Escola Pokemon de Viridian City!” Dizia o letreiro frente à escola. Muitos treinadores estavam conversando com seus pokemons ora no colo ora no chão. Eles, os treinadores, tinham em média onze anos. Alguns deles já estavam batalhando como um aquecimento pré-competição. Bill ainda estava no Centro Pokemon se enturmando com seus novos amigos, mas eu venceria essa sozinha, sem a ajuda de ninguém – Ei, você vai participar da competição escolar? – Disse um menino que tinha, aparentemente, oito anos de idade. Parecia ser fraco em uma luta, pois sua aparência era de “qualquer um consegue me vencer”. Estava com um pequeno sandshrew amarelo no colo – Claro que vou. Acha que vou perder essa? – Disse apertando meus punhos e olhando para o horizonte como uma treinadora especialista em combates pokemons. O prêmio para o vencedor era de cinco pacotes pequenos de comida Pokémon. Tem algumas exceções, claro, pois como também dizia no cartaz: “É uma competição que visa treinar suas capacidades como treinador”. Havia certos requisitos, mas eu estava dentro de todos eles. É uma simples competição escolar - Então se apresse. Acho que ainda não fez sua inscrição! – Exclamou o menino quebrando meu devaneio.

Havia um pequeno lago perto da escola. Ali, soltei staryu da pokebola e ele saiu grunhindo cheio de si. Estávamos na margem das águas claras do lago, e então, mostrei a ele uma pedra azul, que brilhou com a luz do sol, ofuscando minha visão. Por um momento, staryu não estava entendendo bulhufas daquele momento, mas era muito importante para mim. Minhas palavras saíram atropeladas, e percebi que de algum modo, meu Pokémon estava tentando controlar minha espécie de emoção. Observei sua fisionomia, e sentiria saudade dela, pois ela mudaria para uma nova. Abracei meu Pokémon forte, sentindo seu centro tocar meu peito. Minhas lágrimas escorreram pelo dorso de staryu e minhas lembranças me levaram de quando o capturei. O swift brilhante, as estrelas disparando determinadas á ferir, o Rapid Spin que o fazia, meio que voar no ar, rodando a uma incrível velocidade – Você quer evoluir por mim, e se tornar mais forte? – Perguntei ainda abraçada ao meu Pokémon que, movimentando-se vitorioso, aceitava em evoluir. Ele tinha movimentos de luta incríveis, e eles ficariam mais fortes depois de uma evolução. Na minha mão estava a pedra da água, que eu tinha comprado no pokemart, e então a deslizei pelo dorso do meu Pokémon, agradecendo-o por me compreender, e assim, se tornar um dos meus pokemons mais fortes. Ele seria meu primeiro Pokémon a evoluir e eu iria fazer um bom trabalho com ele – Obrigado, Starmie – Disse quando uma luz havia tomado seu corpo e aos poucos, sua fisionomia transmutava. A luz branca e mística que havia se intensificado com a luz do sol, desaparecia, até que Starmie pulou no lago e saiu dele completamente disposta para lutar.

- Vamos ser vencedores dessa competição! – Exclamei e starmie grunhiu procedendo a uma posição de vitória. Os treinadores que participariam da competição estavam nos jardins da escola. Enquanto o evento não começava, mais competidores chegavam e se inscreviam aceitando o regulamento. Minha inscrição já estava feita, e meus pokemons estavam em suas pokebolas. Poderiam ser usados até três pokemons e eu escolhi bulbasaur, starmie e oddish. Iríamos dar o nosso máximo, além de que eles precisavam ser treinados. No início do torneio, já estava determinado os treinadores e seus respectivos adversários para dar início ás batalhas. Como as inscrições eram limitadas, nem todas as pessoas presentes iriam participar. Será que Bill realizara sua inscrição a tempo? Se ele não tivesse realizado... “Boom” Explodiu um foguete de comemoração ao início da competição (Música Animada).

Realizei minhas batalhas ao lado de bulbasaur. Os treinadores não tinham tanta habilidade, e meu Pokémon era muito mais ágil e forte. Muitos dos treinadores que iam para a arena (não era uma super arena, mas uma área coberta de grama) ficavam imensamente nervosos. O juiz das lutas era o professor da escola Pokémon, Dionísio. Vestia-se com uma roupa social e tinha cabelos grisalhos. Seu bigode era curioso, pois sempre que falava ele se mexia (Jura?).

Um dos amigos de Bill, Braddy, que estava no Centro Pokemon, estava lutando com um garoto que aparentava oito anos. Quando vi seu sandshrew, soube exatamente quem ele era. Apesar de ser bem novo, tinha muita habilidade com seu Pokémon, mas não era forte o bastante para vencer o machoke que enfrentava. O público delirou com qualquer ataque que ambos os treinadores realizaram. A balbúrdia era contagiante, pois vibrava o meu corpo, me incentivando a gritar e torcer por algum treinador. Por algum momento, pensei que a abóbada celeste sucumbiria e nos esmagaria de tanto gritar. Bill derrotava seus oponentes com uma habilidade incrível, e então eu pude ver quais eram seus pokemons.

Não sei se eu tinha cacife para vencê-lo, mas quando fomos para a final, eu venceria. Essa era minha maior vontade naquele momento.

Eu e Bill éramos finalistas. Não foi tão difícil vencer os outros treinadores, mas houve algumas partes em que eu quase fui derrotada, se não fosse pela força e habilidade de bulbasaur. Agora eu descobriria até onde Bill poderia chegar nessa batalha, porque eu não deixaria barato.  Quando olhei para aqueles olhos escuros e profundos, meu íntimo murchou enquanto o público gritava “Bill, Bill, Bill” em uníssono várias vezes. “Cadê minha torcida, gente?” Me perguntei em pensamento, mas não ouvi nenhum “Mei”. Tudo bem.

Dionísio deu início ao combate e então, eu estaria certa de que essa torcida gritaria o meu nome logo, logo. – Oddish, em frente! – Gritei lançando minha pokebola no ar. A esfera vermelha girou no ar freneticamente até se abrir e oddish sair com um lampejo vermelho.

- Poliwhirl, escolho você! – Disse Bill lançando sua pokebola, e com um estalo, sua pokebola abriu e seu Pokémon saiu dela pronto para lutar. “Bill, Bill, Bill”. Com minha pokedex em mãos, apontei para poliwhirl: “Poliwhirl, capable of living in or out of water. When out of water, it sweats to keep its body slimy” (Capaz de viver dentro ou fora da água. Quando fora da água, ele transpira para manter seu corpo viscoso).

Eu não queria lutar com Bill, nem com seu poliwhirl, mas eu tinha de vencer essa luta, ou ele me venceria e daria gargalhadas de mim depois. Como chegamos a esse ponto? Havia tanta confusão em minha mente, que eu estava começando a enlouquecer. Olhei para Bill, que estava do outro lado da arena e percebi que ele estava querendo dizer alguma coisa, mas eu não compreendi. Por isso ataquei para dar início à batalha:

- Oddish, inicie com Petal Dance! – Ordenei, e com uma afirmação, Oddish balançou seu pequeno corpo liberando uma grande quantidade de pétalas que iam em direção ao Pokémon adversário em forma de espiral. Os raios de sol sobre nós faziam com que as pétalas brilhassem, mas não ao ponto de ofuscar a visão de alguém. O público aplaudiu, como se eu estivesse fazendo alguma espécie de apresentação. Poliwhirl olhava ora encantado ora determinado para as pétalas que preenchiam o ambiente.

- Poliwhirl, Doubleslap agora! – Poliwhirl se ajeitou e correu em direção a Oddish com o punho cerrado. Ele era bem veloz e seus punhos estavam prontos para aplicar um golpe em meu Pokémon sem cometer erros. Seus olhos não desviavam de Oddish, desfazendo a utilidade de uma evasiva - Stun Spore! – Oddish deu uma pirueta no ar liberando um pó paralisante de tom amarelado através das folhas que continham em sua cabeça. O pó se espalhava à medida que Oddish se balançava. Poliwhirl já estava próximo e não tinha desistido de realizar o ataque, mas o Stun Spore que havia sido espalhado tomava posse de seu corpo, fazendo com que ele paralisasse.  Sem poder se movimentar, os ataques que Bill ordenava eram inúteis.

- Oddish, use Absorb! – Oddish atacou poliwhirl absorvendo metade dos danos infligidos. O ataque causou fortes danos, fazendo com que o Pokémon de Bill se aproximasse da derrota. Lembrei-me da minha pescaria em Pallet Town, quando meu Pokémon do tipo grama, bulbasaur, batalhara com um tipo água, staryu. Poliwhirl desejava se mover, e estava quase conseguindo.

- Poliwhirl, Use o Water Gun! – Ordenou Bill. Com esses ataques ele não conseguiria deter meu Pokémon de grama. Poliwhirl usou um jato de água conseguindo dissipar o pó venenoso que permeava o local. Não foi tão útil, mas funcionou. Poliwhirl estava pronto para realizar um ataque, mas precisava ser cauteloso.

Os ataques de Oddish surtiam efeito, mas não eram tão fortes. Poliwhirl, mesmo tendo desvantagem por ser tipo aquático, era bem mais forte e treinado do que Oddish.

- Petal Dance! – Oddish, com um salto, disparou as pétalas. Elas dominavam o ambiente com seus movimentos na forma de espiras, fazendo com que poliwhirl seguisse esse ritmo e o observasse, ficando confuso com o sentido que o ataque de oddish produzia. O público parecia hipnotizado com as pétalas dançantes brilhando ao sol. Quando Petal Dance invade a arena, a energia do ambiente muda para um ar á guisa de harmonia.

- Vai, Poliwhirl, Doubleslap! – Poliwhirl tentou realizar o ataque, mas falhou. Estatelado confuso no chão, parecia estar tendo alucinações. Ele não teria mais chances contra oddish. Eu estava prestes a terminar a batalha, mas qual Pokémon Bill lançaria para tentar me derrotar em seguida? Pensei no staryu evoluindo para starmie, e esse pensamento me deu uma coragem inexplicável.

- Oddish, termine com Absorb! – Oddish terminava a batalha causando altos danos em poliwhirl pelo ataque ser do tipo grama. O que leva Bill a escolher um Pokémon aquático contra oddish sabendo que pokemons tipo grama levam vantagem? Bem, não me importa se ele não sabe batalhar. Depois de absorver metade dos danos infligidos, oddish consegue derrotar o adversário. Meu Pokémon estava muito feliz pela sua vitória, pulando de um lado para o outro animadamente.

Bill retornou seu Pokémon e me fitou, mas desviei o olhar para oddish que ainda pulava de alegria. O público não estava gritando meu nome, mas aplaudiram minha vitória. Eles estavam atentos para saber qual Pokémon Bill lançaria, e quando este lançou a esfera vermelha no ar, esta se abriu liberando um marowak, que pousou na arena grunhindo, pronto para vencer.

Pokedex: “Marowak, the bone it holds is its key weapon. It throws the bone skillfully like a boomerang to KO targets” (O osso que segura é a sua principal arma. Ele joga o osso habilmente como um bumerangue para KO seus alvos).

- Starmie, vai! – Minha pokebola foi ao ar e, com um lampejo vermelho, starmie saiu pronta para derrotar o oponente. Eu tinha criado um vínculo muito importante com starmie, por isso fiquei com medo de perder para o marowak. Bill ficou surpreso por me ver com starmie, pois nada ele sabia que minha staryu havia evoluído. Ele semicerrou os olhos e, sem demora, ordenou um ataque:

- Marowak, Bonemerang! – O Pokémon de Bill levou o pequeno braço para trás a fim de tomar impulso, e então lançou seu osso em direção a starmie. Marowak tentaria derrotar meu Pokémon com aquele osso de qualquer maneira, mas eu poderia derrotá-lo facilmente. Só dependeria do quanto Bill saberia batalhar com seu Pokémon.

- Use o Rapid Spin para realizar uma evasiva e atacar! – Ordenei. Starmie rapidamente girou no ar como a hélice de um navio, quase que voando, indo em direção ao Pokémon adversário. Marowak não conseguiu esquivar a tempo, pois não era tão rápido quando starmie, recebendo um ataque extremamente forte e crítico.

- Marowak, use Rage! – O Pokémon de Bill estava bem disposto a prosseguir com a batalha. Reparei que seu Pokémon estava sem o domínio do osso. Starmie estava grunhindo, pronto para atacar, até um osso aparecer do alto inesperadamente e atacá-lo por trás. Mesmo atacada, starmie ainda conseguia lutar – Agora, Bone Club!

Marowak tenta golpear com seu osso, mas starmie consegue dar uma evasiva. Não havia uma piscina na arena, e isso interferia nas chances de starmie perder a batalha. Mesmo assim, eu poderia deter aquele marowak, só não sabia como.

- Confuse Ray, agora! – Do centro de starmie, um raio luminoso, constituído das sete cores do arco-íris, disparou em direção a marowak, mas este se esquivava de um lado para o outro manobrando seu osso, impedindo de ser atacado pelo raio.

- Bonemerang! – Marowak lança seu osso em direção a starmie, mas ele consegue esquivar com um giro no ar.

- Confuse Ray, Starmie! – Starmie era muito mais rápido, sendo que depois de marowak lançar o seu osso através do bonemerang, starmie, seguido de uma evasiva, emite um raio colorido do seu centro, e marowak sem poder desviar, sofre uma confusão – Jóia do mar, finalize com Rapid Spin! – Eu não poderia ficar arriscando starmie na batalha, pois eu poderia perder. Bill, vendo que o Confuse Ray surtira efeito em Marowak, seria impossível este se esquivar do último ataque de starmie. O osso volta do “além” para atacar, mas é repelido. Starmie dispara e ataca em cheio o adversário, derrotando-o.

Eu tinha ganhado o prêmio, algumas rações pokemons, e também o respeito dos treinadores que estavam assistindo a batalha. Eu estava confiante que iria vencer, e acho que esse pensamento positivo me ajudou durante minhas batalhas. Os pokemons de Bill eram fortes, mas eu ainda não conseguia imaginá-lo me confrontando, até aquele momento.

Bill conseguira despedaçar todos os meus pensamentos agradáveis sobre nossa convivência. Ele é um rapaz muito tolo para deixar uma competição quebrar o vínculo que tínhamos formado. Não havia mais nada para fazer em Viridian City, então me despedi da enfermeira Joy que havia cuidado dos meus pokemons e caminhei até a porta. Controlei-me para não ter que olhar por todos os cantos da cidade para encontrar Bill, pois eu não iria seguir jornada junto dele. Não precisávamos um do outro.

Prendi meu cabelo enquanto andava pelas ruas da cidade respirando o ar puro, sentindo o vento fresco fustigar meu rosto. O céu azul-turquesa sobre mim estava mais lindo que nunca, e a todo o momento um bando de pássaros passavam por ele piando docemente. Alguns treinadores espalhados pelos arredores apontavam para mim e outros acenavam, pois me reconheciam por ter vencido a competição. Reconhecimento é importante para qualquer treinador.

Tentei expulsar as imagens do meu antigo parceiro de jornada que apareciam frequentemente na minha cabeça, mas não conseguia. Nossos momentos juntos não eram tão emocionantes, nem radicais, mas ficaram marcados em mim.  Minha mente ficava entre a saudade e a raiva, enquanto seu rosto aparecia frente a minha retina. Meus pensamentos me levaram até minha batalha com ele na competição. Antes de iniciarmos a luta ele tentara me dizer algo. Tenho certeza disso. Recordo-me de seus lábios tentando, lentamente, pronunciar alguma frase, mas eu não consegui compreender. Fiquei tão curiosa para saber o que ele queria dizer, que senti vontade de sair procurando-o por todos os cantos de Viridian City, mas era tarde demais. Talvez ele já tenha corrido para Pewter e conquistado sua insígnia. Ele tinha um mapa, e esse objeto facilitaria a jornada dele. Será que todos os treinadores têm um mapa, exceto eu?

O desânimo caiu sobre mim, como se um vampiro energético tivesse sugado todas as minhas energias positivas. Eu estava me sentindo como se Bill girasse em torno de mim. Eu estou sendo a tola agora. Minha confiança e determinação haviam fugido para longe, e eu não estava nem um pouco animada para encontrá-las. Mesmo assim, eu estava seguindo minha jornada, pois a esperança ainda estava comigo. Talvez ela deva ser a última que morre, mesmo.

A Viridian Forest estava como sempre. Os pokemons se locomoviam pelas moitas com mais freqüência, enquanto os pássaros pousavam nas árvores para se recolher em seus ninhos. O céu perdia sua cor azul, e tomava um tom alaranjado. O sol estava se escondendo por trás das montanhas, e em breve anoiteceria. Não sei o quão poderia ser arriscado terminar de atravessar a floresta no breu, mas me preocupei em apressar o passo.

Uma constelação de estrelas já haviam se formado no céu, enquanto zumbidos sinistros soavam por todas as partes da floresta. Um vento sobrenatural fustigava as árvores e as moitas, aumentando o meu pavor e eriçando os pelos do meu braço. Pensei em dormir embaixo de uma árvore, e de manhã cedo continuaria minha caminhada até Pewter City.

Vesti meu casaco e caminhei em direção a uma árvore que me pareceu amigável, mas antes de chegar até ela, o solo cedeu. Meu corpo ficou tão gelado quanto de um defunto. Tentei voar, mas não consegui. E quando cheguei até o fundo do buraco aos berros, pensei em chorar, mas a vontade de escapar daquela cova não deixou.

“Serei enterrada viva?” Pensei. Eu não poderia ser pessimista nesse momento, mas ser otimista não me ajudaria em nada. Tentei escalar o buraco, mas meu esforço foi em vão. Eu queria gritar Bill, mas como ficaria minha dignidade? Gritei por socorro, e finalmente ele apareceu. Um homem de preto estendeu a mão e eu a peguei. Finalmente estava fora daquela armadilha idiota. Olhei para o rosto do rapaz a fim de agradecê-lo, mas antes mesmo de olhá-lo recebi um soco no meio do rosto, forte o suficiente para me apagar.

Achei que veria estrelas, passarinhos ou o que for, mas não. Quando acordei, senti uma forte dor de cabeça. Minha visão estava voltando ao normal lentamente, pois estava embaçada. Eu estava dentro de um casebre de madeira e havia dois homens conversando perto da janela. O dia lá fora estava lindo, e os primeiros raios de sol da manhã invadiam o casebre formando sombras horrendas. Tentei sair dali, mas minhas mãos estavam amarradas por cordas bem firmes e apertadas. Quando os homens de preto repararam nos meus resmungos, um deles se aproximou para realizar um murro, mas o outro rapaz o impediu. Aquele “R” vermelho estampado no peito era bem conhecido. Equipe Rocket. Eles não desistem nunca?

- O que v-vocês querem comigo? – Perguntei, mas as palavras saíram engasgadas. Minha boca estava extremamente seca. Meu maior sonho naquele momento era beber um copo d’água. Ninguém sabia que eu estava naquele local imundo nas mãos de bandidos. Não tive medo de morrer, mas dos bandidos maltratarem meus pokemons.

- Não queremos nada com você, imbecil. Mas, sim, pegaremos seus pokemons! – Disse o rapaz que antes se aproximara para me bater. Olhei para a janela na esperança de ver algum dos meus pokemons, mas nada. Pensei se eles estariam longe agora, sendo maltratados por outros membros da Equipe Rocket. Starmie não saía do meu pensamento. As lágrimas rolavam pelo meu rosto enquanto eu se lembrava do meu Pokémon evoluindo.

Enquanto eu perdia toda a esperança de reencontrar meus pokemons, a porta do casebre foi arrombada com um estrondo, assustando os dois membros da equipe rocket que estavam se preparando para deixar o local. Um deles segurava no ar um pacote, que quando caiu no chão por causa do susto, fizera com que as pokebolas nele contidas, caíssem no chão se abrindo e liberando meus pokemons. Um poliwhirl estava na porta com os punhos cerrados, pronto para deter os ladrões. Pensei logo em Bill, pois ele lutara junto de um poliwhirl na competição, mas quem apareceu para desamarrar as cordas da minha mão foi Braddy, o amigo dele.

- O que você está fazendo aqui? Onde está o Bill? – Perguntei, mas Braddy me ignorou. Meus pokemons me cercavam grunhindo de felicidade. Meus punhos estavam vermelhos e doloridos, mas não me importei com isso. Dei uma rápida atenção para meus pokemons verificando se estavam todos bem, em seguida retornei-os para a pokebola, pois ainda tive medo de eles serem roubados. Os bandidos haviam desaparecido, e isso me deixou transtornada – Me solta! – Disse ao Braddy que me tratava como uma doente. Ele ficou decepcionado, mas eu pouco me importava. Peguei minha bolsa e recolhi meus pertences que estavam espalhados na mesa perto da janela.

Minha garganta não agüentou, eu queria gritar o seu nome e nada me impediria. Gritei “Bill” várias vezes, mas ele não apareceu. Contornei o casebre e o vi com seu marowak em uma luta severa com um dos bandidos. Ele estava de costas para mim, e me afastei dele para não poder olhar em seus olhos. “Para onde foi o outro membro da Equipe Rocket?” Pensei. Eram dois, e ali só havia um lutando contra Bill. Braddy estava dentro do casebre junto com o poliwhirl procurando por mais pokemons roubados. Eu não sabia o que fazer. Pensei em deixá-los para trás e correr até a saída da floresta, mas seria ingrato da minha parte. Eu teria que agradecer aos dois garotos que me salvaram, mas como eles conseguiram me encontrar nesse lugar? - Seus pokemons precisam ser fortes o suficiente para deter esses bandidos, Mei – Disse Braddy.

- Não me mande o que fazer! – Gritei. Ele me olhou como se eu fosse uma louca, mas parecia estar falando muito sério. Fui para o outro cômodo do casebre e lá, pensei no que Braddy havia me dito. Preciso dos meus pokemons fortes, e eu precisava ser rápida. Peguei minha pokebola onde estava o shellder, e apertei o botão esférico no centro aumentando seu tamanho. Ele parecia bem patético quando saiu da pokebola, pois ficava se agitando e me dando língua. Falei baixo e sem delongas enquanto alisava sua casca – Olha, shellder, preciso que você evolua. Temos que derrotar os bandidos que nos seqüestraram – Ele parecia não se importar, mas tinha noção do que eu estava dizendo. Peguei a Water Stone que estava na minha bolsa e encostei-a no shellder. Uma luz branca e mística tomou conta do seu corpo, que começou a transmutar ficando bem maior do que antes. Pokedex: "Cloyster, once it slams its shell shut, it is impossible to open, even by those with superior strength" (Uma vez que bate sua concha fechada, é impossível abrir, mesmo por aqueles com resistência superior).

Eu estava frente a frente com o segundo bandido da Equipe Rocket, o mais valentão. Seu rosto se contorcia de raiva ao ver que seu plano ia por água abaixo. Eu o encontrei em uma área mais afastada do casebre, enquanto se preparava para fugir com uma bolsa cheia de pokebolas. Eles com certeza haviam assaltado a escola Pokémon instante depois da competição. Lembrei do garotinho de oito anos e de seu sandshrew. É possível que seu Pokémon também tenha sido roubado? – Você não vai a lugar algum! Bulbasaur, vai! – Falei lançando minha pokebola. Eu não queria arriscar cloyster na primeira batalha, pois bulbasaur poderia impedir o ladrão de uma possível fuga.

- Então você quer uma batalha Pokémon, certo? Persian, avante! – Quando a pokebola abriu, persian saiu com um lampejo luminoso. Era uma espécie de gato bem grande. Demonstrava agilidade e força. Peguei minha pokedex com o objetivo de extrair mais informações do Pokémon adversário: “Persian, the gem in its forehead glows on its own! It walks with all the grace and elegance of a proud Queen” (A jóia em sua testa brilha por si só! Ele caminha com toda a graça e elegância de uma rainha orgulhosa).  Olhei para persian, e pela sua expressão sedenta de batalha, percebi que não seria fácil derrotá-la.

VS

- Bulbasaur, Vine Whip! – Ordenei. Meu Pokémon se ajeitou e disparou dois chicotes de vinha, que cortaram o ar com um estalido, indo em direção a persian. O ataque foi inútil, pois o Pokémon adversário conseguiu esquivar dos golpes que os chicotes procediam. Suas evasivas eram aplicadas rápidas e sem sufoco. O bandido gargalhava dos golpes que os chicotes tentavam realizar.

- Persian, Scratch agora! – Os raios de sol banharam a jóia acoplada no topo da cabeça de persian, brilhando intensamente e ofuscando minha visão. Com um salto impressionante, o Pokémon adversário se aproximou de bulbasaur arranhando-o. O ataque foi forte o bastante para arremessá-lo a certa distância. Os status de bulbasaur são demasiados baixos em relação à persian, o que dificultava a luta.

- Bulbasaur, consegue prosseguir? – Perguntei. Ele pareceu não gostar da minha pergunta, pois estava mais disposto que nunca. Grunhia tentando intimidar o inimigo, mas não funcionava – Pule alto usando Vine Whip no solo para ganhar impulso! – Não sei o que estava acontecendo comigo. Os movimentos que eu exigia poderiam dar errados, mas eu precisava arriscar. Bulbasaur usou seus chicotes no solo, ganhando impulso para pular bem alto – Agora Stun Spore!

- Persian, Slash! – Persian tentou alcançar bulbasaur com um grande salto para atacar, mas o pó paralisante a impediu. Bulbasaur pousou no solo gramado ao lado do oponente paralisado. Finalmente tínhamos conseguido um movimento preciso. Persian tentava se levantar, mas não conseguia devido ao efeito do Stun Spore.

- Golpeie com Vine Whip! – Bulbasaur confirmou com a cabeça, e obedecendo, usou seus chicotes para aplicar diversos golpes no Pokémon adversário. Persian rugia de dor, mas nada podia fazer paralisada. O bandido praguejava, pois sempre que mandava persian atacar, ela continuava deitada no mesmo lugar.

- Use Synthesis, e em seguida ataque com Leech Seed! – Os raios de sol que atravessavam as folhagens das árvores banharam bulbasaur, e este começou a emanar um brilho misterioso. O gramado onde ele se encontrava em pé ficara mais verde, e um leve perfume oriundo das plantas circulava o local. A saúde de bulbasaur estava restaurada. Uma semente disparou do seu bulbo, sendo plantada no solo próximo a persian. Sem poder fazer nada, o adversário só observou. A semente havia germinado rapidamente, e a planta que crescia no solo onde a semente fora plantada enrolava o corpo do gato, apertando-o sem piedade. Como se recebesse um tipo de carga elétrica, a saúde de persian tinha sido roubada, e o Pokémon finalmente derrotado.

- Você se acha muito esperta, mas vou acabar com seu bulbasaur de vez! Growlithe, vai! – Um Pokémon muito semelhante a um cachorro saiu da pokebola rosnando para bulbasaur. Pokedex: “Growlithe, Very protective of its territory. It will bark and bite to repel intruders from its space” (Muito protetor de seu território. Ele vai latir e morder para repelir os invasores de seu espaço). Era um Pokémon do tipo fogo, e meu bulbasaur estava completamente em desvantagem. Depois de retorná-lo para a pokebola, estava na hora de mandar cloyster para a luta.

VS

- Cloyster! – Gritei seu nome lançando a pokebola. Quando meu Pokémon saiu da esfera vermelha, o bandido pareceu bem assustado. A batalha seria árdua para ele. Cloyster não receberia danos críticos, pois sua habilidade Shell Armor não permitia – Use Supersonic e depois Withdraw! – Growlithe não conseguiu desviar das ondas sonoras que cloyster produzia, mas o ataque não foi suficiente para confundi-lo. Instantes depois, meu Pokémon havia fechado sua concha aumentando sua defesa.

- Flame Wheel! – Exigiu o bandido para seu Pokémon. Growlithe regurgitou grande quantidade de fogo da sua boca, criando uma espécie de roda dotada de chamas que rapidamente iam em direção a cloyster. Eu não quis realizar nenhum movimento, e estava com toda a razão. O ataque havia arrancado poucos danos, pois além de ser um Pokémon tipo água, cloyster tinha uma boa defesa devido sua concha.

- Certo, use Supersonic novamente! – As ondas sonoras de cloyster cortaram o ar preenchendo o ambiente. Elas se dirigiam até growlithe que, mesmo atacado pelas ondas, não ficou confuso como planejado. Eu tentaria mais tarde novamente, mas não tive a certeza se funcionaria.

- Você é persistente! Vamos ver se sua concha inútil escapa dessa. Growlithe, Flamethrower! – Growlithe se aproximou de cloyster liberando grande quantidade de chamas contra a concha do meu Pokémon. Percebi que o Flame Wheel anterior havia deixado rastros horrendos na grama.

- Cloyster, Protect! – Era impossível ver meu Pokémon no meio daquelas chamas, e fiquei em dúvida se ela agüentaria um ataque tão forte, mesmo com Protect. Quando as chamas de growlithe se dissiparam, cloyster tinha sofrido danos maiores que anterior. Sua concha estava fechada, e quando esta se abriu, não parecia que fora atacada – Agora use Supersonic, e em seguida Withdraw! – As ondas sonoras preencheram o ambiente novamente. Growlithe finalmente ficara confuso. O bandido praguejava enquanto cloyster fechava sua concha aumentando sua defesa.

- Acerte o alvo com Ember! – As chamas que o Pokémon adversário lançou nem chegaram perto do meu Pokémon. O Supersonic fez com que ele ficasse confuso, e assim, tivesse grandes possibilidades de errar o alvo, se prejudicando.

- Spike Cannon! – Cloyster disparou de determinados lugares de sua concha um grande número de pontas afiadas em direção ao Pokémon confuso, acertando-o diversas vezes e removendo sua confusão.

- Ataque com Flame Wheel! – Uma roda de fogo surgia da boca de growlithe.

- Protect! – Fechando sua concha, cloyster se protegeu como antes. O Flame Wheel acertou-a em cheio, mas não teve muitos danos. Em breve, meu Pokémon estaria fraco, e se usasse Protect com freqüência, o movimento perderia o efeito – Use Aurora Beam! – Ordenei depois do ataque de growlithe terminar. O adversário se esquivava das tentativas do raio acertá-lo, mas uma evasiva errada fez com que o Aurora Beam o atingisse, reduzindo suas forças.

- Cloyster, termine com Spike Cannon! – As pontas afiadas foram lançadas em direção ao growlithe, derrotando-o. O bandido retornara seu Pokémon e correra floresta adentro, deixando as pokebolas roubadas para trás. Minha cabeça latejava de dor. Retornei cloyster para a pokebola agradecendo o ótimo trabalho que ela tinha feito. Retornei ao casebre com o pacote de pokebolas em mãos e pensei no quanto os alunos da escola de Viridian City contavam com a nossa ajuda.