Azhael Journey
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Azhael Journey
Os reinos de Kanto finalmente chegaram a uma paz, deixando a briga de lado. Isso se espalhou por todos os locais e todas as rotas da região, que agora são pacíficas como nunca antes. As crianças nascidas vão em busca de treinamento para virarem treinadores de elite servindo seus reinos, enquanto outros simplesmente preferem ser andarilhos.
No caso de Azhael, não é um nem outro.
O filho de Bernington nasceu no reino clandestino das Seafoam Island. Acompanhado pelos Pokémon de gelo, o garoto teve uma criação saudável e bem acompanhada de seu pai Bernington conhecido como imperador do gelo e também Lorelei, a imperatriz de Seafoam.
O jovem McGrover no entanto foi expulso assim que disse apoiar os outros reinos sobre a aliança regional: os seus pais nunca foram a favor disso, e estão sempre tentando gerar conflitos entre os reinos. Como por exemplo, sabotaram os jogos aquáticos do reino de Cerulean e botaram a culpa no Imperador Brock (de Pewter) e então uma das maiores batalhas aconteceu entre os reinos de Cerulean e Pewter... Misty e Brock guerrearam por um mês inteiro, muitos treinadores morreram, para que no fim, nenhum dos dois fossem mortos visto que Surge teve que entrar para estabelecer a paz.
Mandado para o vilarejo esquecido de Pallet, Azhael terá que se virar em sua jornada... A primeira coisa que tem de fazer é avisar o reino de Saffron sobre a bomba glacial que poderá lhe devastar em poucos meses.
1. - Prólogo. (09/01/15)
2. - Chapter 01 - Reino de Pallet (Captura de Snorunt - Boa) (09/01/15)
3. - Chapter 02 - Pensamentos (Treino de Chikorita e Snorunt - 5 Stars) (13/01/15)
4. - Chapter 03 - Promessas (Captura de Seel - ???) (14/01/15)
Última edição por Azhael McGrover em 14th janeiro 2015, 15:13, editado 4 vez(es)
Azhael McGrover- Poke Regras :
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Re: Azhael Journey
Pode começar. Não se esqueça de ler as regras antes de postar.
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Re: Azhael Journey
01 - Reino de Pallet
"Captura de Snorunt"
O clima quente daquele local era algo pouco agradável. As ruas de terra batida eram cheias de pessoas compromissadas em sua grande maioria camponeses que iam para lá e para cá com seus vegetais colhidos e coisas do tipo. Trajavam vestes rústicas e pobres pouco chamativas...
As pessoas eram pouco motivadas ali. Era um vilarejo sem imperador, sem rei nem nada, apenas cuidado pelos camponeses que forneciam frutos e alimentos para o resto da região.
– Eu não entendo... - Falei com aquela minha expressão curiosa enquanto olhava a margem do oceano que separava Pallet do reino de Seafoam e outras ilhas, sendo a mais conhecida Cinnabar. – Bem, não tenho tempo a perder. – Falei de maneira rígida.
Ainda lembrava-me do Lapras que me trouxera até Pallet. Ele era carrancudo e sequer disse uma palavra – como se eu fosse entender – e então sumiu após me deixar nesse reino.
– Ei, moça! – Parei uma moça que carregava um cesto repleto de frutas maduras. Ela me olhou com uma feição assustada e então eu perguntei – Sabe onde fica o Reino de Saffron?
Ela me olhou com um semblante curioso como se estivesse com pena de mim.
– Saffron fica muito longe, filho. Terá de passar por muitos outros reinos antes de chegar lá... – Falou. – Dentre eles Viridian, Vermilion, Cerulean... O mais próximo é Viridian, a norte. – Finalizou. Agradeci e então ela foi para sua casinhola logo a esquina da rua.
Olhe pelo lado bom: seria realmente uma aventura. Peguei a sacola que Lapras tinha deixado comigo e retirei lá de dentro algumas Poké Balls vazias e uma Poké Ball que se mexia constantemente. Liberei o Pokémon que havia dentro desta e pronto! Lá estava a minha querida Glacer, com toda a sua postura serena e obediente. A Snorunt abraçou minha perna como se já soubesse de tudo e quisesse me conformar.
De outra Poké Ball, liberei um Pokémon verde e quadrúpede com uma folha no topo da cabeça. Era uma Chikorita... Uma das Chikoritas que eles usavam para a alimentação dos Walreins vegetarianos nas ilhas a leste. Ela estava amedrontada e parecia ter passado por poucos bocados nas mãos dos Walreins. Sua folha tinha uma pequena parte faltando: provavelmente a parte que fora mordida.
– Glacer, esta aqui é uma Chikorita e... – Fui interrompido por um grito.
Quando olhei mais a frente, em meio a todos os camponeses que vinham para lá e para cá, um homem vestido de cowboy montado num Tauros com uma cesta de frutos debaixo do braço.
– M-minhas Berries! – Um senhor gritou mais ao longe, tentando correr atrás do Tauros que vinha em minha direção... Mas nada. O ladrão tinha um sorriso triunfante no rosto.
– Tauros, passe por cima desses merdinhas! – Bravejou o ladrão de maneira bem autoritária, com um sotaque pouco engraçado.
Glacer esperou por uma ordem minha – já havíamos passado por situações semelhantes a uma batalha – no entanto, foi Chikorita quem agiu por impulso. Saltou a nossa frente e grunhiu para o Tauros que pouco se intimidou.
Assim que o Tauros se aproximou com seu dono em sua garupa às risadas, bateu em algo invisível e sólido. Os camponeses se voltaram para ver melhor aquela cena que foi realmente impressionante. Glacer pouco se abalou, continuando focada na batalha que estaria por vir.
O Tauros cambaleou para trás e deixou o homem cair com o cesto de Berries no chão. Muitos aplaudiram a Chikorita que se encheu de graça: agora queria continuar a batalha e mostrar que aparência realmente engana.
– Uau... Isso foi um Reflect muito bem usado. – Elogiei, e agora a Chikorita estava inerte esperando alguma ordem minha. – Primeiro de tudo, irei te chamar de Sweetie, ok? – Ela deu um pequeno grunhido de alegria e então voltou-se a frente.
E-eu não sabia como prosseguir. Nunca havia usado nenhum Pokémon que não fosse Glacer, e seus ataques já estavam decorados por mim... No entanto, a Snorunt me olhou de forma acolhedora, passando toda a sua confiança para mim: eu TINHA que vencer essa batalha, e acima de tudo, eu PODIA.
– C-certo, você deve ter algum Razor Leaf, não é? – E de imediato, a folha pouco comida no topo de sua cabeça começou a ser usada como uma fonte para várias outras que seguiram em direção ao Tauros.
Girou sua cabeça múltiplas vezes e lançou várias cópias de sua folha contra o Pokémon do tipo normal. Estas assumiam uma finura maior e também mais cortante, quase que como navalhas. Atingiram o corpo da criatura que urrou de dor ao ter seu flanco atingido por cortes não tão superficiais assim.
– Quem você acha que é?! Eu me chamo Peter Iongard, o ladrão mais perigoso de Pallet! Não é um pivetinho que vai me parar! – Gritou para meio mundo ouvir, o que deixou muitos camponeses ali intimidados.
– Eu sou filho do Rei de Seafoam! Chamo-me Azhael, Azhael McGrover! – O povo pareceu ficar sem ar por um instante: pelo visto ninguém nunca havia enfrentado o Cowboy dessa maneira.
O Tauros olhou Chikorita bem no fundo dos olhos e com a habilidade Intimidate não teve problemas em reduzir o ataque de minha Pokémon mesmo que pouco. No entanto, estava ciente de que o Reflect ativo poderia ser um grande aliado contra os ataques físicos de Tauros e não me abalei muito... Só tinha que usar ataques especiais.
– Sweetie, tem algum golpe... Err.. Já sei! Você deve ter o Magical Leaf, certo?! – Ordenei quase que como uma pergunta, e a Chikorita chamada carinhosamente de Sweetie por mim obedeceu ao seu alcance.
Folhas que brilhavam em diversas cores rodearam a Pokémon gramínea. Os expectadores abriam a boca num o: seria possível que o recém chegado garoto derrotaria o ladrão mais temido de Pallet?
As folhas seguiram num percurso sem erro: o Pokémon trotou para a direita tentando escapar, mas o golpe lhe atingiu como um turbilhão pelas costas, indo de trás pela frente. O cowboy gritou ao perceber que o rabo triplo de seu Tauros tinha ido parar no chão: decepado.
– Oras! Tauros use seu Work Up! – Estava nervoso aparentemente.
Tauros tentando ignorar a dor que tinha o perder sua cauda e mugiu bem alto, deixando uma pequena película avermelhada percorrer toda a extensão do seu corpo. Estava com seu ataque tanto físico quanto especial elevado, e isso agora seria um problema mesmo com o Reflect me dando suporte.
– Acabe com essa florzinha usando Horn Attack. – Agora num tom mais calmo e controlado: ele tinha certeza de que venceria.
Ciente de que o Reflect faria seu trabalho, apenas dei ordens comuns para com Sweetie.
– Poison Powder! – Arrisquei na ordem, esperando que Chikorita tivesse esse em seu arsenal de golpes. Sweetie ouviu as ordens e pareceu até mesmo ter ficado aliviada ao ver que eu tinha um plano apesar de tudo.
Sua folha foi recebendo alguns pontinhos arroxeados e ela simplesmente os lançou contra o touro num abano. Os esporos entraram pelo seu corpo através da respiração, e agora ele encontrava-se envenenado. Isso seria uma grande ajuda que teríamos naquela batalha.
– Continue! – Gritou o ladrão.
O Tauros assim que chegou perto de Chikorita sentiu algo quebrar-se em seu chifre: era o vidro invisível do Reflect que reduziu a potencia de seu golpe. Ainda assim, prosseguiu até atingir a Pokémon gramínea que foi lançada com força para longe aos rodopios. Sweetie caiu dentro de uma carroça repleta de palha.
– Hahaha! Está vendo? Estão vendo o que acontece quando mexem comigo? – Glacer já ia preparando um de seus golpes contra o homem quando o touro cambaleou para o lado sentindo seus órgãos arderem. O veneno estava fazendo efeito aos poucos. – O que? Não Tauros, agüente firme! – Parecia estar em desespero.
O Pokémon touro caiu no chão já sem forças para mais nada, completamente fora de combate. Um silêncio tremendo tomou conta do local... O cowboy tão temido fora derrotado por um simples viajante.
Caiu de joelhos no chão e viu a população se juntar ao seu redor: todos estavam bem enfurecidos. O senhor pegou a cesta de frutas caída no chão e então foi se aproximando de mim.
Later...
– Obrigado por me acolher, senhor Carvalho. – Disse ao homem que havia se mostrado tão inteligente e um ótimo pesquisador. Havia me dito que seu sonho era estudar todos os Pokémon existentes.
– Oras, de nada. Foi você que impediu que Peter levasse embora todo o meu lucro do dia... – Olhou com delicadeza para o cesto de frutas em cima da mesa. Elas eram lindas e muito bem tratadas. – Então, faça bom uso do mapa feito por meu neto, ele está em jornada e talvez você o encontre... Tenho saudades de Green. – E olhou para uma foto do rapaz na parede de madeira da casa, ele com certeza era solitário.
– Então estou indo. Mais uma vez muito obrigado! – Falei arrumando meus cabelos brancos e então saindo daquela casinha com agora uma mochila de trapo nas costas... Ali estava o mapa, minhas Poké Balls, o saco de frutas dado por Carvalho e as Poké Balls que guardavam Glacer e Sweetie...
Com coragem estampada na face, segui para o que seria uma rota bem pacífica e cheia de camponeses.
"Captura de Snorunt"
O clima quente daquele local era algo pouco agradável. As ruas de terra batida eram cheias de pessoas compromissadas em sua grande maioria camponeses que iam para lá e para cá com seus vegetais colhidos e coisas do tipo. Trajavam vestes rústicas e pobres pouco chamativas...
As pessoas eram pouco motivadas ali. Era um vilarejo sem imperador, sem rei nem nada, apenas cuidado pelos camponeses que forneciam frutos e alimentos para o resto da região.
– Eu não entendo... - Falei com aquela minha expressão curiosa enquanto olhava a margem do oceano que separava Pallet do reino de Seafoam e outras ilhas, sendo a mais conhecida Cinnabar. – Bem, não tenho tempo a perder. – Falei de maneira rígida.
Ainda lembrava-me do Lapras que me trouxera até Pallet. Ele era carrancudo e sequer disse uma palavra – como se eu fosse entender – e então sumiu após me deixar nesse reino.
– Ei, moça! – Parei uma moça que carregava um cesto repleto de frutas maduras. Ela me olhou com uma feição assustada e então eu perguntei – Sabe onde fica o Reino de Saffron?
Ela me olhou com um semblante curioso como se estivesse com pena de mim.
– Saffron fica muito longe, filho. Terá de passar por muitos outros reinos antes de chegar lá... – Falou. – Dentre eles Viridian, Vermilion, Cerulean... O mais próximo é Viridian, a norte. – Finalizou. Agradeci e então ela foi para sua casinhola logo a esquina da rua.
Olhe pelo lado bom: seria realmente uma aventura. Peguei a sacola que Lapras tinha deixado comigo e retirei lá de dentro algumas Poké Balls vazias e uma Poké Ball que se mexia constantemente. Liberei o Pokémon que havia dentro desta e pronto! Lá estava a minha querida Glacer, com toda a sua postura serena e obediente. A Snorunt abraçou minha perna como se já soubesse de tudo e quisesse me conformar.
De outra Poké Ball, liberei um Pokémon verde e quadrúpede com uma folha no topo da cabeça. Era uma Chikorita... Uma das Chikoritas que eles usavam para a alimentação dos Walreins vegetarianos nas ilhas a leste. Ela estava amedrontada e parecia ter passado por poucos bocados nas mãos dos Walreins. Sua folha tinha uma pequena parte faltando: provavelmente a parte que fora mordida.
– Glacer, esta aqui é uma Chikorita e... – Fui interrompido por um grito.
Quando olhei mais a frente, em meio a todos os camponeses que vinham para lá e para cá, um homem vestido de cowboy montado num Tauros com uma cesta de frutos debaixo do braço.
– M-minhas Berries! – Um senhor gritou mais ao longe, tentando correr atrás do Tauros que vinha em minha direção... Mas nada. O ladrão tinha um sorriso triunfante no rosto.
Batalha
– Tauros, passe por cima desses merdinhas! – Bravejou o ladrão de maneira bem autoritária, com um sotaque pouco engraçado.
Glacer esperou por uma ordem minha – já havíamos passado por situações semelhantes a uma batalha – no entanto, foi Chikorita quem agiu por impulso. Saltou a nossa frente e grunhiu para o Tauros que pouco se intimidou.
Assim que o Tauros se aproximou com seu dono em sua garupa às risadas, bateu em algo invisível e sólido. Os camponeses se voltaram para ver melhor aquela cena que foi realmente impressionante. Glacer pouco se abalou, continuando focada na batalha que estaria por vir.
O Tauros cambaleou para trás e deixou o homem cair com o cesto de Berries no chão. Muitos aplaudiram a Chikorita que se encheu de graça: agora queria continuar a batalha e mostrar que aparência realmente engana.
– Uau... Isso foi um Reflect muito bem usado. – Elogiei, e agora a Chikorita estava inerte esperando alguma ordem minha. – Primeiro de tudo, irei te chamar de Sweetie, ok? – Ela deu um pequeno grunhido de alegria e então voltou-se a frente.
E-eu não sabia como prosseguir. Nunca havia usado nenhum Pokémon que não fosse Glacer, e seus ataques já estavam decorados por mim... No entanto, a Snorunt me olhou de forma acolhedora, passando toda a sua confiança para mim: eu TINHA que vencer essa batalha, e acima de tudo, eu PODIA.
– C-certo, você deve ter algum Razor Leaf, não é? – E de imediato, a folha pouco comida no topo de sua cabeça começou a ser usada como uma fonte para várias outras que seguiram em direção ao Tauros.
Girou sua cabeça múltiplas vezes e lançou várias cópias de sua folha contra o Pokémon do tipo normal. Estas assumiam uma finura maior e também mais cortante, quase que como navalhas. Atingiram o corpo da criatura que urrou de dor ao ter seu flanco atingido por cortes não tão superficiais assim.
– Quem você acha que é?! Eu me chamo Peter Iongard, o ladrão mais perigoso de Pallet! Não é um pivetinho que vai me parar! – Gritou para meio mundo ouvir, o que deixou muitos camponeses ali intimidados.
– Eu sou filho do Rei de Seafoam! Chamo-me Azhael, Azhael McGrover! – O povo pareceu ficar sem ar por um instante: pelo visto ninguém nunca havia enfrentado o Cowboy dessa maneira.
O Tauros olhou Chikorita bem no fundo dos olhos e com a habilidade Intimidate não teve problemas em reduzir o ataque de minha Pokémon mesmo que pouco. No entanto, estava ciente de que o Reflect ativo poderia ser um grande aliado contra os ataques físicos de Tauros e não me abalei muito... Só tinha que usar ataques especiais.
– Sweetie, tem algum golpe... Err.. Já sei! Você deve ter o Magical Leaf, certo?! – Ordenei quase que como uma pergunta, e a Chikorita chamada carinhosamente de Sweetie por mim obedeceu ao seu alcance.
Folhas que brilhavam em diversas cores rodearam a Pokémon gramínea. Os expectadores abriam a boca num o: seria possível que o recém chegado garoto derrotaria o ladrão mais temido de Pallet?
As folhas seguiram num percurso sem erro: o Pokémon trotou para a direita tentando escapar, mas o golpe lhe atingiu como um turbilhão pelas costas, indo de trás pela frente. O cowboy gritou ao perceber que o rabo triplo de seu Tauros tinha ido parar no chão: decepado.
– Oras! Tauros use seu Work Up! – Estava nervoso aparentemente.
Tauros tentando ignorar a dor que tinha o perder sua cauda e mugiu bem alto, deixando uma pequena película avermelhada percorrer toda a extensão do seu corpo. Estava com seu ataque tanto físico quanto especial elevado, e isso agora seria um problema mesmo com o Reflect me dando suporte.
– Acabe com essa florzinha usando Horn Attack. – Agora num tom mais calmo e controlado: ele tinha certeza de que venceria.
Ciente de que o Reflect faria seu trabalho, apenas dei ordens comuns para com Sweetie.
– Poison Powder! – Arrisquei na ordem, esperando que Chikorita tivesse esse em seu arsenal de golpes. Sweetie ouviu as ordens e pareceu até mesmo ter ficado aliviada ao ver que eu tinha um plano apesar de tudo.
Sua folha foi recebendo alguns pontinhos arroxeados e ela simplesmente os lançou contra o touro num abano. Os esporos entraram pelo seu corpo através da respiração, e agora ele encontrava-se envenenado. Isso seria uma grande ajuda que teríamos naquela batalha.
– Continue! – Gritou o ladrão.
O Tauros assim que chegou perto de Chikorita sentiu algo quebrar-se em seu chifre: era o vidro invisível do Reflect que reduziu a potencia de seu golpe. Ainda assim, prosseguiu até atingir a Pokémon gramínea que foi lançada com força para longe aos rodopios. Sweetie caiu dentro de uma carroça repleta de palha.
– Hahaha! Está vendo? Estão vendo o que acontece quando mexem comigo? – Glacer já ia preparando um de seus golpes contra o homem quando o touro cambaleou para o lado sentindo seus órgãos arderem. O veneno estava fazendo efeito aos poucos. – O que? Não Tauros, agüente firme! – Parecia estar em desespero.
O Pokémon touro caiu no chão já sem forças para mais nada, completamente fora de combate. Um silêncio tremendo tomou conta do local... O cowboy tão temido fora derrotado por um simples viajante.
Caiu de joelhos no chão e viu a população se juntar ao seu redor: todos estavam bem enfurecidos. O senhor pegou a cesta de frutas caída no chão e então foi se aproximando de mim.
Fim de Batalha
Later...
– Obrigado por me acolher, senhor Carvalho. – Disse ao homem que havia se mostrado tão inteligente e um ótimo pesquisador. Havia me dito que seu sonho era estudar todos os Pokémon existentes.
– Oras, de nada. Foi você que impediu que Peter levasse embora todo o meu lucro do dia... – Olhou com delicadeza para o cesto de frutas em cima da mesa. Elas eram lindas e muito bem tratadas. – Então, faça bom uso do mapa feito por meu neto, ele está em jornada e talvez você o encontre... Tenho saudades de Green. – E olhou para uma foto do rapaz na parede de madeira da casa, ele com certeza era solitário.
– Então estou indo. Mais uma vez muito obrigado! – Falei arrumando meus cabelos brancos e então saindo daquela casinha com agora uma mochila de trapo nas costas... Ali estava o mapa, minhas Poké Balls, o saco de frutas dado por Carvalho e as Poké Balls que guardavam Glacer e Sweetie...
Com coragem estampada na face, segui para o que seria uma rota bem pacífica e cheia de camponeses.
1.574 palavras
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Re: Azhael Journey
Como pedido irei reavaliar. Exclui os posts para deixar o tópico limpo, caso contenha alguma reclamação ou encontrar erros, favor utilizar o Chatbox ou MP.
O desenrolar da sua história está ficando bom, porém poderia ter descrito mais o encontro com o ladrão e posto alguma outra interação com as personagens antes de seguir com a batalha diretamente, como se fosse bem ao estilo dos jogos.
Assim como também poderia ter colocado um flasback ou contado como recebeu a Snorunt, visto que deu a entender que já a conhecia antes, não ficando só nisso de a ganhou e agora ela é sua e pronto.
O desenrolar da sua história está ficando bom, porém poderia ter descrito mais o encontro com o ladrão e posto alguma outra interação com as personagens antes de seguir com a batalha diretamente, como se fosse bem ao estilo dos jogos.
Assim como também poderia ter colocado um flasback ou contado como recebeu a Snorunt, visto que deu a entender que já a conhecia antes, não ficando só nisso de a ganhou e agora ela é sua e pronto.
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Re: Azhael Journey
02 - Pensamentos
"Treino de Glacer (Snorunt) e Sweetie (Chikorita)"
Ainda era de dia quando eu adentrei a tal Rota 01. O local era bem calmo e tinha – como Carvalho havia me avisado – diversos camponeses, visto que alguns plantavam seus próprios alimentos aqui, já que o solo da Rota 01 é ótimo para isso e o clima não deixa a desejar.
Percebi como alguns Pokémon se escondiam em altos arbustos e preferiam não sair dali para nada, enquanto outros mais ousados ameaçavam a atacar caso eu chegasse muito perto.
Alguns camponeses não tinham a ajuda de nenhum Pokémon sequer, e eu me perguntei diversas vezes se isso não era perigoso. Digamos, se arriscar assim numa rota para colher e plantar alimentos não é algo muito seguro, ainda mais quando não se tem nenhum parceiro para lhe defender dos selvagens.
– Só pode estar brincando comigo, não é não?! – Uma voz feminina e aguda veio por mais a direita. Decidi seguir, por mais que o bom senso me dissesse que era falta de respeito e educação prestar atenção na conversa dos outros.
Na verdade, não era bem “outros”. Era uma mulher com seus vinte anos segurando um balde vazio em mãos e olhando para uma criatura que voava a poucos metros do chão: uma Butterfree.
– Você não ficou de guarda, Butterfree? – Perguntou para sua Pokémon. A borboleta balançou a cabeça positivamente, afirmando a indagação feita por sua dona. – Esses Bunnelbys estão ficando a cada dia mais ousados. – Reclamou realmente indignada, olhando para sua horta.
A horta era bem bonita e chamativa. No chão, haviam diversos “pés” de tudo que é Berry: Sitrus, Persim, Rawst, Oran... Muitos mesmo. A Butterfree foi atrás de sua treinadora para aconselhá-la de algo.
– O problema não é comigo... Mas minha avó o que vai pensar de mim? Céus. – Observei que muitas outras Berries estavam ali devidamente plantadas – tinha um conhecimento básico delas – no entanto, as Sitrus estavam em falta. – Ela queria justamente as que estão faltando, e... – Continuou a falar, mas agora eu já não prestava mais atenção.
Um buraco se abriu ao lado da horta e de lá saíra um Pokémon orelhudo e com um olhar bastante sagaz. Agarrou três Oran Berries com suas orelhas e isso chamou a atenção de Butterfree.
– Free! – Apontou a borboleta, chamando sua dona que estava de costas.
A mulher ficou bastante enfurecida e deu ordens para sua Pokémon:
– Use Confusion e pare-o! – De repente, Butterfree se opôs a frente de sua dona e então seus olhos brilharam num tom violeta meio que beirando o púrpuro.
O corpo de Bunnelby ficou inerte no mesmo instante e suas orelhas se abriram, deixando as frutas maduras caírem no chão. Aos poucos ele ia sendo levantado do chão e se esperneava de dor. Não demorei para perceber que aquele golpe além de imobilizá-lo estava começando a afetar sua consciência. Mantive-me quieto na mata, sem dar nenhum passo ou palavra, além de controlar muito bem minha respiração. De repente, o coelho simplesmente foi lançado com tudo contra o chão, e estava desmaiado.
– Humpft! – Resmungou botando as três Oran Berries em seu balde que agora não encontrava-se mais vazio. – E da próxima v... – De repente, algo emergiu do chão bem atrás de si.
Uma criatura monstruosa, forte e bem maior que Bunnelby apareceu saindo da terra, e suas orelhas gigantescas prenderam a moça que se esperneava para se soltar. Notei que tratava-se da evolução de Bunnelby: Diggersby. Butterfree tentou fazer algo, mas ficou com medo de atingir a sua dona que quase não tinha mais ar. Eu tinha que fazer alguma coisa! Não posso ver ela morrer aos poucos, isso é realmente cruel e perturbador.
No entanto, eu não conseguia me mover. Minhas pernas teimavam em ficar quietas e meu corpo ficou inerte, sem movimento algum. Eu observei aos poucos a mulher ser sufocada por aquelas orelhas gigantescas até que seu rosto ficasse avermelhado e os olhos completamente brancos.
– Não! – Ainda não havia perdido a fala apesar de tudo. Meu grito chamou a atenção do Diggersby para a mata – mais especificamente em minha direção – e Butterfree se recompôs, dando tempo de usar o Confusion contra o coelho gigante e fazê-lo soltar a moça de tanta dor de cabeça sofrida.
Corri para o centro do local, peguei algumas frutas maduras dos pés e taquei nele, aproveitando seu estado atual. As frutas bateram em sua cabeça e ele mal se doeu: em vão. Olhou para mim com um semblante intimidador e eu engoli seco. Não, não podia ficar assim! Já havia enfrentado coisas maiores e mais perigosas nos mares a sul, e não é um coelho que me fará regredir. Levei minhas mãos ao cinto onde agora estavam minhas Poké Balls e as lancei, liberando tanto Sweetie quanto Glacer. A mulher estava desmaiada, mas não morta.
Sweetie e Glacer demoraram para perceberem o que estava acontecendo ali. No entanto, ao verem Diggesrby com aquela feição completamente assustadora já tinham quase que certeza absoluta do que iriam fazer: batalhar contra o coelho gigantesco.
– Sweetie e Glacer, preciso que ajam em dupla contra ele, tudo bem? – Perguntei de maneira calma. As duas se olharam e eu tive certeza de que se dariam bem nessa batalha. Era a primeira vez que estava utilizando ambas juntas, e a segunda que usava Sweetie.
O coelho não iria esperar alguma ordem minha. Pegou a pobre Butterfree pelas asas e a jogou contra nossa direção usando o Hammer Arm para tal. Suas orelhas agiam como braços, e deveríamos tomar cuidado com isso.
O inseto vinha em nossa direção quase tão rápido quanto uma bola num jogo de queimado pronta para nos queimar. Não tinha muito tempo para dar as ordens, mas fiz o meu melhor.
– Glacer use o Protect para nos proteger! – A Pokémon de gelo colocou-se a nossa frente e então concentrou toda a sua energia, fazendo um tipo de domo místico pouco transparente aparecer ao nosso redor. A pobre Butterfree bateu de cara na parte frontal, escorregando até o gramado completamente destroçada. Se estava viva ou não só saberíamos mais para frente.
A barreira de proteção já ia se desfazendo e o Diggersby sequer deu tempo para nós. Saltou a distância que tinha entre ele e a gente com suas pernas super desenvolvidas – mesmo que não aparentasse tanto assim – e suas orelhas fecharam-se como um punho, vindo contra nós numa grande potencia no uso de Hammer Arm mais uma vez.
Não podia usar o Protect de Glacer agora, nada garantia que desta vez não iria falhar... Agora é a vez de Sweetie!
– Sweetie, tente usar o Reflect! – Ordenei já saindo de campo para evitar de ser atingido por aquele golpe tão potente.
Um espelho invisível fora formado a frente da Pokémon, mas mesmo assim aquelas orelhas não teriam problema algum em atravessar e atingir a pobre gramínea com tudo. Foi aí que Glacer entrou.
– Frost Breath. – Comandei agora já mais calmo e de longe. Vi a boca de Glacer se abrir aos poucos e deixar um vento gélido escapar, colidindo com as orelhas de Diggersby que ainda assim não havia desistido. O sopro gelado foi o suficiente para congelar aquela parte e fazer com que perdesse mais ainda a potência. Com isso, o Reflect fez o resto e absorveu o resto do dano.
Entretanto, nem tudo são flores.
Abriu suas orelhas com uso de sua incrível força quebrando todo o gelo e simplesmente cancelou o ataque que estava executando anteriormente. Juntou seus pés e com o uso do Bounce, caiu em cima de Sweetie que não teve chances e fora enterrada no chão.
A força era tanta que eu pensei que Sweetie não estivesse mais em combate. Entretanto, o Reflect fez com que o poder fosse absorvido e na sequência atingisse com menos potência a Pokémon. Assim que o coelho saiu de cima dela, eu vi apenas a parte do pescoço para cima fora do gramado.
Diggersby iria soterrar Snorunt também usando o Bounce.
– Não! Double Team! – Ordenei: não deixaria ele atingir Glacer dessa forma como atingira Sweetie. Corri para ajudar minha Chikorita enquanto a Pokémon de gelo fazia o seu trabalho.
Antes que o coelho caísse com as pernas juntas em cima de si, Glacer separou-se em várias miragens para o campo, correndo entre elas de maneira discreta. Por sorte o Diggersby pisou na imagem errada que sequer se desfez, continuou lá parada e com aquele sorriso frio que todo Snorunt tem.
– DIGGERR! – Berrou completamente enraivecido. Suas orelhas cavaram a grama abaixo de si construindo um buraco... Num movimento giratório, ia cavando túneis por debaixo do local no uso de Dig! Se não tomássemos cuidado, ele iria nos atingir de surpresa.
– Está tudo bem agora, Sweetie – Disse ao retirar a Chikorita por completo do solo e sorrir para ela, que retribuiu o gesto também com um sorriso ainda que de preocupação: havia provado da força do Pokémon e não havia gostado nem um pouco, mais um desses e ficaria fora de combate.
Entrei em alerta assim que ouvi os gritos de Glacer vindo por trás de mim. Diggersby suspendia a verdadeira no alto e com um sorriso triunfante após sair com seu Dig do chão. Antes que eu pudesse fazer algo, suas orelhas brilharam e então lançou a Snorunt contra nós no uso de Hammer Arm.
– Glacer! Céus! – Segurei Sweetie no colo, estava fazendo tanto esforço físico nessa batalha que me sentia um real participante desta. Abaixei com a Pokémon no colo e apenas ordenei com minha voz abafada: – Protect! – Numa ordem inteligente, consegui fazer com que Snorunt sofresse o mínimo de dano o possível.
Durante o caminho até a outra extremidade do campo, seu corpo expandiu ao redor uma esfera quase que transparente com uma energia própria, fazendo um campo de proteção. Assim que bateu numa árvore, ricocheteou como uma bola de ping-pong e voltou com tudo para Diggersby que foi atingido pelo golpe sem chances de esquiva. A esfera do Protect lhe atingiu em cheio e o jogou contra um tronco de árvore. O impacto foi forte o bastante para entortar a árvore.
– Snowwr... – Falou Snorunt sentindo dores no corpo após desfazer suas miragens do Double Team e o Protect ao mesmo tempo. Diggersby se levantava pouco tonto.
– Agora! Sweetie ataque-o com Magical Leaf. – Com as ordens dadas, a Chikorita evocou diversas folhas brilhantes ao seu redor e as jogou contra o coelho que foi recebendo uma após a outra em seu corpo e sendo atingido pelo golpe. Como se não bastasse, Glacer entraria no ataque. – Glacer, complemente com Icy Wind.
Glacer abriu sua boca e dispersou por ela um vento nefasto pouco menos forte do que o Frost Breath. O vento se juntava às folhas mágicas para dar um bônus acentuado e atingir o Pokémon rapidamente que estava perto de ficar fora de combate.
No entanto, suas orelhas se abriram e uma delas teve força o suficiente para arrancar um tronco de árvore e usá-lo como escudo. Arregalei os olhos ao ver aquilo agora sendo lançado em nossa direção.
– Razor Leaf! – Sequer citei o nome de Sweetie, mas a essa altura não tinha tempo de dizer nem mais uma palavra.
Agindo como uma guerreira fiel, a Chikorita saltou contra o tronco de árvore jogado contra nós na horizontal e sua única folha na testa – essa que era um pouco mordida – brilhou e ficou tão afiada quanto uma navalha. Atingiu o tronco ao meio e fez com que as partes fossem para lados distintos. A maior foi para a esquerda e a menor para a nossa direita, deixando com que nós ficássemos no meio e não fossemos atingidos. Quando a Snorunt pensou em continuar os tiros de vento gélido, o Diggersby não estava mais lá, apenas um buraco.
– Butterfree, Confusion! – Ouvi novamente a voz feminina e aguda, no entanto agora ofegante. Em seguida, um grito de dor.
Viramos para trás e vimos Diggersby impedido de prosseguir com seu Hammer Arm logo atrás de mim que com certeza quebraria todos os meus ossos um por um. Estava parado e com a orelha flexionada ainda como se fosse dar um soco em mim.
– Ah! – Gritei de susto, indo para trás ao ver aquela orelha tão próxima do meu corpo. – Glacer termine isso! Frost Breath! – Ordenei ainda nervoso, e Glacer saltou a frente liberando um “bafo gélido” que logo foi capaz de atingir o coelho gigante em cheio.
Com aquilo, o Diggersby não agüentou mais e ficou fora de combate, com sua parte frontal completamente coberta por cacos de gelo. O Confusion não suportou todo o peso jogado pela frente e então deixou o coelho cair, já sem poder fazer mais nada.
E pela segunda vez, fomos vencedores. Ainda que com uma ajudinha externa...
A mulher levantou-se do chão e correu para sua Butterfree que havia feito seu último golpe ainda em vida: nos salvar com o Confusion. Sweetie estava claramente comovida mas também orgulhosa por ter vencido ao lado de Glacer, que já não demonstrava tantos seus sentimentos assim.
– Ela foi usada como arremesso pelo Diggersby... – Preferi não contar a parte em que usamos um campo de força para nos defendermos. A mulher chorou o que teve que chorar e aceitamos em silêncio.
– Ele quase me matou... Eu ouvi sua voz, obrigada. – Falou, largando o corpo esmigalhado de sua Pokémon no chão cuidadosamente. – Você não parece ser de Pallet... – Falou ainda aos soluços.
– E não sou. Vim das Seafoam Island. – Falei tentando ignorar o fato de que um cadáver estivesse tão próximo assim de mim.
– Entendo... Sabe, eu fui encarregada de pegar as Sitrus Berries para minha avó, mas agora aconteceu isso e... – Novamente desabou em choro. – Que droga! Como se não bastasse as vendas baixas, agora isso... Minha fiel companheira... – Reclamou olhando para os céus, como se mais alguém tivesse culpa além do Diggersby caído ao seu lado.
Não tem aquelas horas que não sabemos como proceder e nem o que dizer? Então, estou numa dessas horas. Não conseguia dizer nada que não fosse piorar a situação e apenas acariciava a folha mordida de Sweetie.
– Não quero atrapalhar sua jornada... Estou voltando para Pallet. Se quiser, Viridian é logo mais a frente. Não sei se a Enfermeira Joy irá conseguir dar algum jeito na Butterfree, mas não perderei nada tentando. – Recolheu a Butterfree com todo o cuidado. – Espero que nos encontremos futuramente. – E antes que eu falasse alguma coisa, a dona de cabelos loiros e cacheados sumiu na mata por onde vim, indo para Pallet.
– Coisas assim acontecem, pessoal. – Falei com Sweetie e Glacer, olhando a horta completamente destruída pela luta contra o Diggersby. – Teremos que nos acostumar com coisas do tipo daqui pra frente. – Falei por fim.
Peguei a Poké Ball de ambas e retornei-as para cada uma. Na sequência, botei as duas em meu cinto e então comentei baixinho:
– Rumo a Viridian então. – Por mais frio que parecesse, não havia derramado uma lágrima... Eu simplesmente não consegui, talvez por já esperar coisas do tipo pelas rotas de Kanto.
"Treino de Glacer (Snorunt) e Sweetie (Chikorita)"
Ainda era de dia quando eu adentrei a tal Rota 01. O local era bem calmo e tinha – como Carvalho havia me avisado – diversos camponeses, visto que alguns plantavam seus próprios alimentos aqui, já que o solo da Rota 01 é ótimo para isso e o clima não deixa a desejar.
Percebi como alguns Pokémon se escondiam em altos arbustos e preferiam não sair dali para nada, enquanto outros mais ousados ameaçavam a atacar caso eu chegasse muito perto.
Alguns camponeses não tinham a ajuda de nenhum Pokémon sequer, e eu me perguntei diversas vezes se isso não era perigoso. Digamos, se arriscar assim numa rota para colher e plantar alimentos não é algo muito seguro, ainda mais quando não se tem nenhum parceiro para lhe defender dos selvagens.
– Só pode estar brincando comigo, não é não?! – Uma voz feminina e aguda veio por mais a direita. Decidi seguir, por mais que o bom senso me dissesse que era falta de respeito e educação prestar atenção na conversa dos outros.
Na verdade, não era bem “outros”. Era uma mulher com seus vinte anos segurando um balde vazio em mãos e olhando para uma criatura que voava a poucos metros do chão: uma Butterfree.
– Você não ficou de guarda, Butterfree? – Perguntou para sua Pokémon. A borboleta balançou a cabeça positivamente, afirmando a indagação feita por sua dona. – Esses Bunnelbys estão ficando a cada dia mais ousados. – Reclamou realmente indignada, olhando para sua horta.
A horta era bem bonita e chamativa. No chão, haviam diversos “pés” de tudo que é Berry: Sitrus, Persim, Rawst, Oran... Muitos mesmo. A Butterfree foi atrás de sua treinadora para aconselhá-la de algo.
– O problema não é comigo... Mas minha avó o que vai pensar de mim? Céus. – Observei que muitas outras Berries estavam ali devidamente plantadas – tinha um conhecimento básico delas – no entanto, as Sitrus estavam em falta. – Ela queria justamente as que estão faltando, e... – Continuou a falar, mas agora eu já não prestava mais atenção.
Um buraco se abriu ao lado da horta e de lá saíra um Pokémon orelhudo e com um olhar bastante sagaz. Agarrou três Oran Berries com suas orelhas e isso chamou a atenção de Butterfree.
– Free! – Apontou a borboleta, chamando sua dona que estava de costas.
A mulher ficou bastante enfurecida e deu ordens para sua Pokémon:
– Use Confusion e pare-o! – De repente, Butterfree se opôs a frente de sua dona e então seus olhos brilharam num tom violeta meio que beirando o púrpuro.
O corpo de Bunnelby ficou inerte no mesmo instante e suas orelhas se abriram, deixando as frutas maduras caírem no chão. Aos poucos ele ia sendo levantado do chão e se esperneava de dor. Não demorei para perceber que aquele golpe além de imobilizá-lo estava começando a afetar sua consciência. Mantive-me quieto na mata, sem dar nenhum passo ou palavra, além de controlar muito bem minha respiração. De repente, o coelho simplesmente foi lançado com tudo contra o chão, e estava desmaiado.
– Humpft! – Resmungou botando as três Oran Berries em seu balde que agora não encontrava-se mais vazio. – E da próxima v... – De repente, algo emergiu do chão bem atrás de si.
Uma criatura monstruosa, forte e bem maior que Bunnelby apareceu saindo da terra, e suas orelhas gigantescas prenderam a moça que se esperneava para se soltar. Notei que tratava-se da evolução de Bunnelby: Diggersby. Butterfree tentou fazer algo, mas ficou com medo de atingir a sua dona que quase não tinha mais ar. Eu tinha que fazer alguma coisa! Não posso ver ela morrer aos poucos, isso é realmente cruel e perturbador.
No entanto, eu não conseguia me mover. Minhas pernas teimavam em ficar quietas e meu corpo ficou inerte, sem movimento algum. Eu observei aos poucos a mulher ser sufocada por aquelas orelhas gigantescas até que seu rosto ficasse avermelhado e os olhos completamente brancos.
– Não! – Ainda não havia perdido a fala apesar de tudo. Meu grito chamou a atenção do Diggersby para a mata – mais especificamente em minha direção – e Butterfree se recompôs, dando tempo de usar o Confusion contra o coelho gigante e fazê-lo soltar a moça de tanta dor de cabeça sofrida.
Corri para o centro do local, peguei algumas frutas maduras dos pés e taquei nele, aproveitando seu estado atual. As frutas bateram em sua cabeça e ele mal se doeu: em vão. Olhou para mim com um semblante intimidador e eu engoli seco. Não, não podia ficar assim! Já havia enfrentado coisas maiores e mais perigosas nos mares a sul, e não é um coelho que me fará regredir. Levei minhas mãos ao cinto onde agora estavam minhas Poké Balls e as lancei, liberando tanto Sweetie quanto Glacer. A mulher estava desmaiada, mas não morta.
Batalha
Sweetie e Glacer demoraram para perceberem o que estava acontecendo ali. No entanto, ao verem Diggesrby com aquela feição completamente assustadora já tinham quase que certeza absoluta do que iriam fazer: batalhar contra o coelho gigantesco.
– Sweetie e Glacer, preciso que ajam em dupla contra ele, tudo bem? – Perguntei de maneira calma. As duas se olharam e eu tive certeza de que se dariam bem nessa batalha. Era a primeira vez que estava utilizando ambas juntas, e a segunda que usava Sweetie.
O coelho não iria esperar alguma ordem minha. Pegou a pobre Butterfree pelas asas e a jogou contra nossa direção usando o Hammer Arm para tal. Suas orelhas agiam como braços, e deveríamos tomar cuidado com isso.
O inseto vinha em nossa direção quase tão rápido quanto uma bola num jogo de queimado pronta para nos queimar. Não tinha muito tempo para dar as ordens, mas fiz o meu melhor.
– Glacer use o Protect para nos proteger! – A Pokémon de gelo colocou-se a nossa frente e então concentrou toda a sua energia, fazendo um tipo de domo místico pouco transparente aparecer ao nosso redor. A pobre Butterfree bateu de cara na parte frontal, escorregando até o gramado completamente destroçada. Se estava viva ou não só saberíamos mais para frente.
A barreira de proteção já ia se desfazendo e o Diggersby sequer deu tempo para nós. Saltou a distância que tinha entre ele e a gente com suas pernas super desenvolvidas – mesmo que não aparentasse tanto assim – e suas orelhas fecharam-se como um punho, vindo contra nós numa grande potencia no uso de Hammer Arm mais uma vez.
Não podia usar o Protect de Glacer agora, nada garantia que desta vez não iria falhar... Agora é a vez de Sweetie!
– Sweetie, tente usar o Reflect! – Ordenei já saindo de campo para evitar de ser atingido por aquele golpe tão potente.
Um espelho invisível fora formado a frente da Pokémon, mas mesmo assim aquelas orelhas não teriam problema algum em atravessar e atingir a pobre gramínea com tudo. Foi aí que Glacer entrou.
– Frost Breath. – Comandei agora já mais calmo e de longe. Vi a boca de Glacer se abrir aos poucos e deixar um vento gélido escapar, colidindo com as orelhas de Diggersby que ainda assim não havia desistido. O sopro gelado foi o suficiente para congelar aquela parte e fazer com que perdesse mais ainda a potência. Com isso, o Reflect fez o resto e absorveu o resto do dano.
Entretanto, nem tudo são flores.
Abriu suas orelhas com uso de sua incrível força quebrando todo o gelo e simplesmente cancelou o ataque que estava executando anteriormente. Juntou seus pés e com o uso do Bounce, caiu em cima de Sweetie que não teve chances e fora enterrada no chão.
A força era tanta que eu pensei que Sweetie não estivesse mais em combate. Entretanto, o Reflect fez com que o poder fosse absorvido e na sequência atingisse com menos potência a Pokémon. Assim que o coelho saiu de cima dela, eu vi apenas a parte do pescoço para cima fora do gramado.
Diggersby iria soterrar Snorunt também usando o Bounce.
– Não! Double Team! – Ordenei: não deixaria ele atingir Glacer dessa forma como atingira Sweetie. Corri para ajudar minha Chikorita enquanto a Pokémon de gelo fazia o seu trabalho.
Antes que o coelho caísse com as pernas juntas em cima de si, Glacer separou-se em várias miragens para o campo, correndo entre elas de maneira discreta. Por sorte o Diggersby pisou na imagem errada que sequer se desfez, continuou lá parada e com aquele sorriso frio que todo Snorunt tem.
– DIGGERR! – Berrou completamente enraivecido. Suas orelhas cavaram a grama abaixo de si construindo um buraco... Num movimento giratório, ia cavando túneis por debaixo do local no uso de Dig! Se não tomássemos cuidado, ele iria nos atingir de surpresa.
– Está tudo bem agora, Sweetie – Disse ao retirar a Chikorita por completo do solo e sorrir para ela, que retribuiu o gesto também com um sorriso ainda que de preocupação: havia provado da força do Pokémon e não havia gostado nem um pouco, mais um desses e ficaria fora de combate.
Entrei em alerta assim que ouvi os gritos de Glacer vindo por trás de mim. Diggersby suspendia a verdadeira no alto e com um sorriso triunfante após sair com seu Dig do chão. Antes que eu pudesse fazer algo, suas orelhas brilharam e então lançou a Snorunt contra nós no uso de Hammer Arm.
– Glacer! Céus! – Segurei Sweetie no colo, estava fazendo tanto esforço físico nessa batalha que me sentia um real participante desta. Abaixei com a Pokémon no colo e apenas ordenei com minha voz abafada: – Protect! – Numa ordem inteligente, consegui fazer com que Snorunt sofresse o mínimo de dano o possível.
Durante o caminho até a outra extremidade do campo, seu corpo expandiu ao redor uma esfera quase que transparente com uma energia própria, fazendo um campo de proteção. Assim que bateu numa árvore, ricocheteou como uma bola de ping-pong e voltou com tudo para Diggersby que foi atingido pelo golpe sem chances de esquiva. A esfera do Protect lhe atingiu em cheio e o jogou contra um tronco de árvore. O impacto foi forte o bastante para entortar a árvore.
– Snowwr... – Falou Snorunt sentindo dores no corpo após desfazer suas miragens do Double Team e o Protect ao mesmo tempo. Diggersby se levantava pouco tonto.
– Agora! Sweetie ataque-o com Magical Leaf. – Com as ordens dadas, a Chikorita evocou diversas folhas brilhantes ao seu redor e as jogou contra o coelho que foi recebendo uma após a outra em seu corpo e sendo atingido pelo golpe. Como se não bastasse, Glacer entraria no ataque. – Glacer, complemente com Icy Wind.
Glacer abriu sua boca e dispersou por ela um vento nefasto pouco menos forte do que o Frost Breath. O vento se juntava às folhas mágicas para dar um bônus acentuado e atingir o Pokémon rapidamente que estava perto de ficar fora de combate.
No entanto, suas orelhas se abriram e uma delas teve força o suficiente para arrancar um tronco de árvore e usá-lo como escudo. Arregalei os olhos ao ver aquilo agora sendo lançado em nossa direção.
– Razor Leaf! – Sequer citei o nome de Sweetie, mas a essa altura não tinha tempo de dizer nem mais uma palavra.
Agindo como uma guerreira fiel, a Chikorita saltou contra o tronco de árvore jogado contra nós na horizontal e sua única folha na testa – essa que era um pouco mordida – brilhou e ficou tão afiada quanto uma navalha. Atingiu o tronco ao meio e fez com que as partes fossem para lados distintos. A maior foi para a esquerda e a menor para a nossa direita, deixando com que nós ficássemos no meio e não fossemos atingidos. Quando a Snorunt pensou em continuar os tiros de vento gélido, o Diggersby não estava mais lá, apenas um buraco.
– Butterfree, Confusion! – Ouvi novamente a voz feminina e aguda, no entanto agora ofegante. Em seguida, um grito de dor.
Viramos para trás e vimos Diggersby impedido de prosseguir com seu Hammer Arm logo atrás de mim que com certeza quebraria todos os meus ossos um por um. Estava parado e com a orelha flexionada ainda como se fosse dar um soco em mim.
– Ah! – Gritei de susto, indo para trás ao ver aquela orelha tão próxima do meu corpo. – Glacer termine isso! Frost Breath! – Ordenei ainda nervoso, e Glacer saltou a frente liberando um “bafo gélido” que logo foi capaz de atingir o coelho gigante em cheio.
Com aquilo, o Diggersby não agüentou mais e ficou fora de combate, com sua parte frontal completamente coberta por cacos de gelo. O Confusion não suportou todo o peso jogado pela frente e então deixou o coelho cair, já sem poder fazer mais nada.
E pela segunda vez, fomos vencedores. Ainda que com uma ajudinha externa...
Fim da Batalha
A mulher levantou-se do chão e correu para sua Butterfree que havia feito seu último golpe ainda em vida: nos salvar com o Confusion. Sweetie estava claramente comovida mas também orgulhosa por ter vencido ao lado de Glacer, que já não demonstrava tantos seus sentimentos assim.
– Ela foi usada como arremesso pelo Diggersby... – Preferi não contar a parte em que usamos um campo de força para nos defendermos. A mulher chorou o que teve que chorar e aceitamos em silêncio.
– Ele quase me matou... Eu ouvi sua voz, obrigada. – Falou, largando o corpo esmigalhado de sua Pokémon no chão cuidadosamente. – Você não parece ser de Pallet... – Falou ainda aos soluços.
– E não sou. Vim das Seafoam Island. – Falei tentando ignorar o fato de que um cadáver estivesse tão próximo assim de mim.
– Entendo... Sabe, eu fui encarregada de pegar as Sitrus Berries para minha avó, mas agora aconteceu isso e... – Novamente desabou em choro. – Que droga! Como se não bastasse as vendas baixas, agora isso... Minha fiel companheira... – Reclamou olhando para os céus, como se mais alguém tivesse culpa além do Diggersby caído ao seu lado.
Não tem aquelas horas que não sabemos como proceder e nem o que dizer? Então, estou numa dessas horas. Não conseguia dizer nada que não fosse piorar a situação e apenas acariciava a folha mordida de Sweetie.
– Não quero atrapalhar sua jornada... Estou voltando para Pallet. Se quiser, Viridian é logo mais a frente. Não sei se a Enfermeira Joy irá conseguir dar algum jeito na Butterfree, mas não perderei nada tentando. – Recolheu a Butterfree com todo o cuidado. – Espero que nos encontremos futuramente. – E antes que eu falasse alguma coisa, a dona de cabelos loiros e cacheados sumiu na mata por onde vim, indo para Pallet.
– Coisas assim acontecem, pessoal. – Falei com Sweetie e Glacer, olhando a horta completamente destruída pela luta contra o Diggersby. – Teremos que nos acostumar com coisas do tipo daqui pra frente. – Falei por fim.
Peguei a Poké Ball de ambas e retornei-as para cada uma. Na sequência, botei as duas em meu cinto e então comentei baixinho:
– Rumo a Viridian então. – Por mais frio que parecesse, não havia derramado uma lágrima... Eu simplesmente não consegui, talvez por já esperar coisas do tipo pelas rotas de Kanto.
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Azhael McGrover- Poke Regras :
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Re: Azhael Journey
Não tenho muito o que comentar. Seu texto está muito bom, somente continue assim.
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Re: Azhael Journey
03 – Promessas
"Captura de Seel"
Viridian não era tão atrativa assim. O que mais trazia os treinadores para a cidade era o tão conhecido ginásio, mas este encontrava-se fechado. Pelo que haviam me dito, o líder estava em uma viagem e por isso não poderia estar presente para defender seu “gym”.
Estava curioso para saber como era uma luta em algum ginásio, mas não tinha a menor vontade de participar de uma Liga Pokémon. Via isso apenas como algo imposto pela sociedade para ainda manter a credibilidade dos ginásios e nada além disso.
Fui ao hospital da cidade, muito bem recepcionado pela enfermeira de cabelos rosados e então fiquei por lá esperando Glacer e Sweetie descansarem um pouco e suas energias voltarem.
Após isso, segui para um hotel onde passei a noite. Por sorte, viajantes tinham um dia de graça no lugar e por isso não gastei nada. Consegui um quarto simples com apenas uma cama de solteiro, um banheiro e mais outras coisas não tão importantes assim.
– Obrigado por tudo. – Agradeci a senhora da recepção entregando a chave do quarto para ela. Viridian não tinha muitos eventos, não iria ganhar nada ficando mais tempo nessa cidade.
Caminhei por aquelas ruas com as mãos nos bolsos de meu casaco azulado. O tempo estava nublado e ameaçava chove, mas eu não ligava para isso. Finalmente estava fora daquele arquipélago e poderia explorar cidades, rotas, florestas... Tudo me parecia tão cheio de adrenalina! Mal posso esperar para chegar à conhecida Viridian Forest e explorar centímetro por centímetro. Mas não posso esquecer-me de meu rumo aqui. Tenho que chegar a Saffron e avisar a tal rainha de lá do que poderá ocorrer.
– Rota 22? – Perguntei a mim mesmo vendo uma placa que estava na saída a esquerda de Viridian. Olhei para os lados: não achei ninguém que pudesse me dar uma informação, muitos tinham ido para suas casas com medo da forte chuva que estaria por vir.
Peguei o mapa dado pelo senhor Carvalho e então busquei pela Rota 22 nele. O papel era velho e pouco rasgado nas pontas, se dobrava em vários pedaços porque era realmente grande. Pelo que eu havia visto, a Rota 22 era independente da Rota 02 que levava a Viridian Forest e consequentemente Pewter.
– Será rápido... Tenho que explorar essa Rota. – Falei botando o tal mapa dentro de minha mochila e então adentrando a trilha de barro da rota, deixando Viridian para trás.
A rota tinha matos bem maiores do que os da Rota 01 e por isso me surpreendi. Não era algo que iniciantes poderiam brincar, muitas armadilhas estavam espalhadas por todos os cantos provavelmente feitas pelos próprios Pokémon selvagens.
– Que belo lago temos aqui... – Murmurei chegando perto do lago que havia ali. A Rota 22 pelo que eu havia visto no mapa tinha um enorme lago que acabava por desemborcar nos mares que levava Pallet a Cinnabar... E o lago era esse. Sentei ali para observar aquela grande beleza da natureza. Alguns Seakings saltavam da água e mergulhavam de cabeça logo depois. Minha paixão por Pokémon de gelo e de água era enorme, e de frente pra esse lago... Bem, porque não?
Peguei de dentro de minha pequena mochila uma Vara de Pesca dobrada. Desdobrei-a várias vezes até ficar em seu tamanho normal e na sequência já lancei sua ponta na água com a primeira isca que eu achei junto do kit.
Enquanto esperava alguma criatura morder a isca, observava o horizonte com um semblante sonhador. E se essa fosse minha chance pra me tornar um verdadeiro treinador? E se eu começasse a coletar insígnias justamente para participar da Liga Pokémon? Tudo me parecia muito confuso agora, mas essa minha vinda para Kanto não podia ser apenas atrás de algo que meus próprios pais estavam a fazer.
Mal percebi quando a Vara de Pescar quase já ia sendo arrastada para o lago.
Com todo o desespero possível, consegui puxar a vara antes que esta fosse parar na água e então fiz um movimento de braço para cima. A isca saiu da água junto com um Pokémon pequeno, albino e com olhos esbugalhados. Assim que caiu no gramado, o Pokémon aquático olhou para mim e só se assustou mais. Eu logo descobri a que espécie ele pertencia: era um Seel, um Pokémon foca e que habita muito as Seafoam Islands. Lembro de meus pais terem uma criação de Dewgongs que viviam em guerra com os Walreins.
– Um Seel? O que está fazendo aqui? – Perguntei e como resposta obtive um bando de fala uma após a outra. Não entendi muita coisa, mas ele estava com um aparente medo estampado no rosto.
Retirei de meu cinto a Poké Ball de Sweetie e de Glacer. Em seguida de maneira bem sutil, liberei as Pokémon de seus recipientes e então apresentei-as a Seel e vice-versa. Glacer parecia ter gostado do pequeno, ele habitava locais frios como ela, e talvez isso tenha criado um pequeno laço de amizade entre eles.
– Viu? Não há o que temer. – Falei de maneira tranqüilizadora a ele. Sweetie de maneira muito acolhedora se aproximou do pequeno Seel e liberou de sua folha imperfeita um aroma delicioso e tranquilizador. Um véu rosa de Sweet Scent cobriu Seel. Este agora parecia estar mais calmo. – Que incrível, Sweetie! – Elogiei minha Pokémon, que se sentia orgulhosa do seu feito.
No entanto, aquele aroma não só acalmou Seel como foi capaz de atrair alguns Pokémon selvagem um tanto indesejados. A pequena foca pareceu sair do transe assim que ouviu uma movimentação estranha na superfície do lago. Olhei diretamente para a direção que ele estava fitando e dei de cara com três criaturas.
Uma era maior e azulada, semelhante a cabeça de um tubarão. As outras duas eram menores e cheias de espinhos pelo corpo, ainda assim estavam realmente furiosas e salivavam ao nos ver. Seel se escondeu atrás de Chikorita, e eu fui raciocinando aos poucos e juntando o quebra-cabeça...
– Eles estão atrás de você, não é? – Olhei para o pequeno que apenas balançou a cabeça, confirmando. – Entendi. Sweetie e Glacer, não deixaremos com que eles façam algo com o nosso amigo Seel, não é? – As duas apenas concordaram, ainda que a Chikorita estivesse com um pouco de medo no olhar. – Certo. – Seel escondeu-se atrás de mim, agora que Sweetie dava passos a frente junto de Glacer para participarem da batalha.
Os Carvanhas saltaram do mar juntos de Sharpedo. Observei como eles flutuavam há alguns centímetros do chão, isso devido a ser Pokémon que apenas nadam e não possuem a habilidade de andar ou algo do tipo.
– Sweetie, quero que comece com o Refl... – Antes que eu terminasse minha ordem, os Carvanhas cobriram-se com uma quantidade de água e simplesmente flutuaram pelo campo como mísseis até atingirem tanto Chikorita quanto Snorunt. As Pokémon foram lançadas para trás cambaleando. O Aqua Jet atingiu-lhes com tamanha velocidade que eu fiquei sem palavras para as ordens seguintes.
Sharpedo se aproximou disso para atingir Glacer com tudo que tinha. As suas barbatanas laterais ficaram cobertas com uma energia obscura e ele seguiu com o seu Night Slash. Glacer fora atingida pela barbatana direita e então jogada para trás enquantao cambaleava.
– R-rápido! Frost Breath! – Comandei já sem muitas idéias. Glacer mesmo não sentindo muita firmeza em minhas palavras, abriu sua boca e liberou um tipo de bafo gélido. Sharpedo não teve tempo para desviar.
Seu corpo fora coberto pelo tal bafo e ele recuou ao sentir o frio na pele. Os Carvanhas se distraíram olhando para o Sharpedo e então eu vi uma brecha para atingir ambos de uma só vez.
– Sweetie, use Magical Leaf nos dois Carvanhas! – A Chikorita invocou ao seu redor diversas folhas que emitiam um brilho constante. Em seguida, tais folhas foram de forma giratória contra os oponentes que não tiveram chance de escapar. As folhas atingiram-lhes flanqueando seus corpos, e pelo dano ser super efetivo logo percebi o estrago que havia feito.
Sharpedo já se recuperava e preparava um Agility. O Pokémon aquático começou a flutuar freneticamente pelo local, aumentando sua velocidade num nível drástico. Como se não bastasse, junto disso efetuou o Night Slash para que atingisse tanto Sweetie quanto Glacer sem deixar chances de escapar.
– Vamos Sweetie, preciso do seu Reflect! – Aos poucos a Pokémon inicial fazia vários espelhos invisíveis serem espalhados pelo local, o que reduziria os ataques físicos indiretamente, e assim não sofreriam tanto dano quanto o esperado pelo Pokémon cabeça-de-tubarão.
Os ataques eram rápidos e contínuos, mal dando chance para que a dupla se defendesse. Vi como Seel se apertava atrás de minhas pernas, se escondendo como podia do trio.
– Glacer, Double Team! – Ordenei bem confiante. Sabia que minha parceira tinha em mente o que fazer com o ataque que lhe fora ordenado.
A Pokémon de gelo cruzou o campo para ficar ao lado de Sweetie. Em seguida, várias cópias das duas foram se espalhando pelo local em forma de roda, Sharpedo mergulhava de imagem em imagem tentando achar as verdadeiras, mas não obtinha sucesso algum.
Enquanto isso, os Carvanhas se lançavam com Bite contra as cópias tentando achar a Sweetie verdadeira assim como a Glacer.
– Vocês são bem teimosos hein? Sweetie, quero que use Poison Powder contra eles! – As cópias e a verdadeira – nem mesmo eu sabia qual era a verdadeira – utilizaram um pó roxo que caía agora sobre o centro da roda. Por meio do olfato, o pó expelido agora entrava em seus organismos e fazia com que eles ficassem envenenados.
Infelizmente, um dos Carvanhas achou a Chikorita verdadeira. Suas presas fincaram-se em seu flanco direito. Vendo que a verdadeira havia sido pega, o outro Carvanha também agiu e foi com tudo pela esquerda. A Pokémon de grama gritou de dor, sentindo aquelas presas se fincarem em seu corpo tão frágil. Por sorte o Reflect havia feito seu trabalho e diminuído o dano.
– Sweetie, agüente firme! – Glacer vendo sua parceira sofrer daquela maneira logo criou diversos cacos de gelo ao seu redor com o Ice Shard e os lançou contra os Carvanhas que se viram obrigados a largar a Chikorita. As marcas das presas em seu corpo estavam realmente algo gritante e agonizante. – Sweetie! – Corri até a Pokémon, entrando no meio do campo de batalha.
As vezes fazemos as coisas sem pensarmos na conseqüência que podem ter. Eu cometi esse erro.
Ouvi os gritos de Glacer que me alertavam a parar, os olhos esbugalhados de Sweetie que exalavam preocupação e até mesmo os de Seel que eram quase inaudíveis. Senti uma pancada no lado direito de meu corpo. Meu corpo resetou e eu simplesmente parei de andar para ser lançado pela direção contraria da qual eu havia sido atingido.
O Aqua Jet do Sharpedo me atingira de surpresa e por isso eu só fui notar depois quando eu já estava no chão com a mão no local machucado. O Pokémon aquático estava triunfante e ria com seus dentes afiados de mim. Chikorita não tinha mais forças para continuar de pé, apenas cambaleou para o lado e ficou fora de combate.
A dor era muito grande, e quando eu retirei meu casaco azulado, vi uma ferida aberta ali. O sangue escorria aos poucos e respingava no chão. Minha fala havia sumido e eu não tinha forças para dar ordens.
Glacer teria que agir sozinha.
De maneira surpreendente, atingiu uma cabeçada contra o Sharpedo utilizando o Headbutt para tal. Os espinhos do corpo do selvagem fizeram com que a Snorunt também sofresse um pouco de dano, mas em seu estado atual, ela se importava mais em acabar com eles o mais rápido possível.
Ouvi algo se arrastando atrás de mim, e quando olhei para ver melhor, deparei-me com o Seel preocupado com meu ferimento. Ele estava realmente abalado, e eu via em seus olhos a vontade de se juntar a Glacer na luta.
– Não vá... Ela é muito orgulhosa, e se sentirá ofendida caso alguém tente entrar. – Falei com a pequena foca, consolando-a. Quando voltei a olhar para a batalha, os Carvanhas seguiam em direção a Snorunt com o Aqua Jet. Glacer não sabia o que fazer. Como qualquer outro Pokémon, ela estava em dúvida e precisava de uma ordem para que fizesse algo. – Protect! - Ordenei de maneira bastante firme, ignorando a dor sentida.
A Snorunt ergueu uma barreira meio transparente ao seu redor. Os Carvanhas bateram na parte frontal e foram cambaleando para trás aos rodopios até caírem no gramado. Com o impacto, acabaram por ficar fora de combate.
– Isso. – Comemorei seguido de um gemido ao me levantar de mau jeito. – Cuidado, Glacer! – Gritei ao perceber a movimentação de Sharpedo agora vindo por cima como um míssel.
O Take Down atingiu a minha Pokémon em cheio. Uma fumaça foi levantada, temia que o pior tivesse acontecido e Glacer estivesse desmaiada. Corri para retornar a Chikorita para sua Poké Ball antes que ela ficasse pior.
– G-Glacer! – Corri até o local, tropeçando em meus próprios pés de maneira desajeitada. A fumaça se dissipou e eu dei de cara com Snorunt caída no chão, mas que estava resistente para não desmaiar. Ao seu lado, o Sharpedo que recebera um dano de volta após usar aquele poderosíssimo Take Down. Ele estava desmaiado.
Rapidamente, retornei minha Pokémon para sua Poké Ball e olhei o Seel que observava o mar de maneira acanhada. Ele não queria ir embora pelo visto... Ele era menor do que os outros que eu já havia encontrado pelas ilhas, talvez fosse um recém nascido ou algo do tipo...
– Você está com medo, não é? – Perguntei a ele, mesmo já sabendo a resposta. – Seel, cadê o seu bando? É normal a sua espécie andar em bandos nesse tempo, viajando constantemente das ilhas Seafoam para as margens de Kanto. – Ele me olhou com tristeza nos olhos... Havia se perdido pelo visto. – Entendo... – Não sabia mais o que falar.
Lembrei da Butterfree que havia sido morta bem na nossa frente contra o Diggersby na Rota 01. A frieza daquele Pokémon fora tanta que eu até mesmo me surpreendi. Não conseguia me colocar no lugar daquela camponesa e sentir a dor que sentiu ao perder uma parceira tão amada. Não conseguia me ver caso Glacer morresse ou até mesmo Sweetie, que estava há pouco tempo comigo.
– Seel... Porque você não vem comigo? Eu prometo lhe treinar para se tornar um forte Dewgong um dia, e quando eu voltar para a minha família nas ilhas Seafoam, você terá muitos amigos novos por lá, escute o que digo. – Falei com determinação na palavra, passando a maior da segurança o possível para aquele Pokémon.
Seel era inseguro de seus atos e não sabia se aceitava ou não. Mas após passar aquilo tudo comigo e com Sweetie e Glacer, teve certeza que eu poderia ser capaz de defendê-lo do que estaria por vir...
Peguei uma de minhas Poké Ball vazias e com a mão trêmula, bati com o botão do item na testa da foca. Um laser avermelhado sugou-a para dentro de si e balançou pouco em minhas mãos. Depois de um tempo, o resultado veio: capturado.
– Que bom... – Comentei quase desmaiando ali no gramado. Aqueles Carvanhas fora da água estavam com ferimentos sérios pelo corpo, mas quando acordassem estariam revigorados e claro, cheios de fúria. O Sharpedo já parecia mais cansado, e demoraria mais para acordar.
Rumei o caminho até Viridian, pedindo ajuda para a primeira pessoa que vi para me levar até lá. Lembro apenas de ser uma garota de cabelos ruivos, mas após isso, desmaiei.
"Captura de Seel"
Viridian não era tão atrativa assim. O que mais trazia os treinadores para a cidade era o tão conhecido ginásio, mas este encontrava-se fechado. Pelo que haviam me dito, o líder estava em uma viagem e por isso não poderia estar presente para defender seu “gym”.
Estava curioso para saber como era uma luta em algum ginásio, mas não tinha a menor vontade de participar de uma Liga Pokémon. Via isso apenas como algo imposto pela sociedade para ainda manter a credibilidade dos ginásios e nada além disso.
Fui ao hospital da cidade, muito bem recepcionado pela enfermeira de cabelos rosados e então fiquei por lá esperando Glacer e Sweetie descansarem um pouco e suas energias voltarem.
Após isso, segui para um hotel onde passei a noite. Por sorte, viajantes tinham um dia de graça no lugar e por isso não gastei nada. Consegui um quarto simples com apenas uma cama de solteiro, um banheiro e mais outras coisas não tão importantes assim.
– Obrigado por tudo. – Agradeci a senhora da recepção entregando a chave do quarto para ela. Viridian não tinha muitos eventos, não iria ganhar nada ficando mais tempo nessa cidade.
Caminhei por aquelas ruas com as mãos nos bolsos de meu casaco azulado. O tempo estava nublado e ameaçava chove, mas eu não ligava para isso. Finalmente estava fora daquele arquipélago e poderia explorar cidades, rotas, florestas... Tudo me parecia tão cheio de adrenalina! Mal posso esperar para chegar à conhecida Viridian Forest e explorar centímetro por centímetro. Mas não posso esquecer-me de meu rumo aqui. Tenho que chegar a Saffron e avisar a tal rainha de lá do que poderá ocorrer.
– Rota 22? – Perguntei a mim mesmo vendo uma placa que estava na saída a esquerda de Viridian. Olhei para os lados: não achei ninguém que pudesse me dar uma informação, muitos tinham ido para suas casas com medo da forte chuva que estaria por vir.
Peguei o mapa dado pelo senhor Carvalho e então busquei pela Rota 22 nele. O papel era velho e pouco rasgado nas pontas, se dobrava em vários pedaços porque era realmente grande. Pelo que eu havia visto, a Rota 22 era independente da Rota 02 que levava a Viridian Forest e consequentemente Pewter.
– Será rápido... Tenho que explorar essa Rota. – Falei botando o tal mapa dentro de minha mochila e então adentrando a trilha de barro da rota, deixando Viridian para trás.
...
A rota tinha matos bem maiores do que os da Rota 01 e por isso me surpreendi. Não era algo que iniciantes poderiam brincar, muitas armadilhas estavam espalhadas por todos os cantos provavelmente feitas pelos próprios Pokémon selvagens.
– Que belo lago temos aqui... – Murmurei chegando perto do lago que havia ali. A Rota 22 pelo que eu havia visto no mapa tinha um enorme lago que acabava por desemborcar nos mares que levava Pallet a Cinnabar... E o lago era esse. Sentei ali para observar aquela grande beleza da natureza. Alguns Seakings saltavam da água e mergulhavam de cabeça logo depois. Minha paixão por Pokémon de gelo e de água era enorme, e de frente pra esse lago... Bem, porque não?
Peguei de dentro de minha pequena mochila uma Vara de Pesca dobrada. Desdobrei-a várias vezes até ficar em seu tamanho normal e na sequência já lancei sua ponta na água com a primeira isca que eu achei junto do kit.
Enquanto esperava alguma criatura morder a isca, observava o horizonte com um semblante sonhador. E se essa fosse minha chance pra me tornar um verdadeiro treinador? E se eu começasse a coletar insígnias justamente para participar da Liga Pokémon? Tudo me parecia muito confuso agora, mas essa minha vinda para Kanto não podia ser apenas atrás de algo que meus próprios pais estavam a fazer.
Mal percebi quando a Vara de Pescar quase já ia sendo arrastada para o lago.
Com todo o desespero possível, consegui puxar a vara antes que esta fosse parar na água e então fiz um movimento de braço para cima. A isca saiu da água junto com um Pokémon pequeno, albino e com olhos esbugalhados. Assim que caiu no gramado, o Pokémon aquático olhou para mim e só se assustou mais. Eu logo descobri a que espécie ele pertencia: era um Seel, um Pokémon foca e que habita muito as Seafoam Islands. Lembro de meus pais terem uma criação de Dewgongs que viviam em guerra com os Walreins.
– Um Seel? O que está fazendo aqui? – Perguntei e como resposta obtive um bando de fala uma após a outra. Não entendi muita coisa, mas ele estava com um aparente medo estampado no rosto.
Retirei de meu cinto a Poké Ball de Sweetie e de Glacer. Em seguida de maneira bem sutil, liberei as Pokémon de seus recipientes e então apresentei-as a Seel e vice-versa. Glacer parecia ter gostado do pequeno, ele habitava locais frios como ela, e talvez isso tenha criado um pequeno laço de amizade entre eles.
– Viu? Não há o que temer. – Falei de maneira tranqüilizadora a ele. Sweetie de maneira muito acolhedora se aproximou do pequeno Seel e liberou de sua folha imperfeita um aroma delicioso e tranquilizador. Um véu rosa de Sweet Scent cobriu Seel. Este agora parecia estar mais calmo. – Que incrível, Sweetie! – Elogiei minha Pokémon, que se sentia orgulhosa do seu feito.
No entanto, aquele aroma não só acalmou Seel como foi capaz de atrair alguns Pokémon selvagem um tanto indesejados. A pequena foca pareceu sair do transe assim que ouviu uma movimentação estranha na superfície do lago. Olhei diretamente para a direção que ele estava fitando e dei de cara com três criaturas.
Uma era maior e azulada, semelhante a cabeça de um tubarão. As outras duas eram menores e cheias de espinhos pelo corpo, ainda assim estavam realmente furiosas e salivavam ao nos ver. Seel se escondeu atrás de Chikorita, e eu fui raciocinando aos poucos e juntando o quebra-cabeça...
– Eles estão atrás de você, não é? – Olhei para o pequeno que apenas balançou a cabeça, confirmando. – Entendi. Sweetie e Glacer, não deixaremos com que eles façam algo com o nosso amigo Seel, não é? – As duas apenas concordaram, ainda que a Chikorita estivesse com um pouco de medo no olhar. – Certo. – Seel escondeu-se atrás de mim, agora que Sweetie dava passos a frente junto de Glacer para participarem da batalha.
Os Carvanhas saltaram do mar juntos de Sharpedo. Observei como eles flutuavam há alguns centímetros do chão, isso devido a ser Pokémon que apenas nadam e não possuem a habilidade de andar ou algo do tipo.
Batalha
– Sweetie, quero que comece com o Refl... – Antes que eu terminasse minha ordem, os Carvanhas cobriram-se com uma quantidade de água e simplesmente flutuaram pelo campo como mísseis até atingirem tanto Chikorita quanto Snorunt. As Pokémon foram lançadas para trás cambaleando. O Aqua Jet atingiu-lhes com tamanha velocidade que eu fiquei sem palavras para as ordens seguintes.
Sharpedo se aproximou disso para atingir Glacer com tudo que tinha. As suas barbatanas laterais ficaram cobertas com uma energia obscura e ele seguiu com o seu Night Slash. Glacer fora atingida pela barbatana direita e então jogada para trás enquantao cambaleava.
– R-rápido! Frost Breath! – Comandei já sem muitas idéias. Glacer mesmo não sentindo muita firmeza em minhas palavras, abriu sua boca e liberou um tipo de bafo gélido. Sharpedo não teve tempo para desviar.
Seu corpo fora coberto pelo tal bafo e ele recuou ao sentir o frio na pele. Os Carvanhas se distraíram olhando para o Sharpedo e então eu vi uma brecha para atingir ambos de uma só vez.
– Sweetie, use Magical Leaf nos dois Carvanhas! – A Chikorita invocou ao seu redor diversas folhas que emitiam um brilho constante. Em seguida, tais folhas foram de forma giratória contra os oponentes que não tiveram chance de escapar. As folhas atingiram-lhes flanqueando seus corpos, e pelo dano ser super efetivo logo percebi o estrago que havia feito.
Sharpedo já se recuperava e preparava um Agility. O Pokémon aquático começou a flutuar freneticamente pelo local, aumentando sua velocidade num nível drástico. Como se não bastasse, junto disso efetuou o Night Slash para que atingisse tanto Sweetie quanto Glacer sem deixar chances de escapar.
– Vamos Sweetie, preciso do seu Reflect! – Aos poucos a Pokémon inicial fazia vários espelhos invisíveis serem espalhados pelo local, o que reduziria os ataques físicos indiretamente, e assim não sofreriam tanto dano quanto o esperado pelo Pokémon cabeça-de-tubarão.
Os ataques eram rápidos e contínuos, mal dando chance para que a dupla se defendesse. Vi como Seel se apertava atrás de minhas pernas, se escondendo como podia do trio.
– Glacer, Double Team! – Ordenei bem confiante. Sabia que minha parceira tinha em mente o que fazer com o ataque que lhe fora ordenado.
A Pokémon de gelo cruzou o campo para ficar ao lado de Sweetie. Em seguida, várias cópias das duas foram se espalhando pelo local em forma de roda, Sharpedo mergulhava de imagem em imagem tentando achar as verdadeiras, mas não obtinha sucesso algum.
Enquanto isso, os Carvanhas se lançavam com Bite contra as cópias tentando achar a Sweetie verdadeira assim como a Glacer.
– Vocês são bem teimosos hein? Sweetie, quero que use Poison Powder contra eles! – As cópias e a verdadeira – nem mesmo eu sabia qual era a verdadeira – utilizaram um pó roxo que caía agora sobre o centro da roda. Por meio do olfato, o pó expelido agora entrava em seus organismos e fazia com que eles ficassem envenenados.
Infelizmente, um dos Carvanhas achou a Chikorita verdadeira. Suas presas fincaram-se em seu flanco direito. Vendo que a verdadeira havia sido pega, o outro Carvanha também agiu e foi com tudo pela esquerda. A Pokémon de grama gritou de dor, sentindo aquelas presas se fincarem em seu corpo tão frágil. Por sorte o Reflect havia feito seu trabalho e diminuído o dano.
– Sweetie, agüente firme! – Glacer vendo sua parceira sofrer daquela maneira logo criou diversos cacos de gelo ao seu redor com o Ice Shard e os lançou contra os Carvanhas que se viram obrigados a largar a Chikorita. As marcas das presas em seu corpo estavam realmente algo gritante e agonizante. – Sweetie! – Corri até a Pokémon, entrando no meio do campo de batalha.
As vezes fazemos as coisas sem pensarmos na conseqüência que podem ter. Eu cometi esse erro.
Ouvi os gritos de Glacer que me alertavam a parar, os olhos esbugalhados de Sweetie que exalavam preocupação e até mesmo os de Seel que eram quase inaudíveis. Senti uma pancada no lado direito de meu corpo. Meu corpo resetou e eu simplesmente parei de andar para ser lançado pela direção contraria da qual eu havia sido atingido.
O Aqua Jet do Sharpedo me atingira de surpresa e por isso eu só fui notar depois quando eu já estava no chão com a mão no local machucado. O Pokémon aquático estava triunfante e ria com seus dentes afiados de mim. Chikorita não tinha mais forças para continuar de pé, apenas cambaleou para o lado e ficou fora de combate.
A dor era muito grande, e quando eu retirei meu casaco azulado, vi uma ferida aberta ali. O sangue escorria aos poucos e respingava no chão. Minha fala havia sumido e eu não tinha forças para dar ordens.
Glacer teria que agir sozinha.
De maneira surpreendente, atingiu uma cabeçada contra o Sharpedo utilizando o Headbutt para tal. Os espinhos do corpo do selvagem fizeram com que a Snorunt também sofresse um pouco de dano, mas em seu estado atual, ela se importava mais em acabar com eles o mais rápido possível.
Ouvi algo se arrastando atrás de mim, e quando olhei para ver melhor, deparei-me com o Seel preocupado com meu ferimento. Ele estava realmente abalado, e eu via em seus olhos a vontade de se juntar a Glacer na luta.
– Não vá... Ela é muito orgulhosa, e se sentirá ofendida caso alguém tente entrar. – Falei com a pequena foca, consolando-a. Quando voltei a olhar para a batalha, os Carvanhas seguiam em direção a Snorunt com o Aqua Jet. Glacer não sabia o que fazer. Como qualquer outro Pokémon, ela estava em dúvida e precisava de uma ordem para que fizesse algo. – Protect! - Ordenei de maneira bastante firme, ignorando a dor sentida.
A Snorunt ergueu uma barreira meio transparente ao seu redor. Os Carvanhas bateram na parte frontal e foram cambaleando para trás aos rodopios até caírem no gramado. Com o impacto, acabaram por ficar fora de combate.
– Isso. – Comemorei seguido de um gemido ao me levantar de mau jeito. – Cuidado, Glacer! – Gritei ao perceber a movimentação de Sharpedo agora vindo por cima como um míssel.
O Take Down atingiu a minha Pokémon em cheio. Uma fumaça foi levantada, temia que o pior tivesse acontecido e Glacer estivesse desmaiada. Corri para retornar a Chikorita para sua Poké Ball antes que ela ficasse pior.
– G-Glacer! – Corri até o local, tropeçando em meus próprios pés de maneira desajeitada. A fumaça se dissipou e eu dei de cara com Snorunt caída no chão, mas que estava resistente para não desmaiar. Ao seu lado, o Sharpedo que recebera um dano de volta após usar aquele poderosíssimo Take Down. Ele estava desmaiado.
Fim de Batalha
Rapidamente, retornei minha Pokémon para sua Poké Ball e olhei o Seel que observava o mar de maneira acanhada. Ele não queria ir embora pelo visto... Ele era menor do que os outros que eu já havia encontrado pelas ilhas, talvez fosse um recém nascido ou algo do tipo...
– Você está com medo, não é? – Perguntei a ele, mesmo já sabendo a resposta. – Seel, cadê o seu bando? É normal a sua espécie andar em bandos nesse tempo, viajando constantemente das ilhas Seafoam para as margens de Kanto. – Ele me olhou com tristeza nos olhos... Havia se perdido pelo visto. – Entendo... – Não sabia mais o que falar.
Lembrei da Butterfree que havia sido morta bem na nossa frente contra o Diggersby na Rota 01. A frieza daquele Pokémon fora tanta que eu até mesmo me surpreendi. Não conseguia me colocar no lugar daquela camponesa e sentir a dor que sentiu ao perder uma parceira tão amada. Não conseguia me ver caso Glacer morresse ou até mesmo Sweetie, que estava há pouco tempo comigo.
– Seel... Porque você não vem comigo? Eu prometo lhe treinar para se tornar um forte Dewgong um dia, e quando eu voltar para a minha família nas ilhas Seafoam, você terá muitos amigos novos por lá, escute o que digo. – Falei com determinação na palavra, passando a maior da segurança o possível para aquele Pokémon.
Seel era inseguro de seus atos e não sabia se aceitava ou não. Mas após passar aquilo tudo comigo e com Sweetie e Glacer, teve certeza que eu poderia ser capaz de defendê-lo do que estaria por vir...
Peguei uma de minhas Poké Ball vazias e com a mão trêmula, bati com o botão do item na testa da foca. Um laser avermelhado sugou-a para dentro de si e balançou pouco em minhas mãos. Depois de um tempo, o resultado veio: capturado.
– Que bom... – Comentei quase desmaiando ali no gramado. Aqueles Carvanhas fora da água estavam com ferimentos sérios pelo corpo, mas quando acordassem estariam revigorados e claro, cheios de fúria. O Sharpedo já parecia mais cansado, e demoraria mais para acordar.
Rumei o caminho até Viridian, pedindo ajuda para a primeira pessoa que vi para me levar até lá. Lembro apenas de ser uma garota de cabelos ruivos, mas após isso, desmaiei.
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Azhael McGrover- Poke Regras :
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Ficha de Personagem
Insignias Conquistadas :
(1/1)
Fitas Conquistadas:
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Re: Azhael Journey
Bom não vi nenhum erro na sua história, porém no inicio vi que você descreveu os fatos enquanto a passagem de tempo era muito rápida.
O resto esta perfeito.
Ótima - Me diga no chat o Iten que quer junto ao seu Pokémon.
O resto esta perfeito.
Ótima - Me diga no chat o Iten que quer junto ao seu Pokémon.
Dtwist- Poke Regras :
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Ficha de Personagem
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