O sol iluminava o quarto que até alguns minutos atrás estava submerso na escuridão. Um único e impertinente feixe de luz, atingiu meus olhos, - algo que era extremamente perturbador. Me revirei na cama, tentando fugir da luz. Nada adiantou.
Um som suave mas também irritante invadiu o local.
Ah, ótimo, o despertador... – Pensei, dando um tempo para meus olhos se acostumarem com a claridade. 06:00, marcava o relógio. Levantei da cama com esforço, contorcendo o corpo ao espreguiçar-me por completo. Erguendo as mão as têmporas, olhei o relógio de pulso, era quase uma obsessiva em saber as horas. Faltava pouco para o horário de ir ao Laboratório e o meu estado estava deplorável.
Passara a noite inteira acordada pensando no que iria fazer, e a resposta estava na minha cara o tempo todo. Fui em direção ao banheiro, tirando a roupa e deixando-a no chão, amontoada junto de um outro montinho. Cultivado a dias.
Um banho quente, era tudo o que precisava. A fumaça quente subiu pelo box, deixando-o com um toque de vapor. A água quente chegava a arder na pele, deixando-a em tons avermelhados.
Peguei a primeira toalha que vi pela frente, uma branca de fios egípcios. Um mimo muito importante para a senhora minha mãe, e para mim, um tanto quanto agradável. A roupa, era algo que eu precisava escolher, primeiro dia, então, peguei uma saia azul pregueada, um paletó de tweed feminino, uma gravata feita para mulheres de coloração rubra. Abri a enorme porta de madeira dos meus aposentos, talhada com centenas de coelhinhos. Respirando fundo, – talvez respirar fosse me ajudar em alguma coisa.
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O primeiro dia do resto da minha vida. Vamos lá! – Sai dando passos largos, indo em direção aos corredores que se encontravam apinhados de empregados, a maioria correndo para direções contrárias, sempre atarefados demais para notar minha presença. -
Tssc.∞
Havia, enfim, chego ao laboratório. Com um suspiro resignado, passo por todo o procedimento antes de me encontrar com o professor S. Ele parecia pálido, quase como uma criança que é pega no flagra, mas não comentei quando vi um homem ruivo por entre uma porta entreaberta.
Estava exacerbadamente adiantada, sabia, mas sinceramente não ligava. Poderia escolher qualquer um dos três iniciais. QUALQUER UM. Era uma dúvida cruel, demorei quase meia hora para escolher, quando por fim me toquei de qual seria a melhor opção.
Em posse da pokébola de Finneken, tomei um caminho desconhecido. Nunca sai de Lumiose, e agora estava por minha própria conta e risco.