Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
Posta mais é muito louco sua fic
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
posso participar da fic se sim ai vão os dados
personalidade:animado odeia ficar sem fazer nada
idade:13
animal com que se identifica:dragão se não puder leopardo
tipo de favorito de personagem rpg:guerreiro,mago
raça favorita:homens-leopardos
poder sobrenatural:que gostaria:copiar o poder de outros se não puder
controlar os elementos fogo,ar,agua,terra,gelo e trovão
descrição da aparencia do personagem:a imagem né
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Humor : isso é interessa mais não quero dizer
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
aproposito eu quero ser do bem
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
Episódio Três: Reunião Sombria.
A noite fria na charneca palacial era mais cômoda ao objetivo malévolo da reunião, do que os próprios convidados. Em MagMordhar, a Terra das Bruxas, Neftiry reunia todas suas irmãs bruxas, e servos centauros (foi a partir de uma maldição que as bruxas aplicaram aos homens de seu povo, que os centauros foram criados, contrariando os desígnios do deuses. Agora as bruxas se reproduzem a partir do cadáver de crianças mortas, através de rituais profanos. Poucas bruxas seguiram o exemplo de Ba-Ah, que salvou a última fada e o último elfo das montanhas de serem destruídos pela Aurora Negra, reconquistando seu direito à reprodução humana. As bruxas e centauros vivem juntos e são imortais, podendo porém morrer em batalha, mas não de velhice ou doenças.) à beira da fogueira de Sadash, seu Mestre e Rei. Todas as bruxas de Kual foram convocadas, e compareciam à espantosa assembléia. A maioria não fazia ideia dos motivos para estarem ali. Outras queriam saber como havia sido a missão concedida à Neftiry na esquecida Ilhas dos Grifos, e algumas poucas queriam saber sobre o que seria feito com a mais nova das bruxas. Uma herege, que havia fugido do reino bruxo tentando chegar à Galohdar, a Terra dos Homens. A tola criança esperava encontrar a traidora Ba-Ah, e ajudá-la a proteger os herdeiros das Terras do Norte. Certas de que todas as suas perguntas seriam respondidas, aguardaram ansiosas embaixo da segurança que a catedral de prata lhes conferia, no palácio da sua Rainha. Uma quantidade imensa de tronos menores estava posta para as bruxas, ao redor de uma elegante fogueira, cuja fumaça nunca aparecia. Atrás dos tronos de ouro, prata e bronze(de acordo com a importância da bruxa), os centauros assistiam às reuniões de pé, totalmente concentrados no que diziam sua Senhoras.
- Nobres irmãs da casa de Mordhar! Venho, por meio da autoridade concedida à mim pelo Senhor de Kual, abrir nossa sessão. – anunciou Nefrity, feliz ao notar que todos os burburinhos cessaram diante de suas palavras. – Minhas irmãs, regozijem-se nesta hora, pois venho anunciar-lhes a morte de Ba-Ah, nossa inimiga mortal e traidora! – com urros ensandecidos, faíscas verdes e vermelhas, risadas escabrosas e bater de cascos, a morte de Ba-Ah foi comemorada por todos. – Agora, meus filhos e filhas, nosso caminho torna mais claro para enfim encontrarmos os Herdeiros. O elfo montanhês e a fada, que haviam tido suas almas e consciências congeladas na Pirêmide Invertida até os últimos dezesseis anos, foram iniciados, e como adultos ficam expostos à nossa magia. Enquanto viva, Ba-Ah trabalhou intensamente para proteger o Elfo, criando-o à distância nas terras verdes de Lindevel, lar dos elfos da floresta. Nos últimos dias, o rapaz foi enviado até a Ilha podre onde a velha se escondeu, e lá teve o bracelete do povo de Wyvern abençoado, assim como seu arco e as armas dos filhos da bruxa. A maldita conferiu poderes divinos às armas daquelas crianças, sacrificando toda a magia que poderia salvá-la de mim… – contou Neftiry, arrancando mais risadas das outras bruxas. Ela própria riu, mas de nojo e escárnio. – Minhas irmãs, Ba-Ah, a Herege, ensinou magia druídica à uma Fada. A fedelha, última herdeira do povo da luz, atreve-se a se chamar de Feiticeira, Sacerdotiza. – isso foi o que bastou. A algazarra sem fim recomeçou, e todas as bruxas e centauros pareciam revoltados. Fadas só usam magias de cura e proteção, com aquela sua mania de ver luz em tudo. Saber que a última delas era uma Feiticeira ofensiva não era nada bom, porque magia branca e negra combinadas, criam um inimigo poderoso.
- Eu apelo, vossa Alteza, mexa o caldeirão! – pediu um centauro, aos gritos.
- Sim, sim! Mexa! Mexa e descubra onde está esta fada maldita, e onde poderemos matar a ignóbil pirralha que nos traiu! – ajuntou uma bruxa velha, de nome Kreemel.
- Meus súditos, que seja feita a vossa vontade! – aquiesceu Neftiry, já que mexer no caldeirão era tudo o que ela queria. Com um estalar de seus dedos, a peça de ferro do rio Estige(rio para onde vão os mortos) surgiu imensa acima do fogo. A bela feiticeira arrancou um fio de seus cabelos, e jogou dentro do caldeirão, cuspindo em seguida. Sua saliva transformou-se em água, que subiu até a boca do caldeirão. Todos silenciaram, temerosos.
– Feitiço maléfico, maligno e místico, pelo poder de Três vezes Três eu lhe proclamo. Envie os espectros do Reino das Bruxas através de Kual afora, e nos mostre como em quadro o que no exterior acontece agora! – a colher de pau gigante com que Neftiry mexia o caldeirão foi retirada, e a água que lá estava explodiu, indo toda para cima em linha reta, formando algo como que uma tela retangular. Ali, a Ilha dos Grifos surgiu em imagem, totalmente negra depois do fogo. A imagem se arrastou até que revelou um navio, envolto por uma aura azulada de magia divina, vinda do bracelete do Elfo Montanhês. Ele se encontrava pendurado na cabine de vigia, bem no alto da embarcação. Abaixo, na proa, a fada Victoria parecia ter uma conversa interessante com o diminuto gnomo, enquanto seus irmãos praticavam luta de espadas. O olhar de Neftiry alcançou Stefano e Hawns, que treinavam, e suas narinas incharam. Ela sabia bem quem eram eles. E diria às outras. O mais importante é que já sabia onde estavam os Herdeiros. Só restava procurar a traidora. A imagem tremeu mais uma vez, e a levou até um deserto distante, depois de Galohdar, e da Cidade dos Orcs, indo de sul para o norte. A traidora Akemi havia conseguido uma lhama, e montada nela seguia até a Vila Saariana, que ficava próxima da grandiosa Pirâmide invertida. Voltou à reunião saída de seu transe de imagens, enquanto todas as suas irmãs aguardavam suas revelações.
- Minha Excelentíssima Rainha, permita-me transmitir suas revelações. – pediu Mirazéf, um demônio aéreo, meio pássaro, meio humanóide. Sua crueldade e esperteza lhe garantiram durante séculos o posto de Conselheiro Vizir de Neftiry, e talvez seja o único em quem confia além, é claro, de Sadash. Por isso, ela murmurou-lhe no ouvido tudo o que havia visto, e ele gritou tudo á multidão. Todos ficaram excitados ao saber que os inimigos ainda estavam no mar, e exigiram uma ação insidiosa de Neftiry. Ela em tudo concordava, portanto pediu que lhe trouxessem seu Espelho Mágico, que erapassado de Rainha em Rainha das Bruxas.
- Esta noite, irmãs, falaremos às nossa irmãs Sereias que destrocem com a maior precisão possível a embarcação inimiga. Quanto à traidora, nos vingaremos quando chegar a hora. Sadash é Eterno, é Imortal. E quando ele se erguer e nos falar, será o momento de ´punir a todos os outros povos desleais! – com aclamação geral, Neftiry gargalhou e se dirigiu ao Espelho. – Fale-me, mágico Espelho! Mostre-me minhas irmãs Sereias! – uma ventania horrível tomou conta de todo o palácio, e diferente do que as bruxas esperavam, o Espelho nada mostrou. Apenas partiu-se em mil pedaços, assustando todas as mulheres e centauros naquele recinto. Sombras rastejantes invadiram as janelas, e todos gritaram horrorizados, mas Neftiry não. Porque ela reconhecia aquele poder, aquele chegar que ela tanto louvava. Era Sadash, Anjo Negro, Rei de Kual e Detentor do Infinito. As sombras se uniram na forma de um homem forte, coberto com um manto negro feito piche. Asas negras se estendiam quatro metros de cada lado, e às suas costas estava presa uma Foice de dois gumes. Ele baixou o capuz, e revelou um rosto pálido de morte, porém belo e rude. Seus olhos eram verdes-água, e humanos. Bem diferentes dos olhos horrendos das bruxas. Ele parecia de fato, um Anjo Vingador. Parecia, apenas…
- Vinde a mim, bruxas e demônios! Eu sou o vosso pai, patrono e gerador. De mim exala a magia que os sustenta, e de mim exalará o fogo que destruirá nossos inimigos! Neftiry, minha Lady amada, aproxime-se. – mais próxima dele que todos, a Rainha das Bruxas foi abraçada e beijada ardentemente. – Deste dia em diante, Kual será nossa! – proclamou o Mestre Negro, sob os urros abafados dos centauros e bruxas. – Minha Dama, não precisará mais do Espelho. Eu mesmo sentarei no trono ao teu lado, pois é chegado o momento. O inimigo se agita, e uma força que se levanta dentro da própria Kual para me deter, está preparada. Reúna nossos aliados, e ordene que marchem contra as principais províncias deste mundo. As Sereias já foram avisadas, e uma armadilha aguarda nossos inimigos na costa das praias de Galohdar. Eu mesmo preparei o exército de Orcs para a guerra, e eles já marcham de sua cidade até as portas do reino dos Homens. Serão eles os primeiros a sentirem o golpe do meu martelo! Ficará a teu encargo despertar nossos golens na Pirâmide Invertida, chamar os piratas do Mar Oriental, invocar as Serpentes do Mar, convocar à guerra os lobisomens, os espectros, os Vermes Gigantes, as Bolhas Sangrentas e os Albatrozes Pútridos. Eu partirei esta noite até as Terras do Norte e acordarei meus dragões, e os demônios que eu mesmo gerei. É o momento do fim para os adoradores dos deuses! O Evangelho do Anjo Negro será a lei eterna!
- Para sempre seja Adorado! Para sempre seja Temido! Para sempre seja Lembrado! – gritou o povo, enquanto Sadash se retirava da Sala dos Tronos, seguido de perto por Neftiry. Se nossos heróis ao menos soubessem o que os aguardava, talvez tivessem mais cautela. Mas partir para o desconhecido sempre será a real aventura dos viajantes, daqueles que nunca desistem de lutar pelo que acreditam. Talvez seja esta a única arma real que o mal encontra sempre viva no bem. A essência do ser e do querer proteger. Do querer amar…
Victoria estava enjoada de novo. Nos últimos dois dias sua vida não tinha sido nada boa. Pancadas constantes nos cascos do navio pareciam indicar que algo queria eles bem presos e mortos no fundo do mar. Por umas duas vezes Tripatorpe e Lucas afirmaram ter visto silhuetas femininas se movendo sob as águas. Se eram sereias, elas não deveriam estar tendo muito sucesso em passar pela barreira de Ba-Ah, que parecia ter pensado em tudo. Aliás, tudo o que o grupo conseguia fazer nos últimos tempos era pensar nela, e sobre tudo o que ela disse. De acordo com Ba-Ah, eles iam ter que encontrar um bardo chamado Marcos, e alguém que os poderia trair no caminho. Para Stefano e Victoria isso nem era o mais importante, mas sim o fato de chegar vivos no conjunto de ilhas de Galohdar. Chuva após sol e noite após noite, Victoria não distinguia nada de diferente no orizonte. Lucas porém, com sua visão élficas afirmava já poder ver as Três Ilhas dos Profetas, que circundavam a Ilha-Continente de Galohdar. Decidiram fazer um jantar reforçado naquela noite, e assarma presunto e duas galinhas. Victoria abdicara de carne ao se tornar uma Feiticeira Druídica, então alimentou-se de pão, leite, mel, nabos e vinho. Os garotos comiam feito louco, exceto Lucas, que parecia ter um paladar mais refinado. Tripatorpe já estava roncando no sexto prato, pois bebera o vinho sem diluir na água. Stefano havia descido para dormir, e Hawns subira até a cabine de vigilância para observar a lua, coisa que fazia sem parar sempre que ela estava cheia. Ninguém sabia na Ilha dos Grifos, mas Lucas contou à uma Victoria estarrecida, que se tratava de um mestiço de lobisomen com humano. O fato não surpreendia, mas era problemático, pois se Hawns provasse o sangue humano, poderi se transformar para sempre num selvagem. E o fato de Ba-Ah ter morrido, tirava dele a influência positiva dela. Quanto mais tempo ele viejasse pelo mundo, maior seria a tentação do sangue humano. Sangue das outras raças, em compensação, de nada serviam.
- Eu não sei o que faço, Lucas. Sinto como se o peso do mundo estivesse nas minhas costas… Nem sei o que nos espera quando chegarmos à primeira Ilha dos Profetas. – comentou Victoria, nervosa. Ela e Lucas estavam lavando a louça suja, e guardando os alimentos que não foram ingeridos.
- Eu entendo, Deyn. – Lucas nunca a chamava pelo nome humano. – Eu também não me sinto confortável com isto, mas sei que temos um dever a cumprir. Em nós levamos a esperança de duas raças, e fomos conectados por uma magia antiga, lançada pela bruxa que nos salvou. Eu mal a conheço, e sinto como se não pudesse me afastar de você! Devem haver mistérios para explicar tudo isto, e lendas para tornarmos reais. Mas devemos fazer isso tudo juntos. Eu conto com você. – declarou Lucas.
- Eu, eu prometo que vou me esforçar para aceitar isso como é. Juro que vou tentar entender esse laço entre nós, e vou ficar perto de você. – prometeu Deyn. – Se bem que a última parte nem é tão difícil… - Victoria ia beijar Lucas, e podia sentir seus lábios quase se encostando… Quando uma tosse forçada surgiu atrás deles. Era Stefano, e tinha uma cara de poucos amigos. Victoria sorriu para ele. – Boa noite. – desejou à Lucas, apertando a bochecha dele e descendo até a cabine de passageiros com Stefano. Lucas ficou ainda um bom tempo parado sob a luz do luar, sentindo os vultos sensuais e malignos das Sereias se agitando sob as águas na esperança de quebrar o feitiço de Ba-Ah.
No dia seguinte até mesmo os que possuíam uma vista comum podiam enxergar a primeira Ilha dos Profetas. Gaivotas e Mannutis iam até onde alcançava a vista, parecendo encontrar-se com o sol à pino, sem nunca arderem em suas labaredas. Victoria segurava o cetro de sua mãe, observando maravilhada enquanto a ilha se aproximava. Todos compartilhavam a mesma empolgação, até que uma dor de cabeça como o espetar de mil agulhas sacudiu seu corpo. Victoria caiu, mas foi amparada por Lucas e Stefano, que a levaram para baixo. No acesso de dor, ela sabia que gritava coisas sem nexo, mas nem lembrava exatamente do quê. Sentiu tapinhas no rosto, gritos pelo seu nome e sacudidas em seu corpo. Tripatorpe encostou seu medalhão em suas têmporas, e aí sim ela conseguiu pensar com clareza. Agora que se lembrava do que vira, preferia esquecer. Uma armadilha terrível os esperava em qualquer uma das Ilhas dos Profetas. Mas não foi só isso que ela viu. Um homem de negro, com asas enormes, beijando a mulher que matara sua mãe. Ela viu criaturas horríveis com corpos de cavalos da cintura para baixo, um demônio-ave, e centenas de bruxas em tronos tão feios quanto elas. Ou belos, no caso de algumas…
- Lucas, ordene ao bracelete que vá direto para Galohdar! Não podemos descer em nenhuma destas ilhas! – implorou Victoria, choramingando.
- Mas irmã, nossa água está acabando! Precisamos de mais! – protestou Stefano. – Porquê não ir até uma dessas ilhas?
- Não podemos! Orcs enormes já tomaram as três, e aderiram aos territórios da Aliança Sadashiana, É o Anjo Negro, aquele que caiu em Kual na noite que nossos pais morreram! Ele está dominando as trevas em nosso mundo. Deuses, ele é tão forte! Como vamos vencer uma criatura horrenda e maldosa dessas, que… - um tapa na cara de Victoria à trouxe de volta. Era Tripatorpe, que aplicou seu medalhão sobre ela de novo, acalmando-a.
- Eu vivi por muitas décadas para ignorar uma visão de sacerdotiza. Se a sucessora de Ba-Ah diz que tem má notícia nas Ilhas, eu não piso nelas. Antes morrer de fome que virar pedra e quebrar na mão dessas bruxas e orcs devoradores de gnomos… - reclamou Tripatorpe, medroso.
- Ok, eu voto pra irmos direto. – apoiou Hawns.
- Idem. – confirmou Lucas, deixando Stefano sozinho na votação. Como nada podia fazer, ele mudou o voto. Então fomos para Galohdar direto.
Não há palavras para descrever o que o grupo passou nos três dias seguintes sem água. As pancadas das Sereias se tornavam enlouquecedoras, e a sede não podia ser vencida com vinho. Frutas também de nada serviam. O pior é que tiveram de ficar sem comer, para não acabarem com mais sede ainda. Quando o navio baixou âncora, no terceiro dia, foi um alívio quase que insuportável. Com Deyn no colo, Lucas usou a agilidade élfica para pular uma distância enorme do barco até a praia. Os outros mergulharam na água rasa, e correram para a praia com medo das Sereias. Todos lembraram Victoria para não tocar no bracelete, ou a proteção do navio desligaria e eles ficariam presos ali para sempre. Se embrenharam um pouco na mata depois da praia, e numa surpresa estranha, Hawns começou a farejar, correndo feito um lobo. Do nada, ele encontrou uma fonte de água limpa, que todos beberam até dizer chega. Dormiram na sombra de uma árvore de Galohdar, ignorando totalmente aqueles que viviam por ali antes. E esse, foi um dos maiores erros deles em toda a viagem…
A noite fria na charneca palacial era mais cômoda ao objetivo malévolo da reunião, do que os próprios convidados. Em MagMordhar, a Terra das Bruxas, Neftiry reunia todas suas irmãs bruxas, e servos centauros (foi a partir de uma maldição que as bruxas aplicaram aos homens de seu povo, que os centauros foram criados, contrariando os desígnios do deuses. Agora as bruxas se reproduzem a partir do cadáver de crianças mortas, através de rituais profanos. Poucas bruxas seguiram o exemplo de Ba-Ah, que salvou a última fada e o último elfo das montanhas de serem destruídos pela Aurora Negra, reconquistando seu direito à reprodução humana. As bruxas e centauros vivem juntos e são imortais, podendo porém morrer em batalha, mas não de velhice ou doenças.) à beira da fogueira de Sadash, seu Mestre e Rei. Todas as bruxas de Kual foram convocadas, e compareciam à espantosa assembléia. A maioria não fazia ideia dos motivos para estarem ali. Outras queriam saber como havia sido a missão concedida à Neftiry na esquecida Ilhas dos Grifos, e algumas poucas queriam saber sobre o que seria feito com a mais nova das bruxas. Uma herege, que havia fugido do reino bruxo tentando chegar à Galohdar, a Terra dos Homens. A tola criança esperava encontrar a traidora Ba-Ah, e ajudá-la a proteger os herdeiros das Terras do Norte. Certas de que todas as suas perguntas seriam respondidas, aguardaram ansiosas embaixo da segurança que a catedral de prata lhes conferia, no palácio da sua Rainha. Uma quantidade imensa de tronos menores estava posta para as bruxas, ao redor de uma elegante fogueira, cuja fumaça nunca aparecia. Atrás dos tronos de ouro, prata e bronze(de acordo com a importância da bruxa), os centauros assistiam às reuniões de pé, totalmente concentrados no que diziam sua Senhoras.
- Nobres irmãs da casa de Mordhar! Venho, por meio da autoridade concedida à mim pelo Senhor de Kual, abrir nossa sessão. – anunciou Nefrity, feliz ao notar que todos os burburinhos cessaram diante de suas palavras. – Minhas irmãs, regozijem-se nesta hora, pois venho anunciar-lhes a morte de Ba-Ah, nossa inimiga mortal e traidora! – com urros ensandecidos, faíscas verdes e vermelhas, risadas escabrosas e bater de cascos, a morte de Ba-Ah foi comemorada por todos. – Agora, meus filhos e filhas, nosso caminho torna mais claro para enfim encontrarmos os Herdeiros. O elfo montanhês e a fada, que haviam tido suas almas e consciências congeladas na Pirêmide Invertida até os últimos dezesseis anos, foram iniciados, e como adultos ficam expostos à nossa magia. Enquanto viva, Ba-Ah trabalhou intensamente para proteger o Elfo, criando-o à distância nas terras verdes de Lindevel, lar dos elfos da floresta. Nos últimos dias, o rapaz foi enviado até a Ilha podre onde a velha se escondeu, e lá teve o bracelete do povo de Wyvern abençoado, assim como seu arco e as armas dos filhos da bruxa. A maldita conferiu poderes divinos às armas daquelas crianças, sacrificando toda a magia que poderia salvá-la de mim… – contou Neftiry, arrancando mais risadas das outras bruxas. Ela própria riu, mas de nojo e escárnio. – Minhas irmãs, Ba-Ah, a Herege, ensinou magia druídica à uma Fada. A fedelha, última herdeira do povo da luz, atreve-se a se chamar de Feiticeira, Sacerdotiza. – isso foi o que bastou. A algazarra sem fim recomeçou, e todas as bruxas e centauros pareciam revoltados. Fadas só usam magias de cura e proteção, com aquela sua mania de ver luz em tudo. Saber que a última delas era uma Feiticeira ofensiva não era nada bom, porque magia branca e negra combinadas, criam um inimigo poderoso.
- Eu apelo, vossa Alteza, mexa o caldeirão! – pediu um centauro, aos gritos.
- Sim, sim! Mexa! Mexa e descubra onde está esta fada maldita, e onde poderemos matar a ignóbil pirralha que nos traiu! – ajuntou uma bruxa velha, de nome Kreemel.
- Meus súditos, que seja feita a vossa vontade! – aquiesceu Neftiry, já que mexer no caldeirão era tudo o que ela queria. Com um estalar de seus dedos, a peça de ferro do rio Estige(rio para onde vão os mortos) surgiu imensa acima do fogo. A bela feiticeira arrancou um fio de seus cabelos, e jogou dentro do caldeirão, cuspindo em seguida. Sua saliva transformou-se em água, que subiu até a boca do caldeirão. Todos silenciaram, temerosos.
– Feitiço maléfico, maligno e místico, pelo poder de Três vezes Três eu lhe proclamo. Envie os espectros do Reino das Bruxas através de Kual afora, e nos mostre como em quadro o que no exterior acontece agora! – a colher de pau gigante com que Neftiry mexia o caldeirão foi retirada, e a água que lá estava explodiu, indo toda para cima em linha reta, formando algo como que uma tela retangular. Ali, a Ilha dos Grifos surgiu em imagem, totalmente negra depois do fogo. A imagem se arrastou até que revelou um navio, envolto por uma aura azulada de magia divina, vinda do bracelete do Elfo Montanhês. Ele se encontrava pendurado na cabine de vigia, bem no alto da embarcação. Abaixo, na proa, a fada Victoria parecia ter uma conversa interessante com o diminuto gnomo, enquanto seus irmãos praticavam luta de espadas. O olhar de Neftiry alcançou Stefano e Hawns, que treinavam, e suas narinas incharam. Ela sabia bem quem eram eles. E diria às outras. O mais importante é que já sabia onde estavam os Herdeiros. Só restava procurar a traidora. A imagem tremeu mais uma vez, e a levou até um deserto distante, depois de Galohdar, e da Cidade dos Orcs, indo de sul para o norte. A traidora Akemi havia conseguido uma lhama, e montada nela seguia até a Vila Saariana, que ficava próxima da grandiosa Pirâmide invertida. Voltou à reunião saída de seu transe de imagens, enquanto todas as suas irmãs aguardavam suas revelações.
- Minha Excelentíssima Rainha, permita-me transmitir suas revelações. – pediu Mirazéf, um demônio aéreo, meio pássaro, meio humanóide. Sua crueldade e esperteza lhe garantiram durante séculos o posto de Conselheiro Vizir de Neftiry, e talvez seja o único em quem confia além, é claro, de Sadash. Por isso, ela murmurou-lhe no ouvido tudo o que havia visto, e ele gritou tudo á multidão. Todos ficaram excitados ao saber que os inimigos ainda estavam no mar, e exigiram uma ação insidiosa de Neftiry. Ela em tudo concordava, portanto pediu que lhe trouxessem seu Espelho Mágico, que erapassado de Rainha em Rainha das Bruxas.
- Esta noite, irmãs, falaremos às nossa irmãs Sereias que destrocem com a maior precisão possível a embarcação inimiga. Quanto à traidora, nos vingaremos quando chegar a hora. Sadash é Eterno, é Imortal. E quando ele se erguer e nos falar, será o momento de ´punir a todos os outros povos desleais! – com aclamação geral, Neftiry gargalhou e se dirigiu ao Espelho. – Fale-me, mágico Espelho! Mostre-me minhas irmãs Sereias! – uma ventania horrível tomou conta de todo o palácio, e diferente do que as bruxas esperavam, o Espelho nada mostrou. Apenas partiu-se em mil pedaços, assustando todas as mulheres e centauros naquele recinto. Sombras rastejantes invadiram as janelas, e todos gritaram horrorizados, mas Neftiry não. Porque ela reconhecia aquele poder, aquele chegar que ela tanto louvava. Era Sadash, Anjo Negro, Rei de Kual e Detentor do Infinito. As sombras se uniram na forma de um homem forte, coberto com um manto negro feito piche. Asas negras se estendiam quatro metros de cada lado, e às suas costas estava presa uma Foice de dois gumes. Ele baixou o capuz, e revelou um rosto pálido de morte, porém belo e rude. Seus olhos eram verdes-água, e humanos. Bem diferentes dos olhos horrendos das bruxas. Ele parecia de fato, um Anjo Vingador. Parecia, apenas…
- Vinde a mim, bruxas e demônios! Eu sou o vosso pai, patrono e gerador. De mim exala a magia que os sustenta, e de mim exalará o fogo que destruirá nossos inimigos! Neftiry, minha Lady amada, aproxime-se. – mais próxima dele que todos, a Rainha das Bruxas foi abraçada e beijada ardentemente. – Deste dia em diante, Kual será nossa! – proclamou o Mestre Negro, sob os urros abafados dos centauros e bruxas. – Minha Dama, não precisará mais do Espelho. Eu mesmo sentarei no trono ao teu lado, pois é chegado o momento. O inimigo se agita, e uma força que se levanta dentro da própria Kual para me deter, está preparada. Reúna nossos aliados, e ordene que marchem contra as principais províncias deste mundo. As Sereias já foram avisadas, e uma armadilha aguarda nossos inimigos na costa das praias de Galohdar. Eu mesmo preparei o exército de Orcs para a guerra, e eles já marcham de sua cidade até as portas do reino dos Homens. Serão eles os primeiros a sentirem o golpe do meu martelo! Ficará a teu encargo despertar nossos golens na Pirâmide Invertida, chamar os piratas do Mar Oriental, invocar as Serpentes do Mar, convocar à guerra os lobisomens, os espectros, os Vermes Gigantes, as Bolhas Sangrentas e os Albatrozes Pútridos. Eu partirei esta noite até as Terras do Norte e acordarei meus dragões, e os demônios que eu mesmo gerei. É o momento do fim para os adoradores dos deuses! O Evangelho do Anjo Negro será a lei eterna!
- Para sempre seja Adorado! Para sempre seja Temido! Para sempre seja Lembrado! – gritou o povo, enquanto Sadash se retirava da Sala dos Tronos, seguido de perto por Neftiry. Se nossos heróis ao menos soubessem o que os aguardava, talvez tivessem mais cautela. Mas partir para o desconhecido sempre será a real aventura dos viajantes, daqueles que nunca desistem de lutar pelo que acreditam. Talvez seja esta a única arma real que o mal encontra sempre viva no bem. A essência do ser e do querer proteger. Do querer amar…
Victoria estava enjoada de novo. Nos últimos dois dias sua vida não tinha sido nada boa. Pancadas constantes nos cascos do navio pareciam indicar que algo queria eles bem presos e mortos no fundo do mar. Por umas duas vezes Tripatorpe e Lucas afirmaram ter visto silhuetas femininas se movendo sob as águas. Se eram sereias, elas não deveriam estar tendo muito sucesso em passar pela barreira de Ba-Ah, que parecia ter pensado em tudo. Aliás, tudo o que o grupo conseguia fazer nos últimos tempos era pensar nela, e sobre tudo o que ela disse. De acordo com Ba-Ah, eles iam ter que encontrar um bardo chamado Marcos, e alguém que os poderia trair no caminho. Para Stefano e Victoria isso nem era o mais importante, mas sim o fato de chegar vivos no conjunto de ilhas de Galohdar. Chuva após sol e noite após noite, Victoria não distinguia nada de diferente no orizonte. Lucas porém, com sua visão élficas afirmava já poder ver as Três Ilhas dos Profetas, que circundavam a Ilha-Continente de Galohdar. Decidiram fazer um jantar reforçado naquela noite, e assarma presunto e duas galinhas. Victoria abdicara de carne ao se tornar uma Feiticeira Druídica, então alimentou-se de pão, leite, mel, nabos e vinho. Os garotos comiam feito louco, exceto Lucas, que parecia ter um paladar mais refinado. Tripatorpe já estava roncando no sexto prato, pois bebera o vinho sem diluir na água. Stefano havia descido para dormir, e Hawns subira até a cabine de vigilância para observar a lua, coisa que fazia sem parar sempre que ela estava cheia. Ninguém sabia na Ilha dos Grifos, mas Lucas contou à uma Victoria estarrecida, que se tratava de um mestiço de lobisomen com humano. O fato não surpreendia, mas era problemático, pois se Hawns provasse o sangue humano, poderi se transformar para sempre num selvagem. E o fato de Ba-Ah ter morrido, tirava dele a influência positiva dela. Quanto mais tempo ele viejasse pelo mundo, maior seria a tentação do sangue humano. Sangue das outras raças, em compensação, de nada serviam.
- Eu não sei o que faço, Lucas. Sinto como se o peso do mundo estivesse nas minhas costas… Nem sei o que nos espera quando chegarmos à primeira Ilha dos Profetas. – comentou Victoria, nervosa. Ela e Lucas estavam lavando a louça suja, e guardando os alimentos que não foram ingeridos.
- Eu entendo, Deyn. – Lucas nunca a chamava pelo nome humano. – Eu também não me sinto confortável com isto, mas sei que temos um dever a cumprir. Em nós levamos a esperança de duas raças, e fomos conectados por uma magia antiga, lançada pela bruxa que nos salvou. Eu mal a conheço, e sinto como se não pudesse me afastar de você! Devem haver mistérios para explicar tudo isto, e lendas para tornarmos reais. Mas devemos fazer isso tudo juntos. Eu conto com você. – declarou Lucas.
- Eu, eu prometo que vou me esforçar para aceitar isso como é. Juro que vou tentar entender esse laço entre nós, e vou ficar perto de você. – prometeu Deyn. – Se bem que a última parte nem é tão difícil… - Victoria ia beijar Lucas, e podia sentir seus lábios quase se encostando… Quando uma tosse forçada surgiu atrás deles. Era Stefano, e tinha uma cara de poucos amigos. Victoria sorriu para ele. – Boa noite. – desejou à Lucas, apertando a bochecha dele e descendo até a cabine de passageiros com Stefano. Lucas ficou ainda um bom tempo parado sob a luz do luar, sentindo os vultos sensuais e malignos das Sereias se agitando sob as águas na esperança de quebrar o feitiço de Ba-Ah.
No dia seguinte até mesmo os que possuíam uma vista comum podiam enxergar a primeira Ilha dos Profetas. Gaivotas e Mannutis iam até onde alcançava a vista, parecendo encontrar-se com o sol à pino, sem nunca arderem em suas labaredas. Victoria segurava o cetro de sua mãe, observando maravilhada enquanto a ilha se aproximava. Todos compartilhavam a mesma empolgação, até que uma dor de cabeça como o espetar de mil agulhas sacudiu seu corpo. Victoria caiu, mas foi amparada por Lucas e Stefano, que a levaram para baixo. No acesso de dor, ela sabia que gritava coisas sem nexo, mas nem lembrava exatamente do quê. Sentiu tapinhas no rosto, gritos pelo seu nome e sacudidas em seu corpo. Tripatorpe encostou seu medalhão em suas têmporas, e aí sim ela conseguiu pensar com clareza. Agora que se lembrava do que vira, preferia esquecer. Uma armadilha terrível os esperava em qualquer uma das Ilhas dos Profetas. Mas não foi só isso que ela viu. Um homem de negro, com asas enormes, beijando a mulher que matara sua mãe. Ela viu criaturas horríveis com corpos de cavalos da cintura para baixo, um demônio-ave, e centenas de bruxas em tronos tão feios quanto elas. Ou belos, no caso de algumas…
- Lucas, ordene ao bracelete que vá direto para Galohdar! Não podemos descer em nenhuma destas ilhas! – implorou Victoria, choramingando.
- Mas irmã, nossa água está acabando! Precisamos de mais! – protestou Stefano. – Porquê não ir até uma dessas ilhas?
- Não podemos! Orcs enormes já tomaram as três, e aderiram aos territórios da Aliança Sadashiana, É o Anjo Negro, aquele que caiu em Kual na noite que nossos pais morreram! Ele está dominando as trevas em nosso mundo. Deuses, ele é tão forte! Como vamos vencer uma criatura horrenda e maldosa dessas, que… - um tapa na cara de Victoria à trouxe de volta. Era Tripatorpe, que aplicou seu medalhão sobre ela de novo, acalmando-a.
- Eu vivi por muitas décadas para ignorar uma visão de sacerdotiza. Se a sucessora de Ba-Ah diz que tem má notícia nas Ilhas, eu não piso nelas. Antes morrer de fome que virar pedra e quebrar na mão dessas bruxas e orcs devoradores de gnomos… - reclamou Tripatorpe, medroso.
- Ok, eu voto pra irmos direto. – apoiou Hawns.
- Idem. – confirmou Lucas, deixando Stefano sozinho na votação. Como nada podia fazer, ele mudou o voto. Então fomos para Galohdar direto.
Não há palavras para descrever o que o grupo passou nos três dias seguintes sem água. As pancadas das Sereias se tornavam enlouquecedoras, e a sede não podia ser vencida com vinho. Frutas também de nada serviam. O pior é que tiveram de ficar sem comer, para não acabarem com mais sede ainda. Quando o navio baixou âncora, no terceiro dia, foi um alívio quase que insuportável. Com Deyn no colo, Lucas usou a agilidade élfica para pular uma distância enorme do barco até a praia. Os outros mergulharam na água rasa, e correram para a praia com medo das Sereias. Todos lembraram Victoria para não tocar no bracelete, ou a proteção do navio desligaria e eles ficariam presos ali para sempre. Se embrenharam um pouco na mata depois da praia, e numa surpresa estranha, Hawns começou a farejar, correndo feito um lobo. Do nada, ele encontrou uma fonte de água limpa, que todos beberam até dizer chega. Dormiram na sombra de uma árvore de Galohdar, ignorando totalmente aqueles que viviam por ali antes. E esse, foi um dos maiores erros deles em toda a viagem…
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
aaaaaaaaaaaaaaaa
como 1 livro a parte + agoniante é o final de 1 captulo, + a diferença é q em livros é só virar a pagina q a agonia acaba. Aki temos q esperar até ela escrever dinovo auhauhauha
+ vendo como esta ficando vá lhe a pena esperar pelo próximo
Tah ficando otima a fic, como eu te disse antes, vc deveria seriamente começar a escrever seus projetos para futuros livros
Parabens Vic
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
OBRIGADA A TODOS PELOS COMENTÁRIOS MARAVILHOSOS!
Bom, esclarecendo a dúvida do StarSlayer, eu queria dizer que TODOS que se inscreveram e foram aprovados estarão na fic. Ela ainda está no comecinho, e tem muitas coisas pra aparecerem ainda. Os vilões serão TODOS criados por mim. Os players serão mocinhos. No próximo capítulo eu mostrarei mais alguns, e se não foi percebido, Akemi já foi citada nesse episódio, Aguardem, porque muitos monstros e segredos ainda vão surgir no reino de Kual, e quem viver, verá...
OBS: a pertir de agora a letra será branca em todos os capítulos. Bjs.
Bom, esclarecendo a dúvida do StarSlayer, eu queria dizer que TODOS que se inscreveram e foram aprovados estarão na fic. Ela ainda está no comecinho, e tem muitas coisas pra aparecerem ainda. Os vilões serão TODOS criados por mim. Os players serão mocinhos. No próximo capítulo eu mostrarei mais alguns, e se não foi percebido, Akemi já foi citada nesse episódio, Aguardem, porque muitos monstros e segredos ainda vão surgir no reino de Kual, e quem viver, verá...
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
Victoria ve se me coloca como um guerreiro nao quero ser um dos medrosos ok ?
Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
Muito Bom o epi ^^ Agoniante o final que deixa a pessoa curiosa a saber o que acontece .-. Mas muito bom o episodio ^^
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
ta show vic,to ansiosso para aparecer quero ser um pessonegem alido que fica junto pra batalhar,me coloca como uma personagem meio celeste e bonito ta bom?ta muito legal sua fic continua e me responde!
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
personalidade: corajoso,romantico,daria sua vida pelo seu amor verdadeiro e estrategista
idade 13 (na fanfic)
animal qe se indetifica: raposa
estilo de se vestir: blusa preta e calça jeans azul claro tenis adidas branco+preto+roxo
tipo favorito de personagem rpg: necromante
poder sobrenatural: controlar o poder das chamas negras e aprender a tecnica suprema as chamas negras mortais
raça favorita: humanas
descriçao da aparencia: fala pouco, ama em silencio uma garota em particular tem cabelos castanhos e olhos azuis(de verdade) com franja para frente
idade 13 (na fanfic)
animal qe se indetifica: raposa
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
Episódio Quatro: Galohdar, a Cidade dos Homens.
Victoria acordou ao mesmo tempo em que seu sonho terminava. De alguma maneira, ela tinha certeza de que tivera uma visão dada pelos deuses. Não porque o sonho fosse vivído, mas porque era o tipo de sonho que lhe fazia imergir eternamente, até que acabava sem explicação. Nela ela via novamente os Orcs terríveis que haviam tomado por completo as três ilhas que cercavam a ilha-continente de Galohdar. A Cidade dos Homens certamente seria atacada em breve, disso ela tinha certeza. Mas outra coisa da qual teve certeza naquele mesmo momento de despertar, é de que algo estava muito errado. Porque a sombra da árvore onde haviam adormecido naquela tarde não mais existia, e porque de alguma maneira inexplicável, ela estava se movendo na noite, sendo carregada por algum ser desconhecido. Nem é preciso mencionar que Victoria gritou como uma louca ensandecida, prestes à ter um filho numa charneca abandonada, sob uma chuva torrencial. O ser que a carregava a largou de susto, e então elaconseguiu ver de que se tratava a tal criatura.
Nada mais nada menos que um minotauro de dois metros e meio de altura a encara, com seus gigantescos olhos de botão negro, como escaravelhos lustrosos. Ele tinha um porrete na mão esquerda, e com a direita a estava levando, antes que ela saísse de seu abraço. Olhou em volta, e sua espinha arrepiou-se inteira. Lucas, Hawns, Tripatorpe e Stefano também estavam sendo levados, e sem sequer acordarem de seu sono. Seu captor bateu com o porrete na mão livre, se preparando para agarrar Deyn Victoria e a prender novamente. Mas ele nem precisou, porque a sacerdotiza em treinamento desmaiou de medo, ao notar que eles também haviam confiscado todas as armas mágicas do grupo. Ela só acordou no dia seguinte, sentindo o suor quente grudando em suas costas, e seu ombro esquerdo sendo ferido por algo muito duro. Ao abrir totalmente os olhos percebeu que se tratava de uma jaula de madeira, e que o peso de seu corpo inteiro estava apoiado contra uma das gradas grossas. Olhou em volta e reconheceu Hawns e Tripatorpe ali. Também havia um jovem de sedosos cabelos negros, e um sobre-tudo que parecia de couro, da mesma cor. Ele parecia pálido como a morte, e dormia. Desesperada, Victoria olhou ao redor, e viu uma segunda jaula. Ali estavam Stefano e Lucas, junto com uma criatura que ela nunca tinha visto. Se tratava de um duende, com seus pés um tanto maiores que o normal, seu nariz e orelhas pontudos, e uma aparência feliz e jovial. Os três estavam acordados.
- Victoria! Que bom que está bem! – se alegrou Lucas, e Stefano chegou perto para olhar também.
- É verdade, foi um susto e tanto! E como vamos sair daqui? Alguma ideia? – indagou, feliz e nervoso.
- Como vocês conseguem rir, hein? – irritou-se Victoria. – Meninos… A gente na beira de ser devorado por uns touros musculosos, e eles riem pensando que vão lutar e vencer… - ela se voltou para os outros, novamente. – Eu vou acordar Hawns e Tripatorpe primeiro. Depois decidimos alguma coisa…
- Acorde esse cara aí também! – pediu Stefano.
- Ok. – foi a resposta de Victoria. – Hei, Hawns. – o sacudiu de leve. – Acorde, maninho. – ele abriu os olhos, e ela passou para Tripatorpe. – Tripa! Acorda, vamos! Preguiçoso! – ralhou, sacudindo o gnomo, que acordou de um salto.
- Hora, mas quanta delicadeza, minha senhora! – reclamou, mas acabou rindo.
- Olá, menino. Por favor, acorde. – pediu Victoria, tocando o ombro do garoto de cabelos negros. A mão forte dele agarrou o pulso dela com tanta velocidade e violência, que a assustou. Ela deu um gritinho, e Stefano e Lucas se grudaram nas grades de sua jaula, tentando ver o que estava acontecendo.
- Hrrrrr! Largue minha irmã! – gritou Hawns, e seus caninos cresceram como os de um vampiro. Sua unhas também cresceram, e ele correu para perto da irmã. O garoto estranho que a agarrava provavelmente percebeu que não era inimiga, ou ficou com medo do meio-lobisomen, porque a largou na mesma hora.
- Ora, me desculpe loira. Como vocês podem perceber, não estamos numa situação muito boa por aqui. Achei que eu seria o próximo a virar jantar. – disse o rapaz, sacudindo o pó de sua roupa.
- Olá, eu sou Victoria. Estes são Hawns e Tripatorpe. Os que estão na outra jaula são Stefano e Lucas. Não sei o nome do duende. E você, como se chama? – apesar da dor que sentia nos pulsos, Victoria era gentil e bondosa.
- Pode me chamar de Rinald. Sou um Curandeiro Negro, e uso as sombras como instrumento de cura. Me deixe ver seu pulso. – ele puxou a mão da fada entre as suas, e ela sentiu uma dormência se apoderar do lugar machucado. Sombras partiram das mãos de Rinald, e depois a vermelhidão do aperto sumiu inteira. Estava curada.
- Que incrível! Eu curo também, mas não com essa rapidez! – contou a menina.
- Ninguém cura com a minha rapidez. Mas você deve ser boa nisso. – sorriu o curandeiro, com um pouco de ironia.
- Hei, Tripa! Avisa a esse cara que ele vai levar uma surra por ter machucado minha irmã, e por estar dando em cima dela agora! – gritou Stefano, da outra jaula.
- Deuses, mas que irmão protetor! – brincou Victoria. – Então, Rinald, sabe como podemos fugir daqui?
- Eu já tentei. E também os outros dois que foram presos junto comigo. Agora eles viraram almoço e jantar de minotauro, e eu resolvi só esperar a minha vez. – resignou-se o curandeiro.
- Hora, mas isso quer dizer que você pode abrir as jaulas! – interveio Hawns, com esperança.
- Não seja burro. – cortou Rinald. – Você também pode abri-las, com essas garras enormes. O problema é depois. Este bando tem uns dez minotauros, e eu não sei vocês, mas não consigo fazer muita coisa numa luta, sem minhas armas. – e isso lembrou a atodos que tinham perdido suas armas, roubadas por aqueles monstros bobos e assustadores.
- Mas que destino horrível para um pobre e inocente gnomo! Oh, deuses, eu nunca devia ter saído do navio! – queixou-se Tripatorpe, sempre covarde.
- Se assustar não ajuda em nada. Eu tive uma ideia. – contou Victoria.
- Conte tudo. – insentivou Hawns, no que Victoria o chamou, e aos outros. Ela contou-lhes seu plano, e esperaram a noite chegar, trazendo com ela uma cortina aos olhos menos desenvolvidos, e um bando de minotauros famintos.
O grupo de minotauros voltou de uma caçada, e pelo visto traziam mais um humano com eles. Vieram na direção da jaula onde Victoria estava presa, e jogaram dentro o pobre homem, que também havia perdido suas armas. Ele caiu estatelado no chão, muito fraco para se erguer novamente. Uma minotaura fêmea(parecia metade vaca, metade mulher, e seria engraçada se não fosse comê-los) se aproximou da jaula e olhou para todos os prisioneiros. Então ela apontou Stefano e Rinald, para que os outros os pegassem. E assim foi feito. Dois minotauros agarraram os escolhidos, e os arrastaram para fora. Uma fogueira do tamanho de cinco homens havia sido acesa, e provavelmente seria ali que as vítimas encontrariam a morte. Victoria estaria desesperada, não fosse seu plano. Ela cutucou Hawns, assinalando que havia chegado o momento. Então o menino-lobisomen se concentrou, e suas unhas se tornaram garras assassinas, e ele golpeou as grades de madeira da jaula, destruindo tudo.
- Agora! – gritou Victoria, para o curandeiro chamado Rinald. Ele estalou os dedos, e sombras imensas voaram na direção da jaula onde Lucas e o duende estavam presos. Eles correram para fora, ao mesmo tempo que Victoria e Tripatorpe corriam auxiliando o prisioneiro humano. Os minotauros estavam tão espantados que demoraram a reagir, mas por fim apanharam suas armas e correram atrás da sua comida.
Com a distração, Stefano e Rinald fugiram de perto da fogueira, e correram como loucos na direção de uma mesa enorme de carvalho, onde dezenas de armas, armaduras, amuletos e jóias das vítimas anteriores haviam sido jogados para se decomporem no abandono. O grupo de minotauros estava cada vez mais perto, e parecia não cansar nunca. Toras de madeira e machados afiados voavam por cima das cabeças de nossos heróis, como tiros mortais. Um deles caiu à centímetros de onde estivera o pé de Victoria, fazendo-a dar um berro de horror. O curandeiro chamado Rinald alcançou a pilha de armas junto com Stefano, e eles começaram a remecher em tudo. Do nada, uma dupla de minotauros apareceu e os atacou, e o pior é que eles ainda não tinham achado suas armas. Stefano no desespero pegou um colar brilhante e jogou no primeiro Minotauro, que explodiu e virou uma pilha de flores silvestres. O colar encontrado devia ser uma relíquia mágica perdida, o a surpresa dele por conseguir se livrar de um dos monstros foi tanta que ele até riu. O segundo o socou, mas ele conseguiu abaixar à tempo. Naquele momento o tal de Rinald achou sua arma. Um cetro, mas muito mais curto que o de Victoria, e negro como onix. Um raio negro saiu do mini-cetro, e atingiu o minotauro em cheio, desmaiando-o. Enquanto isso, Lucas usava sua velocidade élfica para correr em volta do acampamento dos monstros, distraindo-os. O duende chegou correndo à pilha de armas, junto com Victoria, Hawns, Tripatorpe e o humanos desconhecido. Lucas se juntou a eles em seguida, e eles se viram cercados por dezenas de minotauros, que pareciam muito interessados em arrancar-lhes a pele camada por camada. Passaram as armas de cada um da mão em mão, e Victoria percebeu que estava tremendo quando apertou o cetro de sua mãe. O primeiro machado foi lançado, e tudo o que ela pôde fazer foi erguer o cetro em resposta, e pedir ajuda da luz. Lembrou do que sua mãe fizera para defender a vila, e imaginou fazer o mesmo. Claro que ela nunca imaginou que daria certo. A barreira explodiu o machado, protegendo todo o grupo. O bando de minotauros e mulheres-vacas recuou, espantado. Então, cada vez mais machados e porretes foram lançados, e Victoria sentia a berreira rachar ou se enfraquecer em algumas partes.
- Façam alguma coisa! Não estão vendo que ela não vai aguentar mais sozinha? – gritou Rinald, trazendo de volta os outros, que ainda estavam maravilhados demais pela magia de defesa. O arco dos céus formado por nuvens se desfez naquela hora, e um raio da Lua Cheia atingiu o grupo, transformando Hawns. As habilidades de meio-lobisomen dele se manifestaram, tornando-o mais musculoso, suas unahs em garras afiadas e mortais e seus caninos cresceram. Sua cauda aumento, e sua coluna se inclinou, dando-lhe um aspecto mais lupino. Ele uivou, e isso assustou algumas mulheres-vacas do bando.
- Uau! Parece que você foi totalmente transformado, irmãozão! – comemorou Stefano, preparando sua espada, assim como Hawns.
- Eu só espero que ele não devore um de nós! – implorou Tripatorpe, agaichado e tremendo atrás de Lucas, que estava preparando o arco com suas flechas encantadas. O duende também estava abaixado, tremendo de medo ao lado do novo amigo gnomo(foi afinidade à primeira vista). O homem ferido e fraco também estava sentado sobre a grama, se recuperando em meio à delírios e febre.
- Ele ainda tem todos os sentimentos e consciência humanos. – revelou Rinald. – Eu sinto as trevas nele, mas elas só o fortalecem, não dominam. – ele preparou seu mini-cetro, e lançou algumas esferas de energia negra contra os minotauros. Os que foram acertados demaiaram na hora. Algumas flechas de gelo de Lucas também voaram na direção dos inimigos, os acertando e congelando. Victoria não conseguiu segurar mais, e liberou o escudo, caindo sentada. Aí os monstros avançaram novamente, com renovada força de vontade.
- Oh Céus! Oh deuses! Oh vida! – choraram Tripatorpe e o duende, desesperados.
- Vou devorá-los! – gritou Hawns, correndo na direção dos inimigos, com sua katana do vento em punho. Ele cortava e arranhava, e rajadas de vento iam sendo liberadas pelos feitiços que Ba-Ah jogara na espada.
- Guarde alguns pra mim, fominhaaa! – gritou Stefano, se lançando também à luta. Ele ia cortando e perfurando numa velocidade prodigiosa, e algumas pedras ao redor flutavam e seguiam o movimento de sua espada, acertando e ferindo os minotauros. Eles se moviam, enquanto Lucas e Rinald iam acertando os que conseguiam chegar perto. Tripatorpe e o duende pararam de tremer e começaram a pular, torcendo pelo grupo. O homem ferido também havia melhorado, e estava observando a batalha, atento. Em dado momento, algo estranho aconteceu.
Um raio caiu bem perto de Hawns e Stefano, e uma chuva horrorosa se iniciou, como que se o céu estivesse em lágrimas. As armas que os minotauros haviam roubado de centenas de aventureiros, mercenários, guerreiros e magos, começaram a vibrar e se agitar, revolvendo-se num processo entre o derreter e o fundir. Victoria sentiu magia negra agindo nas armas, e gritou para que todos saíssem de perto. Foi tão rápido que ninguém falou nada. Eles simplesmente correram e se jogaram ao chão, no momento em que pedaços das armas voaram para todos os lados. Se ergueram, acreditando ter passado o pior. Foi então que viram que onde caía um pedaço de arma, nascia um novo minotauro adulto. Eles não podiam saber, mas era a Rainha das Bruxas, Neftiry, que os via de seu caldeirão, e lançava uma maldição para sacrificar a magia e as almas dos que foram mortos em troca de novos minotauros.
- Hawns, Stefano! Recuem! Tem muitos deles! – gritou Victoria.
- Me dê uma espada, eu posso ajudar! – pediu o homem desconhecido.
- Tome aqui! – disse Lucas, puxando a que ele levava em sua cintura. – E qual seu nome, parceiro?
- Eu sou Viktor Thompson, servo do Rei Dastian de Galohdar, e um dos Três Cavaleiros Reais. É um prazer lutar ao lado daqueles que salvaram minha vida. – apresentou-se o ponposo cavaleiro.
- Não agradeça ainda. Podemos morrer em instantes! – lembrou Tripatorpe, sempre valente…
E então, a luta recomeçou, e muito mais difícil. A cada minotauro morto, apareciam mais dois. Victoria passou à função de proteger Tripatorpe e o duende(ele disse que seu nome era Marcus, e era um bardo) dos minotauros que chegavam mais perto. Ela lançava labaredas de fogo, ou raios de luz branca que destruiam os monstros. Lucas e Rinald estavam um pouco à frente dela, atacando com flechas e magia. Tripatorpe lhe lançava pequenos raios de cura, de seu amuleto, para aumentar-lhe a pontaria e a força. Stefano, Hawns e Victor estavam ainda mais à frente, lutando corpo à corpo com os inimigos. Eles se moviam com dificuldade, e em um certo momento, o tempo parecia nunca passar. Os inimigos só aumentavam, e eles só se cansavam. O mundo caiu quando um porrete de madeira que foi lançado acertou as costas de Hawns, que caiu na hora e voltou à forma humana. Stefano gritou e correu em auxílio junto com Viktor, mas só podiam lutar para salvar a própria vida. Victoria também estava chorando e em desespero, quando o soar de trompas os surpreenderam. Olharam em volta da clareira que servia de acampamento aos minotauros, e avistaram soldados ao norte, segurando o símbolo de Galohdar, que eram os oito anéis de prata. Um homem tocava a trompa, e cerca de uns trinta soldados e arqueiros vinham atrás, em combate aos minotauros. O combate pareceu duras segundos, mas foram horas. Com ajuda da tropa humana, nossos heróis venceram os monstros, e os poucos que não morreram(em sua maioria mulheres-vacas), correram para longe, aterrorizados. Não tiveram muito tempo para registrar a vitória, pois tinham que socorrer Hawns. Tripatorpe colocou seu amuleto sobre os ferimentos do amigo, e o Curandeiro Negro usou suas sombras para curar os ossos quebrados. De acordo com os dois curandeiros, o gnomo e o demônio(todos perceberam que Rinald era um demônio, pois seus olhos se tornaram vermelhos durante a batalha). Mas Hawns dormiria por muito tempo, antes de acordar recuperado. Portanto, precisariam voltar ao navio.
- Sinto muito, mas o navio dos senhores está inviável, no momento. – informou o capitão da guarda, chamado Drix. Ele era um dos parceiros de Viktor, no trio real de proteção ao rei. – Ele foi levado por alguns de nossos soldados até o Porto de Gavs, no norte. As outras regiões de Galohdar estão sob ataque, e não é seguro navegarem em guerra. Pela sua bravura, e pelos poderes que possuem, eu os levaria à presença do rei. Ele não se negará a dar-lhes abrigo e comida em troca do uso de seus poderes na guerra contra os malditos orcs! – disse Drix.
- Nós ajudaremos. Precisamos ir à Galohdar. – lembrou Victoria. – E precisamos da sua ajuda, duende. Somente você pode nos ajudar a salvar esse mundo! – implorou, virando-se para Marcus.
- E-Eu?! Minha senhora, se deseja os meus serviços, eu os darei. Mas sob a condição de que ao fim dos meus serviços, eu seja liberado da dívida por terem salvo minha vida. Combinado ? – pediu o duende.
- Sim, eu juro! – prometeu Victoria, apertando a mão dele. Depois se virou para o curandeiro negro. – E você, Rinald? Vem conosco?
- Embora tenham salvo minha vida, não devo nada a vocês, porque não teriam conseguido sem mim. Se vocês e esse rei querem meus serviços, saibam que tenho um preço. E ele inclui muito ouro, e um cavalo de raça! – anunciou o demônio, sempre garganhando.
- Esses demônios! Que assim seja, oh ser ingrato! O rei de Galohdar lhe pagará os tributos pelo trabalho! Agora vamos para casa, antes que as criaturas horrendas que enfrentamos achem reforço. – chamou Drix, cedendo seu cavalo ao colega chamado Viktor, que foi o motivo para que as tropas humanas fossem mandadas para as florestas. Os minotauros se aliaram às forças de Sadash, e se tinham capturado Viktor enquanto caçava, não ficariam se uma resposta à altura. Assim eles acabaram topando com o grupo de Victoria.
A viagem foi confortável, pois uma liteira foi cedida especialmente para Victoria, Tripatorpe e o duende, que eram considerados mais necessitados e importantes que os homens, pois eram uma mulher e duas criaturas mágicas. Durante umas duas horas, andaram e marcharam, até que ao leste avistaram a imponente Cidadela de Mármore, capital de Galohdar. Muralhas enormes circulavam o palácio, com montes de arqueiros à postos. Um fosso cheio de cronapides (crocodilos com rabo de escorpião e pinças de lagosta) era coberto pela ponte elevadiça, que baixou para permitir a entrada dos favoritos do rei, e seus convidados. Victoria tinha certeza que muitos desafios seriam enfrentados e muitos segredos seriam descobertos naquela cidade. Só restava esperar para reconhecer e viver o que os aguardava naquela impressionante Cidade dos Homens…
Victoria acordou ao mesmo tempo em que seu sonho terminava. De alguma maneira, ela tinha certeza de que tivera uma visão dada pelos deuses. Não porque o sonho fosse vivído, mas porque era o tipo de sonho que lhe fazia imergir eternamente, até que acabava sem explicação. Nela ela via novamente os Orcs terríveis que haviam tomado por completo as três ilhas que cercavam a ilha-continente de Galohdar. A Cidade dos Homens certamente seria atacada em breve, disso ela tinha certeza. Mas outra coisa da qual teve certeza naquele mesmo momento de despertar, é de que algo estava muito errado. Porque a sombra da árvore onde haviam adormecido naquela tarde não mais existia, e porque de alguma maneira inexplicável, ela estava se movendo na noite, sendo carregada por algum ser desconhecido. Nem é preciso mencionar que Victoria gritou como uma louca ensandecida, prestes à ter um filho numa charneca abandonada, sob uma chuva torrencial. O ser que a carregava a largou de susto, e então elaconseguiu ver de que se tratava a tal criatura.
Nada mais nada menos que um minotauro de dois metros e meio de altura a encara, com seus gigantescos olhos de botão negro, como escaravelhos lustrosos. Ele tinha um porrete na mão esquerda, e com a direita a estava levando, antes que ela saísse de seu abraço. Olhou em volta, e sua espinha arrepiou-se inteira. Lucas, Hawns, Tripatorpe e Stefano também estavam sendo levados, e sem sequer acordarem de seu sono. Seu captor bateu com o porrete na mão livre, se preparando para agarrar Deyn Victoria e a prender novamente. Mas ele nem precisou, porque a sacerdotiza em treinamento desmaiou de medo, ao notar que eles também haviam confiscado todas as armas mágicas do grupo. Ela só acordou no dia seguinte, sentindo o suor quente grudando em suas costas, e seu ombro esquerdo sendo ferido por algo muito duro. Ao abrir totalmente os olhos percebeu que se tratava de uma jaula de madeira, e que o peso de seu corpo inteiro estava apoiado contra uma das gradas grossas. Olhou em volta e reconheceu Hawns e Tripatorpe ali. Também havia um jovem de sedosos cabelos negros, e um sobre-tudo que parecia de couro, da mesma cor. Ele parecia pálido como a morte, e dormia. Desesperada, Victoria olhou ao redor, e viu uma segunda jaula. Ali estavam Stefano e Lucas, junto com uma criatura que ela nunca tinha visto. Se tratava de um duende, com seus pés um tanto maiores que o normal, seu nariz e orelhas pontudos, e uma aparência feliz e jovial. Os três estavam acordados.
- Victoria! Que bom que está bem! – se alegrou Lucas, e Stefano chegou perto para olhar também.
- É verdade, foi um susto e tanto! E como vamos sair daqui? Alguma ideia? – indagou, feliz e nervoso.
- Como vocês conseguem rir, hein? – irritou-se Victoria. – Meninos… A gente na beira de ser devorado por uns touros musculosos, e eles riem pensando que vão lutar e vencer… - ela se voltou para os outros, novamente. – Eu vou acordar Hawns e Tripatorpe primeiro. Depois decidimos alguma coisa…
- Acorde esse cara aí também! – pediu Stefano.
- Ok. – foi a resposta de Victoria. – Hei, Hawns. – o sacudiu de leve. – Acorde, maninho. – ele abriu os olhos, e ela passou para Tripatorpe. – Tripa! Acorda, vamos! Preguiçoso! – ralhou, sacudindo o gnomo, que acordou de um salto.
- Hora, mas quanta delicadeza, minha senhora! – reclamou, mas acabou rindo.
- Olá, menino. Por favor, acorde. – pediu Victoria, tocando o ombro do garoto de cabelos negros. A mão forte dele agarrou o pulso dela com tanta velocidade e violência, que a assustou. Ela deu um gritinho, e Stefano e Lucas se grudaram nas grades de sua jaula, tentando ver o que estava acontecendo.
- Hrrrrr! Largue minha irmã! – gritou Hawns, e seus caninos cresceram como os de um vampiro. Sua unhas também cresceram, e ele correu para perto da irmã. O garoto estranho que a agarrava provavelmente percebeu que não era inimiga, ou ficou com medo do meio-lobisomen, porque a largou na mesma hora.
- Ora, me desculpe loira. Como vocês podem perceber, não estamos numa situação muito boa por aqui. Achei que eu seria o próximo a virar jantar. – disse o rapaz, sacudindo o pó de sua roupa.
- Olá, eu sou Victoria. Estes são Hawns e Tripatorpe. Os que estão na outra jaula são Stefano e Lucas. Não sei o nome do duende. E você, como se chama? – apesar da dor que sentia nos pulsos, Victoria era gentil e bondosa.
- Pode me chamar de Rinald. Sou um Curandeiro Negro, e uso as sombras como instrumento de cura. Me deixe ver seu pulso. – ele puxou a mão da fada entre as suas, e ela sentiu uma dormência se apoderar do lugar machucado. Sombras partiram das mãos de Rinald, e depois a vermelhidão do aperto sumiu inteira. Estava curada.
- Que incrível! Eu curo também, mas não com essa rapidez! – contou a menina.
- Ninguém cura com a minha rapidez. Mas você deve ser boa nisso. – sorriu o curandeiro, com um pouco de ironia.
- Hei, Tripa! Avisa a esse cara que ele vai levar uma surra por ter machucado minha irmã, e por estar dando em cima dela agora! – gritou Stefano, da outra jaula.
- Deuses, mas que irmão protetor! – brincou Victoria. – Então, Rinald, sabe como podemos fugir daqui?
- Eu já tentei. E também os outros dois que foram presos junto comigo. Agora eles viraram almoço e jantar de minotauro, e eu resolvi só esperar a minha vez. – resignou-se o curandeiro.
- Hora, mas isso quer dizer que você pode abrir as jaulas! – interveio Hawns, com esperança.
- Não seja burro. – cortou Rinald. – Você também pode abri-las, com essas garras enormes. O problema é depois. Este bando tem uns dez minotauros, e eu não sei vocês, mas não consigo fazer muita coisa numa luta, sem minhas armas. – e isso lembrou a atodos que tinham perdido suas armas, roubadas por aqueles monstros bobos e assustadores.
- Mas que destino horrível para um pobre e inocente gnomo! Oh, deuses, eu nunca devia ter saído do navio! – queixou-se Tripatorpe, sempre covarde.
- Se assustar não ajuda em nada. Eu tive uma ideia. – contou Victoria.
- Conte tudo. – insentivou Hawns, no que Victoria o chamou, e aos outros. Ela contou-lhes seu plano, e esperaram a noite chegar, trazendo com ela uma cortina aos olhos menos desenvolvidos, e um bando de minotauros famintos.
O grupo de minotauros voltou de uma caçada, e pelo visto traziam mais um humano com eles. Vieram na direção da jaula onde Victoria estava presa, e jogaram dentro o pobre homem, que também havia perdido suas armas. Ele caiu estatelado no chão, muito fraco para se erguer novamente. Uma minotaura fêmea(parecia metade vaca, metade mulher, e seria engraçada se não fosse comê-los) se aproximou da jaula e olhou para todos os prisioneiros. Então ela apontou Stefano e Rinald, para que os outros os pegassem. E assim foi feito. Dois minotauros agarraram os escolhidos, e os arrastaram para fora. Uma fogueira do tamanho de cinco homens havia sido acesa, e provavelmente seria ali que as vítimas encontrariam a morte. Victoria estaria desesperada, não fosse seu plano. Ela cutucou Hawns, assinalando que havia chegado o momento. Então o menino-lobisomen se concentrou, e suas unhas se tornaram garras assassinas, e ele golpeou as grades de madeira da jaula, destruindo tudo.
- Agora! – gritou Victoria, para o curandeiro chamado Rinald. Ele estalou os dedos, e sombras imensas voaram na direção da jaula onde Lucas e o duende estavam presos. Eles correram para fora, ao mesmo tempo que Victoria e Tripatorpe corriam auxiliando o prisioneiro humano. Os minotauros estavam tão espantados que demoraram a reagir, mas por fim apanharam suas armas e correram atrás da sua comida.
Com a distração, Stefano e Rinald fugiram de perto da fogueira, e correram como loucos na direção de uma mesa enorme de carvalho, onde dezenas de armas, armaduras, amuletos e jóias das vítimas anteriores haviam sido jogados para se decomporem no abandono. O grupo de minotauros estava cada vez mais perto, e parecia não cansar nunca. Toras de madeira e machados afiados voavam por cima das cabeças de nossos heróis, como tiros mortais. Um deles caiu à centímetros de onde estivera o pé de Victoria, fazendo-a dar um berro de horror. O curandeiro chamado Rinald alcançou a pilha de armas junto com Stefano, e eles começaram a remecher em tudo. Do nada, uma dupla de minotauros apareceu e os atacou, e o pior é que eles ainda não tinham achado suas armas. Stefano no desespero pegou um colar brilhante e jogou no primeiro Minotauro, que explodiu e virou uma pilha de flores silvestres. O colar encontrado devia ser uma relíquia mágica perdida, o a surpresa dele por conseguir se livrar de um dos monstros foi tanta que ele até riu. O segundo o socou, mas ele conseguiu abaixar à tempo. Naquele momento o tal de Rinald achou sua arma. Um cetro, mas muito mais curto que o de Victoria, e negro como onix. Um raio negro saiu do mini-cetro, e atingiu o minotauro em cheio, desmaiando-o. Enquanto isso, Lucas usava sua velocidade élfica para correr em volta do acampamento dos monstros, distraindo-os. O duende chegou correndo à pilha de armas, junto com Victoria, Hawns, Tripatorpe e o humanos desconhecido. Lucas se juntou a eles em seguida, e eles se viram cercados por dezenas de minotauros, que pareciam muito interessados em arrancar-lhes a pele camada por camada. Passaram as armas de cada um da mão em mão, e Victoria percebeu que estava tremendo quando apertou o cetro de sua mãe. O primeiro machado foi lançado, e tudo o que ela pôde fazer foi erguer o cetro em resposta, e pedir ajuda da luz. Lembrou do que sua mãe fizera para defender a vila, e imaginou fazer o mesmo. Claro que ela nunca imaginou que daria certo. A barreira explodiu o machado, protegendo todo o grupo. O bando de minotauros e mulheres-vacas recuou, espantado. Então, cada vez mais machados e porretes foram lançados, e Victoria sentia a berreira rachar ou se enfraquecer em algumas partes.
- Façam alguma coisa! Não estão vendo que ela não vai aguentar mais sozinha? – gritou Rinald, trazendo de volta os outros, que ainda estavam maravilhados demais pela magia de defesa. O arco dos céus formado por nuvens se desfez naquela hora, e um raio da Lua Cheia atingiu o grupo, transformando Hawns. As habilidades de meio-lobisomen dele se manifestaram, tornando-o mais musculoso, suas unahs em garras afiadas e mortais e seus caninos cresceram. Sua cauda aumento, e sua coluna se inclinou, dando-lhe um aspecto mais lupino. Ele uivou, e isso assustou algumas mulheres-vacas do bando.
- Uau! Parece que você foi totalmente transformado, irmãozão! – comemorou Stefano, preparando sua espada, assim como Hawns.
- Eu só espero que ele não devore um de nós! – implorou Tripatorpe, agaichado e tremendo atrás de Lucas, que estava preparando o arco com suas flechas encantadas. O duende também estava abaixado, tremendo de medo ao lado do novo amigo gnomo(foi afinidade à primeira vista). O homem ferido e fraco também estava sentado sobre a grama, se recuperando em meio à delírios e febre.
- Ele ainda tem todos os sentimentos e consciência humanos. – revelou Rinald. – Eu sinto as trevas nele, mas elas só o fortalecem, não dominam. – ele preparou seu mini-cetro, e lançou algumas esferas de energia negra contra os minotauros. Os que foram acertados demaiaram na hora. Algumas flechas de gelo de Lucas também voaram na direção dos inimigos, os acertando e congelando. Victoria não conseguiu segurar mais, e liberou o escudo, caindo sentada. Aí os monstros avançaram novamente, com renovada força de vontade.
- Oh Céus! Oh deuses! Oh vida! – choraram Tripatorpe e o duende, desesperados.
- Vou devorá-los! – gritou Hawns, correndo na direção dos inimigos, com sua katana do vento em punho. Ele cortava e arranhava, e rajadas de vento iam sendo liberadas pelos feitiços que Ba-Ah jogara na espada.
- Guarde alguns pra mim, fominhaaa! – gritou Stefano, se lançando também à luta. Ele ia cortando e perfurando numa velocidade prodigiosa, e algumas pedras ao redor flutavam e seguiam o movimento de sua espada, acertando e ferindo os minotauros. Eles se moviam, enquanto Lucas e Rinald iam acertando os que conseguiam chegar perto. Tripatorpe e o duende pararam de tremer e começaram a pular, torcendo pelo grupo. O homem ferido também havia melhorado, e estava observando a batalha, atento. Em dado momento, algo estranho aconteceu.
Um raio caiu bem perto de Hawns e Stefano, e uma chuva horrorosa se iniciou, como que se o céu estivesse em lágrimas. As armas que os minotauros haviam roubado de centenas de aventureiros, mercenários, guerreiros e magos, começaram a vibrar e se agitar, revolvendo-se num processo entre o derreter e o fundir. Victoria sentiu magia negra agindo nas armas, e gritou para que todos saíssem de perto. Foi tão rápido que ninguém falou nada. Eles simplesmente correram e se jogaram ao chão, no momento em que pedaços das armas voaram para todos os lados. Se ergueram, acreditando ter passado o pior. Foi então que viram que onde caía um pedaço de arma, nascia um novo minotauro adulto. Eles não podiam saber, mas era a Rainha das Bruxas, Neftiry, que os via de seu caldeirão, e lançava uma maldição para sacrificar a magia e as almas dos que foram mortos em troca de novos minotauros.
- Hawns, Stefano! Recuem! Tem muitos deles! – gritou Victoria.
- Me dê uma espada, eu posso ajudar! – pediu o homem desconhecido.
- Tome aqui! – disse Lucas, puxando a que ele levava em sua cintura. – E qual seu nome, parceiro?
- Eu sou Viktor Thompson, servo do Rei Dastian de Galohdar, e um dos Três Cavaleiros Reais. É um prazer lutar ao lado daqueles que salvaram minha vida. – apresentou-se o ponposo cavaleiro.
- Não agradeça ainda. Podemos morrer em instantes! – lembrou Tripatorpe, sempre valente…
E então, a luta recomeçou, e muito mais difícil. A cada minotauro morto, apareciam mais dois. Victoria passou à função de proteger Tripatorpe e o duende(ele disse que seu nome era Marcus, e era um bardo) dos minotauros que chegavam mais perto. Ela lançava labaredas de fogo, ou raios de luz branca que destruiam os monstros. Lucas e Rinald estavam um pouco à frente dela, atacando com flechas e magia. Tripatorpe lhe lançava pequenos raios de cura, de seu amuleto, para aumentar-lhe a pontaria e a força. Stefano, Hawns e Victor estavam ainda mais à frente, lutando corpo à corpo com os inimigos. Eles se moviam com dificuldade, e em um certo momento, o tempo parecia nunca passar. Os inimigos só aumentavam, e eles só se cansavam. O mundo caiu quando um porrete de madeira que foi lançado acertou as costas de Hawns, que caiu na hora e voltou à forma humana. Stefano gritou e correu em auxílio junto com Viktor, mas só podiam lutar para salvar a própria vida. Victoria também estava chorando e em desespero, quando o soar de trompas os surpreenderam. Olharam em volta da clareira que servia de acampamento aos minotauros, e avistaram soldados ao norte, segurando o símbolo de Galohdar, que eram os oito anéis de prata. Um homem tocava a trompa, e cerca de uns trinta soldados e arqueiros vinham atrás, em combate aos minotauros. O combate pareceu duras segundos, mas foram horas. Com ajuda da tropa humana, nossos heróis venceram os monstros, e os poucos que não morreram(em sua maioria mulheres-vacas), correram para longe, aterrorizados. Não tiveram muito tempo para registrar a vitória, pois tinham que socorrer Hawns. Tripatorpe colocou seu amuleto sobre os ferimentos do amigo, e o Curandeiro Negro usou suas sombras para curar os ossos quebrados. De acordo com os dois curandeiros, o gnomo e o demônio(todos perceberam que Rinald era um demônio, pois seus olhos se tornaram vermelhos durante a batalha). Mas Hawns dormiria por muito tempo, antes de acordar recuperado. Portanto, precisariam voltar ao navio.
- Sinto muito, mas o navio dos senhores está inviável, no momento. – informou o capitão da guarda, chamado Drix. Ele era um dos parceiros de Viktor, no trio real de proteção ao rei. – Ele foi levado por alguns de nossos soldados até o Porto de Gavs, no norte. As outras regiões de Galohdar estão sob ataque, e não é seguro navegarem em guerra. Pela sua bravura, e pelos poderes que possuem, eu os levaria à presença do rei. Ele não se negará a dar-lhes abrigo e comida em troca do uso de seus poderes na guerra contra os malditos orcs! – disse Drix.
- Nós ajudaremos. Precisamos ir à Galohdar. – lembrou Victoria. – E precisamos da sua ajuda, duende. Somente você pode nos ajudar a salvar esse mundo! – implorou, virando-se para Marcus.
- E-Eu?! Minha senhora, se deseja os meus serviços, eu os darei. Mas sob a condição de que ao fim dos meus serviços, eu seja liberado da dívida por terem salvo minha vida. Combinado ? – pediu o duende.
- Sim, eu juro! – prometeu Victoria, apertando a mão dele. Depois se virou para o curandeiro negro. – E você, Rinald? Vem conosco?
- Embora tenham salvo minha vida, não devo nada a vocês, porque não teriam conseguido sem mim. Se vocês e esse rei querem meus serviços, saibam que tenho um preço. E ele inclui muito ouro, e um cavalo de raça! – anunciou o demônio, sempre garganhando.
- Esses demônios! Que assim seja, oh ser ingrato! O rei de Galohdar lhe pagará os tributos pelo trabalho! Agora vamos para casa, antes que as criaturas horrendas que enfrentamos achem reforço. – chamou Drix, cedendo seu cavalo ao colega chamado Viktor, que foi o motivo para que as tropas humanas fossem mandadas para as florestas. Os minotauros se aliaram às forças de Sadash, e se tinham capturado Viktor enquanto caçava, não ficariam se uma resposta à altura. Assim eles acabaram topando com o grupo de Victoria.
A viagem foi confortável, pois uma liteira foi cedida especialmente para Victoria, Tripatorpe e o duende, que eram considerados mais necessitados e importantes que os homens, pois eram uma mulher e duas criaturas mágicas. Durante umas duas horas, andaram e marcharam, até que ao leste avistaram a imponente Cidadela de Mármore, capital de Galohdar. Muralhas enormes circulavam o palácio, com montes de arqueiros à postos. Um fosso cheio de cronapides (crocodilos com rabo de escorpião e pinças de lagosta) era coberto pela ponte elevadiça, que baixou para permitir a entrada dos favoritos do rei, e seus convidados. Victoria tinha certeza que muitos desafios seriam enfrentados e muitos segredos seriam descobertos naquela cidade. Só restava esperar para reconhecer e viver o que os aguardava naquela impressionante Cidade dos Homens…
Victoria G. Kraft- Poke Regras :
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
ta show mas quando vou aparecer?
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
muito loco ate que matei muito mais a fic ta 10 em !!!!!!!!!!!11
Stefano_The Walking Dead- Poke Regras :
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Humor : '-'
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
Otimo esta perfeita a sua fic amor ^^"
Mat Neba- Poke Regras :
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
A fic é totalmente fo** '-' Porém dá uma preguiça do inferno de ler.. Pois os epis são muito grandes.. Mais vale a pena o tempo perdido .. Os episodios são otimos
Joker_Everton- Poke Regras :
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
VIC quero mudar meu char ta, pq se não vai ficar muito parecido com o do nerd
Vai ser assim agora
--Personalidade:Alegra sempre ajuda os amigos e gosto muito de zuar e ajudar a equipe
--Idade: 17 anos
-- Animal com o qual se identifica: Tigre das neves
-- Estilo de se vestir: ta la em baixo
-- Tipo favorito de personagem RPG: Druida
--Raça Favorita: Elfos
-- Poder Sobrenatural que gostaria: força sobrehumana (super-força), capacidade de controlar todos os elementos
-- Descrição da aparência do personagem:
Vai ser assim agora
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- Spoiler:
MajorTyson- Poke Regras :
Número de Mensagens : 123
Idade : 24
Localização : Votuporanga-SP
Humor : ...
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Re: Fanfic - Reino de Kual-Unouva. - BY:Victoria Kraft.
Somos os senhores das neves U.U
Lucas Nerd- Poke Regras :
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