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Mensagem por Akira' 20th abril 2014, 15:59


  • Aparência:
    Spoiler:
  • Equipe Pokémon - Atual:
    Spoiler:
  • Equipe Pokémon - Futura:
    Spoiler:
  • Introdução:
    Spoiler:


*Post inicial estará sendo atualizado conforme as mudanças em minha equipe.


Última edição por Akira' em 4th junho 2014, 19:25, editado 7 vez(es)
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Mensagem por Akira' 20th abril 2014, 18:17


- A ladra da noite. -
Captura de Purrloin-♀ em Accumula Town



A Route 01 era o início de minha jornada, uma mistura de campo com rota aquática a formava, tendo pinheiros a rodeando de leste a oeste, árvores cujas folhas mudavam de cor e consistência diante da estação que nos encontrávamos. Naquele momento estavam verdes e macias, indicando que era Primavera.
— E então Snivy, quer fazer algo? — Dizia com um tom leve em minha voz, para não assustá-lo logo de início.
A serpente nem ligava para mim, corria de um lado para o outro enquanto observava os Pokémon selvagem que surgiam na grama alta presente ali. Espantando um ou outro com seu olhar amedrontador, que não passava de um Leer.
— Ei Snivy, pare de brincar e vamos indo, Accumula Town fica após aquele cercado ali na frente.
Escutei um ruído de reprovação dele, mas o ignorei. Ainda não nos conhecíamos bem por isso não seria lógico discutir. Continuamos a caminhar um do lado do outro até a cidade. O tempo passava calado, o vento a nossa volta chiava em meus ouvidos o tempo todo conforme o sol ia se pondo no horizonte. O tempo passara rápido, não aparentava ter passado muito tempo desde que sai de casa para iniciar essa jornada, agora já estava no fim do dia. Snivy ainda não me dava muita atenção e continuava a caminhar sem interação alguma comigo, esta era sua personalidade, não podia fazer nada.
Agora estávamos em Accumula Town, uma pequena cidade, praticamente uma vila, que se encontrava entre Nuvema e Striaton, ligando a cidade dos começos e o primeiro desafio de um Treinador. Assim como em minha cidade natal, ali não tinha nada além de casas, exceto um pequeno hotel e um parque gramado onde costumavam ter apresentações de artistas, mas como o dia estava em seu fim não havia nada para se fazer ali. Fui direto ao Centro Pokémon, uma instalação para os aventureiros desse mundo, onde podem descansar e interagir com outras pessoas que treinam Pokémon como eles.
O prédio se dividia em dois andares, o primeiro é onde se encontrava a máquina de cura e o PC – local de armazenamento e troca Pokémon – além de uma pequena loja interna, podendo comprar itens diversos. O segundo andar são os quartos “alugados” para Treinadores passarem a noite ou então descanso de Pokémon seriamente feridos.
Ouvi algumas pessoas comentando sobre um ladrão que aparecia durante a noite e roubava os desavisados, pegando de itens comuns a pessoais e valiosos. Interessei-me rapidamente por ele, se fosse um Pokémon seria um ótimo parceiro, mesmo sabendo que era apenas um novato tentei me informar sobre aquela situação e seguir em frente, perseguindo-o durante a noite.
Logo seguiram contando o que sabiam a mim:
— Sei que é um vulto negro que surge durante a noite, correndo entre as sombras do Centro Pokémon e em seguida desaparece até a noite seguinte. — Dizia um garoto um pouco mais baixo que eu enquanto fazia gestos com suas mãos para sinalizar algumas ações.
Nesse momento surge a Enfermeira Joy completando a fala dele.
— Esse vulto sempre pega objetos que possuem certo brilho, parece que o reflexo criado neles o atrai.
Aquilo foi o suficiente para fazer com que eu saísse atrás dele, vasculhando algo em minha mochila que criasse tal brilho. Não tinha quase nenhum objeto dentro dela, a não ser minha Pokédex, sua tela poderia criar o brilho que eu queria, mas as chances de perdê-la na tentativa era imensa.
Hesitei por um momento, pensativo e fixado no aparelho, até que me decidi. A usaria de qualquer modo, eu queria ver aquele vulto em ação e capturá-lo.
A noite seguiu, a Pokédex deixada sobre minha mochila acima de um feixe de luz, se tornando uma isca favorável. O vulto não demorou a surgir, rápido e com vários saltos apareceu sobre o objeto, roubando ela para si.
— Vá Snivy! — Gritei saindo de trás do sofá onde me escondia. — Ataque ele!
O pequeno Pokémon seguiu com um salto até o que seria seu oponente, iniciando uma batalha logo em seguida.



— Use Vine Whip e o prenda, o trazendo para a luz!
Snivy girou seu corpo pelo ar e liberou dois chicotes dos detalhes amarelos de seu pescoço, lançando-os sobre o vultos e o agarrando com várias voltas. Em seguida o puxou com grande força para cima, jogando seu corpo negro sobre o chão enquanto o iluminava, podendo ver que se tratava de um Purrloin. O felino estava irritado, rosnava com ódio em seus olhos enquanto soltava garras grandiosas de sua pequena pata, apoiando-se somente em suas patas traseiras iniciou outro salto, caindo sobre Snivy enquanto atacava com inúmeros Slash, arranhando várias vezes a pequena serpente.
— Snivy! — Gritei alto, queria sair correndo até lá e socorrê-lo, mas o Pokémon me impedia. Meu parceiro se levantava, tinha um espírito de lutador dentro dele, agora ele realmente queria batalhar. — Ok. Vamos lá, use Wrap!
Envolvendo seu corpo sobre Purrloin, o Pokémon seguia com o ataque ordenado, imobilizando o oponente, também limitando seus movimentos, deixando com que sua capacidade de ataque diminua. O gato rosnava mais alto agora, tentava ao máximo se libertar ao usar Fury Swipes na parte interna da espiral formada por Snivy, fazendo com que ele cedesse cada vez mais.
— Segure firme e use Gastro Acid e molhe seu corpo!
Meu parceiro ouvia seriamente meus comando, assim iniciou o ataque liberando um tipo de líquido sobre si mesmo que o circulava aumentando seu Ataque e Defesa. O adversário ainda seguia com Fury Swipes, dessa vez com menos eficiência, conforme suas garras escorriam pelo seu ácido viscoso.
Purrloin parecia ter desistido de atacar em sequência, agora parava se recolhia seu corpo focalizando uma aura negra sobre a parte inferior de seu corpo. Snivy tentava segurá-lo com uma força maior enquanto aquela energia não parava de aumentar, mas no fim não bastou para nada. Subindo como um vulto, atacou meu Pokémon com um Sucker Punch, batendo seu punho sobre o corpo dele algumas vezes.
— Ok então Purrloin, você pediu por isso. Agora Snivy, o solte e ataque com Leaf Tornado!
Snivy desenrolou seu corpo com uma grande velocidade, lançando seu corpo como uma segunda ação. Finalizando o movimento com o Leaf Tornado, criando uma espiral de folhas na ponta da folha de sua cauda. Jogando-o com uma imensa força conseguiu nocautear o Purrloin com facilidade, descobrindo que sua única arma era a velocidade e não uma defesa ou estratégia.



— Como planejado, está na hora de usá-la. — Olhando para a Poké Ball que já estava em minha mão a joguei em direção dele, esperando que fosse capturado. — Vá Poké Ball!
A esfera puxou o Pokémon para seu interior e ao cair no chão brilhou algumas vezes, deixando alguns movimentos leves. No fim a captura foi realizada, Purrloin não tinha forças para sair da Poké Ball, sendo um sucesso.
Com a situação resolvida, as luzes voltaram a ser acessas, iniciando novamente as atividades do Centro Pokémon.
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Mensagem por Njoy' 20th abril 2014, 19:37

Avaliação:
Boa An adventure begins 1089582442
Você detalhou muito bem sua história e batalha. Achei que deveria ter tido algo a mais na história e no encerramento, mas OK.
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Mensagem por Akira' 20th abril 2014, 23:48


- Batalha pela liberdade. -
Treinamento de Snivy e Purrloin em Accumula Town

O sol surgia lentamente no horizonte, não muito forte, mas grandioso e com um enorme brilho, clareando a tudo conforme o tempo passava. Depois de uma noite cheia de emoção estava exausto, cobria meu corpo com o cobertor fino enquanto me virava para o lado oposto da janela. Snivy estava encolhido sobre um amontoado de almofadas que coloquei no chão, usando-as como uma cama, nem ao menos se importava com o sol devido a gostar de tomar longos banhos daquela luz desconfortável para humanos.
— Desisto... — Descabelado e cansado levantei da cama, como havia acordado mesmo que por alguns segundos não conseguiria dormir, sempre foi assim, mas acabava tentando resistir. — Snivy está acordado.
A serpente parecia muito mais cansado que eu, ainda tinha cortes leves em suas costas da pequena Purrloin que capturei na noite passada. Resolvi deixá-lo descansar mais um pouco, seria por parte um prêmio por ajudar a todos que tiveram seus itens roubados e me auxiliar na primeira captura realizada.
Vestia minha camisa lentamente enquanto me observava no espelho, via a fisionomia de meu corpo e me analisava atentamente. Snivy ainda me ignorava, mas eu podia ouvir seus chiados de reprovação. Terminei de me trocar, finalizando tudo ao colocar meu boné com sua aba virada para trás em minha cabeça. Desci ao outro andar do prédio, procurando a cozinha em busca de algo para comer. Por sorte, quem alugasse um quarto poderia comer de graça no Centro, e meu jeito egoísta agradecia, não gostava nem um pouco de gastar muito dinheiro.
— Pegue um pouco Snivy. — Disse ao entregar um pequeno pote com um pouco de comida Pokémon especial para meu pequeno parceiro. De início ele havia recusado, mas sua fome era inevitável, começou a devorar os pequenos pedaços rapidamente com suas mãos curtas e finas.
— Tem um pouco para você também Purrloin. — Abri um pequeno sorriso em meu rosto ao falar, queria aparentar ser uma boa pessoa para ela, além de ser recém-capturada não parecia ser muito acostumada a interagir diretamente com humanos. Sentia-se deslocada ali.
O silêncio pairava no ar enquanto comíamos isto até surgir um ruído longo e fino, sendo ao mesmo tempo agonizante. Purrloin parecia estar enlouquecendo com aquilo, liberou suas garras e saiu cortando tudo que entrava em sua frente, não queria que ela causasse estragos grandes então peguei minha mochila, retornei Snivy e sai correndo atrás da felina.
Percorri vários corredores e cômodos, eram lugares simples e com uma mobília rústica como a do resto do Centro Pokémon, contudo não deixava de chamar atenção. Seguindo então para fora do prédio. A gatinha seguia correndo com fúria em seus olhos azulados, indo até uma grande caixa de som.
Vendo aquilo, vi imediatamente que arrumaria problemas para mim e teria que pagar pelos equipamentos, então a retornei para a Poké Ball num súbito momento de desespero. O feixe vermelho que saia da esfera se fundiu ao corpo do Pokémon, sugando-o para dentro e em seguida me fazendo cambalear pelo chão, devido à parada repentina na corrida.
— Purrloin, não saia correndo assim, acabará arrumando problemas para você.
Dentro da parte avermelhada da Poké Ball havia pequenos vidros, deixando a vista do Pokémon em seu interior parcialmente nítida. Com isso pude ver Purrloin chiando assim como Snivy fazia contra mim, como um sinal de desaprovação.
Suspirei por um momento e me voltei à construção que tinha ali, de um dia para o outro haviam construído um palco no parque, era impressionante, já que sua grandiosidade não aparentava poder ser construída em tão pouco tempo. Logo começou a apresentação ali, caminhei até a frente do palco e assisti atentamente a tudo que falavam.
— Olá a todos. — Disse um homem com uma voz firme, a meu ver ele era um ser muito estranho, usava roupas longas e coloridas, além de um tapa-olho que mais parecia um pedaço do tecido de sua roupa. — Estou aqui para dizer a todos vocês sobre algo muito importante. Já se perguntaram se esse Pokémon que está presente com você realmente quer um humano o aprisionando em Poké Balls? Se eles realmente querem viver em meio às cidades que foram construídas sobre suas casas? Um Pokémon não merece ser preso, deve ser livre e não ser obrigado a travar brigas insignificantes criadas pela pessoa que o segura. Por isso peço a todos que os libertem!
Todos que assistiam aquela apresentação estavam abismados como eu, me sentia culpado pelo que fazia com Snivy e Purrloin que mesmo me obedecendo às vezes sempre demonstraram repúdio a mim. Peguei a Poké Ball dos dois e as segurei, uma em cada mão tremula, pensava se realmente deveria seguir o que soltá-los e voltar para casa, desistir disso e viver em paz com os Pokémon. Rapidamente meu pensamento foi interrompido pelo som e luzes que surgiam.
As pessoas que estavam ali liberavam seus Pokémon aos poucos enquanto caminhavam para suas casas com expressões de tristeza e algumas até mesmo chorando ao se despedir do Pokémon com abraços e beijos.
— Por que fazem isso? — Disse com amargura em minhas palavras. Não acreditava que quase cai naquilo, o homem que até então falava firmemente estava se retirando rodeado de pessoas com uma roupa azul e preta, muito esquisita por sinal, ele ria incansavelmente como se ver aqueles inúmeros Pokémon livre fossem um enorme prêmio para ele.
Não aguentei ficar ali parado, fui até ele gritei palavras aleatórias para chamar sua atenção, mas as pessoas que o cercavam como um escudo não me deixava fazer isso, mas um deles havia parado. Era um garoto, era um pouco mais velho do que eu e tinha longos cabelos verdes, era magro e esguio parecia se mover conforme a brisa leve do ar.
— Por que continua com seus Pokémon? Deveria liberá-los como os outros.
— NÃO! — Gritei o mais que pude enquanto apertava meus punhos com força. — Eu reconheço que não devemos dizer o que um Pokémon fazer, mas e se ele quiser ficar com um humano cuidando dele? Olhe para os lados, quase todos estão em busca de seus donos nas redondezas, querendo alguém que os conforme, os mimem como estão acostumados desde pequenos. Cada um pode ter sua opinião, mas querer que todos tenham a mesma é errado!
Com um assovio leve alguns dos Pokémon que estavam a nossa volta apareceram perto dele, como se fossem seus parceiros.
— Se esse é seu pensamento, tudo bem. — Ele falou serenamente para mim enquanto abaixava sua cabeça e fitava os dois Pokémon aos seus pés.
— Então quer uma batalha... — Peguei novamente as Poké Balls de Snivy e Purrloin e os liberei para iniciar aquele combate.



— Nossos oponente são Pidove e Timburr então tomem cuidado, são de tipos fortes contra vocês. — Disse enquanto guardava minha Pokédex em uma pequena abertura do zíper de minha mochila. — Snivy use Coil e Purrloin use Hone Claws para se fortalecerem!
Snivy liberava um tipo de líquido de seu corpo que mesmo não tendo uma aparência muito boa o deixava mais corpulento. Purrloin por outro lado afiava suas garras umas nas outras como forma de aumentar seu ataque.
Pidove agora voava até Snivy usando Facade, um golpe cuja forma não passava de um empurrão simples, mas que podia se tornar muito forte de acordo com a condição do oponente, deixando a serpente com uma parcela a menos de sua energia. Timburr já estava mais preparado, usava Focus Punch, carregando certa quantidade de energia em seu punho.
— Snivy use Vine Whip em Timburr segurando-o por um momento e Purrloin ataque com Slash! — Disse conforme tentava motivar minha dupla em meio à batalha.
O primeiro a atacar foi o Pokémon Grass com seus chicotes vindos dos detalhes presentes em seu pescoço e amarrando o humanóide após acertá-lo com várias chicotadas, tendo como consequência o fim do Focus Punch que sempre falha caso o usuário seja acertado enquanto carrega. Purrloin agora saltava para cima de Pidove que se encontrava no ar, o arranhando com um único corte provocado pelo seu ataque, deixando o vôo mais baixo e lento.
A ave não desistia facilmente, agora atacava com Air Cutter, criando lâminas azuladas, lançando-as sobre Snivy na tentativa de nocauteá-lo primeiro, porém somente cortou os chicotes do pequeno, tendo como consequência à liberdade do segundo oponente. O lutador havia tido seu movimento como falho então somente ficou parado naquele momento, não sabendo o que fazer em seguida.
— Purrloin hora de dar cobertura para seu parceiro, use Sand Attack e tente bloquear a visão dos oponente, Snivy já que está fraco use Mega Drain em Timburr para sugar sua energia e se recuperar um pouco. — Falava enquanto tentava manter a calma na batalha.
Seguindo fielmente minhas ordens, o felino abaixou seu corpo sobre o solo e com suas patas lançou areia sobre os dois oponentes, distraindo eles sobre qualquer movimento que viesse a ser usado. Snivy recolhia seu corpo ao reunir uma energia verde e branca, disparando um raio em seguida, sugando praticamente metade da energia vital do Pokémon lutador.
O pássaro não parecia feliz com aquilo, depois de quase nocautear seu alvo agora teria mais desafio a frente devido à cura, usando Gust, lançou uma forte rajada de vento sobre os dois, criando um impacto sobre eles, também fazendo a areia jogada por Purrloin ser inútil. O segundo oponente agora voava em um salto longo e alto seu Wake-Up Slap, uma joelhada sobre o gato, fazendo com que fosse derrotado com um único hit.
— Purrloin! — Disse enquanto apertava a Poké Ball dela em minha mão direita. — Retorne... Snivy vamos acabar logo com isso. Use Leaf Tornado e limpe o campo, logo siga com Slam jogando tudo que voar para o chão!
Snivy ouviu meu comando e com um pequeno sorriso de satisfação começou a girar seu corpo no ar, criando um tornado na folha da ponta de sua cauda e o lançando como um chicote sobre o chão, varrendo todos os objetos, inclusive Timburr, assim como ordenado. Timburr foi derrotado naquele momento.
Pidove tentava estufar seu peito e seguir firme com a batalha, usava como último movimento, um ataque decisivo, seu Sky Attack, voando em uma alta velocidade com seu corpo coberto de energia até a serpente. Snivy acabou por ser mais rápido. Saltou o mais alto que pode e jogou todo o seu corpo contra a ave, derrubando-a no chão com um segundo impacto, muito mais forte. Assim derrotando os dois oponentes.



— Batalhas Pokémon são tão deprimentes, um Pokémon não deveria gastar suas habilidades nisso. — Dizia o garoto ao se virar e andar calmamente em direção a saída da cidade, levando o Pidove e Timburr com ele, tratando-os bem conforme andava.
— Não entendi muito bem isso... — Disse ajeitando meu boné. — Não gosta de batalhas, mas iniciou uma contra mim...
Resolvi deixar aquilo de lado e voltar ao Centro Pokémon, acabando por ficar lá mais uma parte do dia, enquanto Purrloin e Snivy se recuperavam de mais um combate árduo. Peguei meu companheiro em meus braços, mesmo que seja contra sua vontade, e o acariciei enquanto o mudava de posição, como se fosse um bebê. Meus dois Pokémon mesmo não gostando de mim, adoravam batalhar, assim como dito pelo homem da apresentação, deveria deixar os Pokémon fazerem o que gostam ou querem, e aquilo era exatamente isso.
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Mensagem por BellWolf 21st abril 2014, 09:42


Avaliação
Vamos ver como você se saiu!



Bem Akira, sua jornada foi bem escrita, porém, ficou meio corrida entende? Poderia ter explicado melhor algumas partes, bem como ter descrito melhor alguns ataques. Outra coisa, te aconselho a separar um parágrafo do outro, da forma que esta fica muito confuso na hora da leitura. No mais você está de parabéns, peço que só se atente aos pontos que eu disse.

Treino avaliado como 3 estrelas.


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Mensagem por Njoy' 21st abril 2014, 12:33

Snivy evoluiu para Servine
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Mensagem por Akira' 22nd abril 2014, 17:02


- Rivalidades. -
Captura de Karrablast-♂ na Route 02

Chuva. Uma chuva deprimente caia do céu, me prendendo no Centro Pokémon de Accumula Town por mais alguns dias, deixando a minha jornada mais tediosa com o tempo, enquanto brincava com Purrloin e alguns brinquedos aleatórios trazidos por ela, mesmo que eu soubesse que eram roubados de outros Treinadores dali.
Durante esse tempo eu usava um campo interno do prédio para treinar, aprimorava a força de Snivy, mesmo sendo pequeno e perspicaz, a serpente não passava de um alvo para outros Pokémon maiores. No meio do árduo desafio, tudo mudou. Snivy evoluiu para Servine com uma forte energia azul que envolveu seu corpo em um momento espontâneo e mudanças em seu corpo, não tendo somente um aumento em sua força, mas em sua altura; peso; e acima de tudo, redução no tamanho de seus membros, podendo rastejar livremente.

— Servine, mais rápido! — Dizia indicando direções com meu braço para um treinamento de velocidade dele. — Purrloin, coloque mais força em seu ataque!
Os dois agora ouviam meus comandos sem nem ao menos demonstrarem negação ou repúdio a mim, além de estarem formando uma boa dupla, ambos tinham uma velocidade praticamente igualada nos combates, acertando todos os alvos improvisados no treinamento.
— Ok, já está bom por hoje. Podem descansar. — Falei ao bater palmas leves para eles a fim de chamar sua atenção.
Virei-me para a janela por um momento e vi a água diminuindo de volume, aquela tempestade que antes parecia eterna estava reduzindo aos poucos, dando liberdade para sair lá fora e me aventurar. Comecei a arrumar minhas coisas, seguindo com alguns afazeres básicos para o cuidado de minha aparência. A chuva agora não passava de uma pequena garoa, mas ainda assim molhava algo rapidamente, vesti uma capa de chuva e segui correndo entre as poças de água, pulando no meio delas como uma criança, desde pequeno adorava brincar naquilo, mesmo agora tendo uma idade mais avançada, era divertido molhar os outros daquele modo. Entretanto, Servine estragou a brincadeira, gostava da água e não se incomodava, somente ficava abaixo de meu guarda-chuva enquanto que acompanhava ao meio da água.

Continuei andando pela trilha, se assim podia dizer, estava tudo coberto de lama ou alagado em alguns pontos mais baixos, apesar das árvores parecerem mais vividas e coloridas após tanto serem regadas por um meio natural. Assim como a rota anterior, a Route 02 possui enormes fileiras de pinheiros que traçam o caminho até a próxima cidade, tendo um pequeno diferencial, era região começava a ter elevações no solo, morros e montes surgiam em vários pontos, tendo também mais poças em meio a eles.
Olhei para os lados buscando algo, escutava um som diferente, como uma risada alegre e inocente. Com todo aquele barulho criado pela água caindo sobre o chão não era muito fácil encontrar sua origem, andei entre alguns morros mais próximos procurando algo, sem obter sucesso. Servine era mais astuto que eu nesse quesito, e com seu Vine Whip iniciou várias chicotadas sobre objetos aleatórios em busca de resposta de algo, também sem sucesso.
— Servine fique quieto um pouco... — Tentava escutar o som novamente, o que agora eu achava ser um Pokémon pequeno aparentava estar mais próximo. — Acho que vem dali!
No mesmo instante que levantei meu braço, Servine voltou a lançar seus chicotes, conseguindo pegar algo, pequeno e azulado, além de estar molhado. Com a Pokédex identifiquei sua espécie, ele é um Karrablast, provavelmente trazido de regiões alagadas onde vive com a tempestade dos últimos dias.
O pequeno inseto estava todo feliz com a água, brincando como uma criança enquanto rolava nela, assim como eu havia feito ao sair de Accumula, o pequeno acabou me enfatizando. Porém, Servine não gostou nem um pouco dele, o encarava com rancor, se segurando para não atacá-lo e tomar sua atenção de volta.
— Acho que irei capturá-lo. — Disse ao pegar a Poké Ball de Purrloin em meu bolso.
Servine ficou chocado com minha resposta, ele que estava praticamente preparado para batalhar com seus chicotes e atacar sem piedade o inocente Pokémon, não seria usado na batalha. Lancei Purrloin logo em seguida, ignorando um pouco o meu parceiro e dando início ao combate.
Karrablast me olhava com olhos grandes e cintilantes, mas compreendia que teria que batalhar, logo mudava sua expressão para tentar intimidar o oponente.



— Purrloin, use sua velocidade nesse momento, ataque com Fake Out!
Assim como foi dito, a pequena Purrloin seguiu usando sua velocidade para atacar, deslizando na lama enquanto corria entre as rochas presentes no campo, ela simplesmente da duas patadas na cabeça de Karrablast, tendo como consequência um tipo de paralisia momentânea (flinch), impossibilitando qualquer outro ataque.
— Use Hone Claws seguido de Night Slash!
O felino seguia os comandos sem nenhum único deslize, liberando suas garras extensas e brilhantes enquanto as lixavam uma na outra. Em seguida as energizou com uma aura negra e obscura que cobria toda sua mão como um se fosse um tipo de possessão, lançando tudo àquilo sobre o pequeno Karrablast em um único corte em sua barriga.
Ele não sabia onde estava, não se localizava, tendo como consequência a total perda do sentido. Karrablast não passaria de um saco de pancadas se continuasse assim. Mas logo revidou, abrindo sua boca ao máximo que podia começou a gritar, diferente das risadas bobas e alegres de antes, esse som era horrendo e grave, deixaria alguém surdo facilmente.
— Purrloin, aguente firme! — Disse sem conseguir pensar em como deter aquilo, todos os ataques de meu Pokémon eram físicos e o som a atordoava muito para conseguir acertá-lo. Não me restava outra escolha a não ser trocar para Servine. — Purrloin você fez um bom trabalho, agora retorne! Servine ataque com Leaf Storm, assim como treinamos!
Servine estava sorrindo, incomodado com o som, mas ainda sorria maliciosamente por poder entrar na batalha. Com seu olhar mais tenebroso possível, saltou rodopiando seu corpo no ar, sugando qualquer folha que estivesse a sua volta para um tipo de tornado que se formava em volta de seu corpo, porém, era diferente do Leaf Tornado, este por sua vez tomava todo o corpo do usuário e avançava sem controle ou mira, um ataque arriscado para um lugar como aquele.
As folhas foram disparadas. Seguiram firmes pelo ar, cortando o corpo do besouro enquanto o acertavam de diferentes direções e algumas até mesmo voltavam após acertá-lo. Karrablast estava fraco, parecia que cederia a batalha a qualquer custo, mas um espírito de rivalidade surgiu nele, se levantou com destreza e sede de vingança em seus olhos. Com um pequeno salto, não se levantando a muitos centímetros do chão, atacou a serpente com um tipo de investida criada pelo seu chifre energizado em uma forma de X, derrubando meu parceiro ao meio de lama.
— X-Scissor! — Gritei por um breve momento. — Servine, eu sei que tem forças batalha continuar, você nunca desistiu rápido ou lutou por mim, mas eu sei o quanto queria batalhar com ele, por isso se levante e o ataque o mais forte que puder!
Um último apelo surgia. Servine forçava seu corpo a continuar a batalha, surgindo uma tensão dentro de mim sobre uma suposta nova evolução nele, o que não ocorreu. Levantou-se desajeitado e liberou um tipo de líquido sobre si mesmo, envolvendo seu corpo sobre círculos, fortalecendo a si mesmo.
Logo avançou sobre Karrablast atacando-o com um Tackle de imenso poder, aquele ataque podia ser simples e não muito forte, mas a determinação de Servine o encorajava a libertar seu poder, mostrar a todos o quanto sua teimosia pode lhe trazer a vitória.
Com isso Karrablast é derrotado, ficando desmaiado numa poça d’água abaixo de onde estávamos batalhando.



— Agora é a hora da Poké Ball. — Falei como uma criança boba enquanto a lançava no Pokémon que ainda flutuava na água.
A esfera o sugou para seu interior, tomando uma forma arredondada e em seguida se fechando. Piscou algumas vezes enquanto se mexia de um lado para o outro, mas logo parou com um pequeno estalo, dizendo que a captura foi um sucesso.
— Bem vindo à equipe, Karrablast.

Com um novo parceiro em mãos, segui até a próxima cidade, caminhando lentamente e brincando um pouco com Purrloin no caminho, como de costume, enquanto Servine e Karrablast se recuperavam em suas Poké Balls até a chegada no próximo Centro Pokémon.
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Mensagem por Njoy' 22nd abril 2014, 21:20

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Ótima.
E a humildade para fazer textos? An adventure begins 2909554202
Item: Weakness Policy
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Mensagem por Akira' 24th maio 2014, 10:20

Purrloin evoluiu para Liepard
[24/05/14]
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Mensagem por Akira' 31st maio 2014, 15:16

"Este texto é um oferecimento de -Nesquic Bíblias-"
Texto feito por: Deerling
Desenvolvido por: Amorangado
Dedicado à: Essas meninas ai de cima
Ajudante: Eu

OBS: Contém cenas mais ou menos +18 com uns yaoi leve ai, leia quem quiser '-'


- Pretty, pretty pettycoat. -
Captura de Tynamo-♂ e evolução de Karrablast em Striaton City


Deitado, com Liepard enrolada a meu lado, eram pensamentos e lembranças que invadiam minha mente e me impediam de dormir. Meus cobertores escorregavam para o piso, indolentes; o calor da gata era o único de que precisava. Minhas mãos afagavam seu pelo, automáticas, enquanto meu pensamento voava longe, a muitos e muitos metros do chão. Nem me dava conta do ronronar manso da bichana ou do apático gemido do aquecedor. Estava preocupado com muitas outras coisas, então.
Havíamos chegado a Striaton naquele mesmo dia e meus pokémon todos estranharam a guinada no tempo. Nevava ali, naquela região de Unova. Os flocos caíam do céu, mansos, mas eu não me enganava: por onde quer que andasse, as galochas se enterravam pela neve. Uma nevasca havia caído, não havia muito, e esta brancura tranquila era só o resumo de uma ferocidade anterior: eu podia esperar por mais antes que o dia acabasse. Gelado, parecia então uma boneca russa: agasalhado, feito de infinitas camadas que se abriam e abriam para revelar um quase nada de gente. Minha respiração formava nuvens frias diante de mim, enrodilhadas como névoa.
Assim, andei pela cidade, topando com crianças que corriam pela neve, travando guerras e saltando de trás de trincheiras. Outras tantas faziam anjos, deitadas no chão a chacoalhar pernas e braços. Havia no ar toda esta atmosfera de inverno que me lembrava os Whos, com seus narizes afunilados e penteados esquisitos. Grinch roubaria, também, o Natal deste ano? Me permiti um sorriso ao pensar em como, muito antes, era eu correndo como eles com um trenó embaixo dos braços, seguido de outros molecotes como eu.
Parei diante de dessas lojas que abriam no inverno para fechar logo depois. Antigos trenós fulguravam ao lado de snowmobiles de ponta, me deixando desejoso de provar mais uma vez o valor das boas e velhas rampas de madeira. Eu as olhava pelas vitrines, mas enxergava através; encarando um espaço que só existia em minha mente. Repetia o filme de minha infância feita de sorrisos e neve, de garotos sujos, desmantelados, chegando em casa sob
risadas e reclamações. Todos os dias daquele inverno, tanto tempo antes, corríamos de nossos pais, descíamos as alamedas congeladas e sentávamos à frente do Billiard Club esperando.
Esperando por Touya.
Dentre todos os garotos de Nuvema era ele quem tinha as melhores ideias, inventava os jogos mais perigosos, aprontava as maiores confusões. Fora isso, era o único de nós a ter um pokémon: exibia seu pequeno Tepig, imponente, a espirrar fogo em nossas trincheiras e reduzi-las a nada; meras poças d'água cintilando sobre a neve. Era nosso líder. Aquele a cuidar dos molequinhos que andavam conosco. A assumir seus erros, levar broncas em seu lugar. Lembro-me bem do dia em que colara de volta à gengiva de Stewie o dente que lhe havia saltado fora; de como protegera Thomas Bucket dos garotos maiores e lhe pusera uma compressa no olho roxo.
Mas isso fora antes. Antes dele sair em viagens por Unova, ambicionando ser mestre pokémon. Antes, quando tinha tempo para nós, garotinhos de Nuvema. Antes de eu vê-lo em alguma coisa que não fosse só numa fotografia; uma imagem gravada pra sempre num retrato, tirada às pressas em um ginásio qualquer.
Quando Touya voltou — tanto, tanto tempo depois de ter partido — estava mudado. Não era mais o garoto de sorrisos e piadas fáceis que eu conhecera quando ainda meninote remelento, de joelhos ralados. Havia crescido. Não sei precisar bem em que sentido, já que ainda era baixinho como eu me lembrava; crescera uns poucos centímetros dos dez aos quatorze. Mas de uma coisa eu sabia: Touya já não era a mesma pessoa.
Era inverno quando o vi pela última vez. Talvez estivesse, então, fadado a lembrar-me dele naquela estação estéril, branco-cinza; lembrar-me daquela apatia que fulgurava em seus olhos.
Eu nunca saberia que ele estava de volta caso não houvesse ido procurá-lo: nem uma vez Touya tentou entrar em contato com a ralé que era a turma com quem antes andava. Não. Agora ele estava entrosado em outros círculos, com outras amizades; andando com garotos mais velhos e mais altos e cheios de acne. E havia a garota, também. Aquela que veio com ele, seguindo-o dos confins de Unova até ali; aquela cidadezinha pacata, perdida em lugar nenhum.
Era uma garota bonita. Falava muito, tinha uma risada estridente e uns modos afetados, mas isso não diminuía o fato de que era jeitosa; atraente. E bastante desenvolta, a uma garota de
quatorze. Lembro tantas coisas: do modo como ela o olhava; da maneira com que andavam por Nuvema para cima e para baixo, ela colada em seu braço e a falácia correndo solta; dos pokémon capturados. Mas do que lembro mais era do riso: alto, agudo, retinindo em meus tímpanos. Ecoando a cada coisa supostamente engraçada que Touya dizia. Espelhando sorrisos.
Em um dos poucos dias em que ele ficara na cidade, trombei com os dois. Eu os vi, mas eles não me enxergaram; estavam concentrados demais jogando pedras sobre a superfície congelada de um lago, lisa como um espelho, para prestar atenção em mim. Fiquei, então, escorado contra umas árvores raquíticas. Por que espiava? Até hoje não sei. Havia, também, um rubor em meu rosto, de frio e de vergonha, que se recusava a ir embora. Secretamente, achava Touya um traidor. Andando por aí com garotas? Não era isso confraternização com o inimigo? Pus-me a ouvir a conversa.
— Tem algo que eu sempre quis saber, White. — Outra pedra ovalada tilintando por cima do gelo — O que sua mãe tinha na cabeça quando resolveu te dar esse nome?
E ela riu. Um riso estridente.
— Talvez gostasse de Branca de Neve. — Repetindo os atos dele, outra pedra foi parar sobre o lago — White as snow ou algo assim.
Touya riu, também, mas seu risinho seco morreu logo. As pedras continuaram tipetapeando sobre o lago, umas atrás das outras, sem parar. Quando acabaram, White esticou-se para deitar-se no ombro dele. Olhando dali, me perguntei se estava cansada. E se estava, também, por que não ia para casa? Só que ela arrastou-se pescoço acima e eu entendi que não era cansaço.
A boca dela colara na dele. As mãos — pequenas, de menina — seguraram seu rosto dos dois lados; enterraram-se nos cabelos. Ela o beijava. Não um beijo como um selo, daqueles que trocamos de brincadeira no jardim de infância. Um beijo por inteiro; bocas abertas, corpos colados, falta de ar. Um beijo para derreter neve.
Por algum motivo, não aguentei olhar. Um monstro horrível surgiu em meu estômago, me engolindo inteiro; um monstro que me deixou enjoado, verde e com algo borbulhando no peito. Corri. Corri pela imensidão gelada, os pés afundados se recusando a me deixar ir
depressa, os joelhos fracos cedendo. Foi só quando cheguei em casa que reconheci o sentimento que crescia e crescia dentro de mim.
E era raiva. De Touya, de White, do mundo.
Em algum lugar, me senti traído. E aquilo doía. Doía como um machucado.
— Você mudou — Foi o sussurro perdido que deixei que flutuasse àquela noite.
E:
— Você mudou — Numa voz atrás de mim que ecoou minha lembrança, me trazendo de volta ao presente, me jogando com força à realidade para fincar meus dois pés bem no chão. Ergui meus olhos à vitrine e o vi: o mesmo garoto baixo de que eu me lembrava; o mesmo boné, o mesmo sorriso.
— Touya.
Recusei a virar-me. Pensei que, se o encarasse, seria real. Se eu o encarasse, teria de encarar também tudo de que fugira nestes cinco anos; teria de enfrentar a verdade. E qual era a verdade? Encarando o teto do meu quarto, no Centro Pokémon à noite, eu a encontraria. Mas ali, olhando para o reflexo de Touya na vitrine da loja, eu trazia apenas esta confusão enredada como novelo em minha cabeça; não conseguia saber o que sentir. Que máscara deveria ter no rosto?
Touya foi quem decidiu:
— Hahah, pensei que você já nem se lembrasse de mim — Num riso que não atingia os olhos, mera sociabilidade forjada — Está aqui pelo desafio do ginásio?
Meus olhos encontraram os dele, enfim, vendo melhor do que eu queria poder. Por trás daquele sorriso bonito, havia um sorriso de interesses. Ele não estava apenas puxando conversa fiada comigo depois de todos esses anos.
— Sim. Só fico me perguntando o que você deve estar fazendo aqui, já que desafiar o ginásio não é.
E a fachada caiu por um instante, me deixando ver os olhos cansados que Touya trazia no rosto. No outro, o sorriso estava lá novamente, solícito.
— Ouvi dizer que podia encontrar um treinador com Karrablast por aqui. Só não imaginei que fosse ser um conhecido.
Agora sim estávamos chegando a algum lugar: Touya não queria só relembrar os velhos tempos. E o que me propusera? Bem, uma troca: meu Karrablast por seu Shelmet. Temporária, claro. Pretendia evoluí-lo, era isso, e para tal precisávamos de uma máquina ou qualquer coisa que o valesse; precisávamos de um Centro Pokémon.
Deixei, então, que me arrastasse por esta cidade invernal num silêncio pontuado de neve. Vez ou outra fazia ele um comentário desafortunado de quem quer forçar conversa e eu o ignorava pelo bem da sanidade. Depois de duas ou três tentativas, Touya desistiu de fingir que se importava se falávamos ou não e passou a se concentrar no caminho. Pegamos atalhos, viramos em vielas, atravessamos as avenidas e os cruzamentos todos que levavam ao Centro. Tudo em silêncio; tudo numa tensão enroscada em torno de nós, sufocante. Não sei se Touya a sentia tanto quanto eu. Provável que não: ele não tinha motivos, ao contrário de mim.
Como em todos os centros de todos os lugares do mundo, fomos recebidos por uma bondosa Joy. Se ela percebeu o clima instaurado entre nós, não disse nada. Perguntou o que queríamos e foi Touya a pedir pelas máquinas de troca. Permaneci, pois, atrás dele; passivo. Seguimos a enfermeira, obedientes e mudos, assistindo a saia dela dançar conforme andávamos. Nossos passos ecoavam pelo corredor vazio, ribombando no silêncio uma sinfonia de tensão. Touya olhava para cima, o queixo erguido; eu olhava para baixo, tentando entender quando as coisas ficaram tão erradas.
As máquinas nos encararam ignóbeis assim que pisamos no saguão. Joy perguntou se sabíamos o que fazer e Touya disse que sim, sabíamos e não, não era preciso que ela
explicasse. Ela nos deixou a sós, mas não sem antes pedir que tivéssemos juízo e cuidássemos bem de nossos novos pokémon. Ninguém disse mais nada. Quando ela desapareceu, Touya foi quem virou-se para mim:
— Então é isso. Você põe seu pokémon daquele lado, eu desse e trocamos. Depois, desfazemos a troca. Tudo bem pra você?
Estava. Pokébola em mãos, eu a coloquei onde Touya me apontara, vendo-o colocar a sua própria do outro lado. E era só isso. Assisti, tedioso, nossos pokémon serem trocados quando os botões ligaram todos; no monitor, as sombras de Shelmet e de Karrablast passaram umas pelas outras, rápidas. Num instante a troca estava feita e a pokébola diante de mim trazia um bicho que não era meu; uma criatura que não era minha. Fiquei me perguntando coisas bestas, como onde Touya o haveria capturado ou como seria a relação dos dois, pelo bem de evitar fazer uma pergunta apenas. Ele religou a máquina e desfez a troca: no monitor, sombras que eu já não distinguia.
A pokébola que segurei em minhas mãos era outra vez familiar, mas o pokémon que havia dentro dela não seria. Fiquei lá, então, hesitante de a abrir. Era isso? Assim que se evoluía? Não houve brilhos e luzes nem a emoção de quando Purrloin ou Snivy evoluíram. Era tudo asséptico, estéril; branco-cinza.
— Feito. — Num estouro da pokébola de Touya, surgira um inseto como nenhum outro que eu já vira — Acho que é só. Nos vemos por aí, Akira.
E esta era a resposta única à minha pergunta não-dita; a que tive tanto medo de pensar, mesmo em minha mente. Ele vai sumir de novo, não vai?
Iria. Ou assim diziam as costas mudas que se afastavam de mim.
E sobre isso pensava ali, em meu quarto, no calor climatizado do Centro. Liepard dera uma volta inteira para se espreguiçar, sonolenta, mas eu permanecera parado, incapaz de fechar os olhos e descansar. Amanhã seria um dia importante. Seria minha primeira batalha de ginásio, meu primeiro passo no caminho que escolhera; o primeiro de muitos. Então por que não conseguia pensar em que tipo de pokémon enfrentaria? Ou bolar estratégias meticulosas para levar meu oponente abaixo? Por que não conseguia varrer estes pensamentos e estava assim tão ansioso pelo motivo errado?
— Menina, eu vou dar uma volta. — Afaguei a cabeça de Liepard, pondo-me em pé. Ela, em seu sono bom, não acordou — Esfriar a cabeça.
Se Joy me pegasse eu estaria frito. Então, fiz questão de atravessar o Centro soporoso pé ante pé, cuidando para não fazer o menor ruído. Marchava assim, caminhando para a cozinha, pensando em fazer um chá de passiflora; algo para acalmar meus nervos; um verdadeiro soco no olho, que me mandaria zunindo direto para cama.
Só que havia uma luz vinda de lá. Ínfima, verdade, só um brilho azul agora, mas ainda assim uma luz. Eu não era o único insone da noite.
— Não consegue dormir? — Numa voz atrás de mim.
E eu saltei; o coração entalado na garganta. Era Touya ali, numa camiseta folgada e umas calças de moletom, carregando uma caneca branca nas mãos frias. Da ponte de seu nariz escorregavam óculos. O que queria saber era quando a vista dele se tornara tão ruim, mas a pergunta que escorregou de meus lábios foi:
— Por que ainda está aqui?
E ele passou direto por mim, para dentro da cozinha, sentando outra vez no lugar que reservara para si, as pernas comprimidas sobre a cadeira. Os dedos teclavam em seu notebook e nenhuma vez olhou para cima enquanto me respondia.
— Nevasca.
Iluminado assim, pela luz azulada do monitor, Touya parecia outra pessoa. Não, não. Ele era outra pessoa. Tinha eu que me desapegar da imagem que tinha dele, do garoto que nos guiava pelo alagoso e pela neve. Sous la neige estava enterrado o menino que eu conhecera um dia.
— Certo.
No silêncio quebrado pelo fremir das teclas, servi a mim mesmo um pouco de chá e sentei-me diante dele. Tantas coisas ficaram sem resposta; tantas pontas soltas deixadas ao longo de uma vida. Tanta coisa sobre Touya que eu não sabia — tantas que eu queria saber. Então, perguntei assim:
— O que aconteceu com ela? — Bebendo meu chá.
— Ela quem?
White.
Seus dedos pararam sobre as teclas. Ainda não me olhava. Aqueles bonitos olhos escuros brilhavam azuis sob a luz do computador.
— Nada — E o teclar incessante retornou.
— Vocês eram... próximos, não? — Mais chá, mais teclas, mais silêncio.
— Não éramos.
— Eu vi vocês.
E Touya se jogou para trás na cadeira, as mãos coçando os olhos cansados, os óculos deixados de lado na mesa.
— Viu o quê?
— Eu vi quando se beijaram.
Não tinha nada que dizer isso. Falando bem a verdade, eu não tinha nada a ver com essa história. Nem com Touya, nem com White, muito menos com o que os dois tinham ou tiveram. Só que as inquirições saltavam pela minha boca com vida própria, incapazes de serem detidas. Eu queria respostas. Queria entender onde ele mudara tanto; onde foi que falar sobre isso reabria feridas. Queria, então, ver-me livre outra vez: parar de ser assombrado pelo fantasma do que poderia ter sido se Touya não houvesse deixado Nuvema jamais.
— E isso lá é da sua conta? Escuta, Akira. Você nem me conhece. Eu mudei, ok? Crianças crescem, pessoas mudam. C’est la vie.
A mesma raiva daquele dia, daquela noite, daquele beijo voltava à superfície agora; estourando como mercúrio num termômetro, ameaçando explodir uma hora dessas. E por quê? Porque doía ouvi-lo confirmar tudo o que eu já sabia; todas as proposições que eu já formulara antes sozinho, tantas vezes. Eu precisava falar. Precisava colocar isso pra fora ou esta ira me corroeria por dentro.
— Então por que mudou tanto? Pra isso? — Lembrei-me da troca que fizemos. Tudo tão impessoal; tudo tão prático. Pragmático. — Era essa vida que você queria? Então parabéns por ser infeliz. Parabéns por andar por aí com um sorriso falso, fingindo que está tudo bem.
— Hah! E o que você sabe? Você é só uma criança. Só uma criança birrenta porque perdeu uma figura de irmão mais velho. Quando crescer, venha falar comigo.
Ele pegou seus óculos, fazendo-os parar de novo no rosto, como que encerrando conversa. As mãos finas, de longos dedos, voltaram para as teclas outra vez. Touya podia achar que havia acabado, mas eu não queria que acabasse; essa fúria crescente estava longe de aplacar. Então, num ímpeto, eu o agarrei pelo colarinho; as costas dele foram bater na parede, a cadeira foi parar no chão. Estávamos tão perto agora; minha respiração em descompasso em seu rosto, seus olhos nos meus.
— Quem é criança aqui. — Num sibilo, num suspiro, numa provocação.
Então, eu o beijei. Forçando caminho por sua boca aberta; as línguas se encontrando, hostis, os dentes se acertando, doídos. Ele tentou me empurrar, mas não era eu o mais forte de nós dois? Não foi sacrifício mantê-lo ali, preso entre o meu corpo e a parede, a boca forçosamente colada à minha.
— Touya — Um sussurro que era falta de ar, feito de beijos na bochecha, queixo, pescoço — Touya...
Ele deixou que eu o beijasse pelo que pareceu uma eternidade. Apático. Soturno. Embora tão perto — bocas unidas, corpos colados — eu não conseguia alcançá-lo, perdido assim em outras galáxias, outros mundos feitos de gelo; tão distante, tão frio. E eu quis chorar. Quis, mas soterrei a vontade com orgulho, lutando contra esses olhos que queimavam, vermelhos. O beijei, desesperado por extinguir essa distância. Uma, duas, três vezes apenas para saber que existia um abismo entre nós. Mas não existira sempre? A cada segundo, a lonjura aumentava. A cada segundo eu o perdia ainda mais.
Quando o deixei ir, vi seus olhos foscos sondarem o nada. Ele parecia exatamente como antes; um pouco mais desmantelado, talvez. Passou por mim como se nada houvesse acontecido: como se eu ainda fosse sua companhia infante de chás à meia-noite. Pôs a xícara na pia, fechou seu notebook e sumiu pelo corredor como um fantasma na escuridão.
Longe dele, eu me deixei escorregar pela parede — a mesma onde o prendia, a mesma onde o beijara —, esconder meu rosto entre os braços e chorar. Na infinidade do silêncio, martelava em minha mente o pensamento constante que perguntava se, tantos anos antes, White também se sentira assim.
Acordei de manhã com os gritos.
Eu estava moído, cansado e sob meus olhos se afundavam olheiras escuras que eram poços de noite. Mal me aguentava em pé, o corpo todo querendo ceder vitimado por três míseras horas de sono. E era tarde: o sol manso despontava pelas janelas, surgido depois da tempestade do dia anterior.
De onde vinham os gritos? Depressa, chamei Liepard para correr comigo e ver onde era o incêndio. O que diabos estava acontecendo?
Não demorei a ver a confusão que se formava. Enfermeira Joy havia subido em uma das poltronas e tentava defender-se com um guarda-chuva. Treinadores desamparados corriam a todo canto, incertos do que fazer; seus pokémon ainda se recuperavam sob os cuidados da moça que empunhava uma sombrinha como empunharia uma espada. E o causador de toda aquela confusão era um Tynamo. Seu corpo todo soltava faíscas, que chispavam e ricocheteavam pelas paredes do saguão, às vezes acertando o nada e se dissipando em eletricidade, outras golpeando treinadores direto nas costas. Estes caíam, paralisados. Estavam inconscientes tão logo acertavam o chão.
Tal como eu, outros treinadores assustados acordaram com a gritaria; amontoavam-se na recepção embasbacados, incapazes de reagir. Como aquela coisa havia entrado ali, afinal? No meio da confusão, vi Touya aparecer ali. Então ele ainda não havia ido embora? Droga, era nisso que eu queria me concentrar?
— Não fique parado aí. — Foi o grito dele para mim, quando me empurrou nas costelas. — Faça alguma coisa!
Eu ainda não havia recuperado a ação. Era a estranheza de ver um ataque ao Centro Pokémon, uma noite que me fora privada de sono e o contato repentino com Touya que deixavam meu queixo aberto; as reações todas lentas. Assim, do canto dos olhos, vi quando ele buscou uma pokébola dos bolsos. Seu rosto trazia uma carranca que dizia, com todas as letras, que ele era o único ser pensante ali; tinha de fazer tudo sozinho, então.
E até faria, caso uma descarga elétrica não o houvesse atingido no peito tão logo a pokébola escorregou de suas mãos.
— Touya!
Como que em câmera lenta, o assisti caindo: o corpo curvado em dor repentina, os cabelos varridos pela queda, o rosto doído. Abaixei junto a ele, preocupado, querendo saber se ficaria
bem ou não. Mas, tão logo o fiz, suas mãos agarraram a barra da minha calça num último esforço de consciência:
— Pega ele primeiro.
E apagou.
Eu tinha que começar a pensar. Não havia tempo a perder sofrendo com a lentidão de uma mente cansada. Ele precisava de mim. E eu precisava de Joy, a valente, que saltava sobre as poltronas, cutucando Tynamo com a ponta de seu guarda-chuva. Ninguém faria nada? Deixariam Joy sozinha contra aquele pokémon arruaceiro? Agora eu entendia a expressão no rosto de Touya: se quer algo bem feito, faça você mesmo.



Assim, posicionei-me para o ataque ao lado de minha Liepard, que rugiu decidida a entrar naquela batalha e lutar até o fim. Então, ordenei:
— Avance com Fake Out!
E Liepard correu para cima de seu oponente, aquela enguia elétrica, golpeando-o com suas patas de modo a imobilizá-lo, mesmo que não fosse assim tão eficaz. Tynamo acabou por ficar sem ação, incapaz de atacar de volta; era, este, um tipo de paralisa.
— Isso! Agora use Hone Claws seguido de Sucker Punch!
Liberando suas garras brilhantes, a felina começou a arranhar a si mesma, aumentando seu poder de ataque. Em seguida, avançou novamente na direção de Tynamo com um único salto, atacando com um soco envolvido por uma energia negra semelhante à fumaça. Contudo, não houve efeito algum. A enguia simplesmente atravessou aquela energia, liberando uma minúscula esfera elétrica que ao atingir Liepard a fez cair no chão. Estava agora paralisada, com seus movimentos limitados, sendo obrigada a atacar à distância.
— Droga... Liepard não possui movimentos Especiais ainda, não cheguei a essa parte do treinamento.
Tynamo notou a brecha e tratou de avançar em uma velocidade incrível, cabeceando a gata com um forte Spark, que envolveu seu corpo de raios amarelos, mesclando entre luz e sombra.
— Liepard, teremos que tentar algum movimento forte ou perderemos. Use Play Rough!
Minha gata já não conseguia se movimentar como antes: seus músculos sofriam cãibras a qualquer tipo de ação, mas, determinada, lutava contra a paralisia, saltando uma vez mais e para esbofetear seu adversário. Só que ele nem ao menos ligou e seguiu com outro Spark, nocauteando-a.
— Desculpe, Liepard...
Cabisbaixo, chamei-a de volta no mesmo instante. Aquilo dizia que eu não estava vendo pronto para usá-la em competições sérias. Levantando minha cabeça, joguei a pokébola de Escavalier, decidido a acabar logo com aquele combate.
— Escavalier, vamos derrotá-lo agora! Use Swords Dance e siga com Fury Attack!
A determinação em meus olhos era visível e meu parceiro notou isso. Virou-se para seu oponente e moveu suas agulhas de forma que espadas azuis surgiram a sua volta, aumentando seu poder de ataque, logo em seguida avançou com Fury Attack, jogando seu corpo e braços para cima dele com toda sua força e velocidade da forma mais voraz que conseguia.
Naquele momento, todos estavam certos de que Tynamo seria derrotado com a sequência de golpes melhorados, entretanto, a enguia nem ao menos se debatia de ferimento ou dor; seguiu firme com Charge Beam, que mesmo não muito eficaz, afastou meu Pokémon dele, dando a chance para um segundo movimento, um Tackle.
— Você é bem mais forte do que eu esperava. Escavalier, Swords Dance novamente e então Giga Impact pra acabar logo com essa coisa!
Novamente as espadas se focaram em Escavalier, que flutuando lentamente a uma altura razoável, se jogou contra Tynamo exercendo um tipo de força combinado a outras energias sobrenaturais que envolviam seu corpo, como se o sugasse. Este ataque arremessou Tynamo para trás, indo parar de encontro a uma parede; batera lá, doído e indefeso, já nem lembrando o pokémon que antes amedrontava o Centro.



Assim, peguei uma pokébola e arremessei para cima dele. Um oponente daquele nível seria um forte aliado. Fora que, se eu o deixasse em liberdade, ele acordaria e voltaria a causar pânico e pavor em Striaton.
A esfera caíra sobre ele, sugando-o a seu interior e pousara sobre o chão, tremelicante; chacoalhava de cá para lá, sem parada. Até que, finalmente, a luz vermelha que piscava em seu centro apagou. Tynamo agora era parte integrante do meu time.
— Isso!
Comemorei a vitória, esquecendo-me por um instante de onde estava e do que fazia ali. Foi só quando Joy tocou em meu ombro que me lembrei de Touya, caído e paralisado, inconsciente no chão.
— Obrigada! Não sei o que faria se aquele Tynamo continuasse por aqui, à solta. Mas agora seu amigo precisa de cuidados. Eacho que... metade desses treinadores também. Meu Deus, vou ficar tão atarefada... — Mordiscando uma das unhas cor de rosa, a bonita enfermeira ponderava o que fazer — Será que pode carregá-lo para mim?
Pisquei então, achando que meus ouvidos me traíam.
— Carregá-lo?
— É. Até um dos leitos, para que eu possa cuidar dele.
Respirei fundo, concordando. Então, abaixei-me para pegar Touya nos braços; seu corpo magro pesava quase nada quando o icei para cima. Assim, de olhos fechados como se dormisse, lembrava muito o garoto de minhas memórias; o menino que um dia eu conhecera e admirara. Não parecia mais este rapaz pragmático que era agora.
Suspirei, carregando-o na direção que Joy indicara, certo de que aquele iria ser um longo, longo dia.
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Mensagem por Njoy' 31st maio 2014, 15:29

Avaliação:
Captura - Boa
Evolução - Boa

Muito texto para pouca batalha.

Yaoi :desprezo:
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Mensagem por Akira' 3rd junho 2014, 19:06

Servine evoluiu para Serperior após apanhar durante todo o dia
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Mensagem por Akira' 14th junho 2014, 11:17

Litwick evoluiu para Lampent
[14/06/2014]
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